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Celebridades

Reencontro com o passado

Prestes a completar 27 anos, Anaju Dorigon relembra a aspirante a vilã Jade, de “Malhação – Sonhos”

Por Márcio Maio / TV Press

18 de junho de 2021, às 07h12

Assim que começou a onda de reprises de novelas nas emissoras que apostam em teledramaturgia por conta da pandemia do novo coronavírus, alguns atores viram os fãs se mobilizarem para vê-los, mais uma vez, no ar. Foi assim com “Malhação Sonhos”, atualmente exibida pela Globo.

Por isso mesmo, não foi uma grande surpresa quando Anaju Dorigon descobriu que teria a oportunidade de acompanhar, mais uma vez, a trajetória inesperada da competitiva e desleal Jade do seriado adolescente. “Alguns meses antes, muita gente fez uma linda movimentação pedindo a reprise. Então, suspeitava que havia a possibilidade de uma reexibição”, assume.

Para Anaju, que completará 27 anos em julho, saber da reprise da novela foi um momento mais que especial – Foto: Globo / Divulgação

Para a atriz, que completará 27 anos em julho, aquele foi um momento mais que especial. “Minha primeira novela, minha primeira personagem e também a realização de um sonho que carregava comigo, há anos. Eu cresci assistindo a ‘Malhação’”, assume. O trabalho na trama de Rosane Svartman e Paulo Halm abriu inúmeras portas. E acabou rendendo frutos que, até hoje, são colhidos pela campineira. “Foi um projeto de extremo aprendizado e transformação. Entramos adolescentes e saímos adultos”, valoriza.

Na história, Jade tinha tudo para se consolidar como a grande vilã. Mas, ao longo dos capítulos, seu relacionamento com Cobra, personagem de Felipe Simas, suavizou sua maldade. Outros pontos, porém, foram fundamentais para a redenção da menina má. “Conhecemos sobre seu transtorno, a tricotilomania – distúrbio que envolve impulsos recorrentes e incontroláveis de retirar pelos do corpo. E teve a grande virada da personagem, quando ela descobria sobre o câncer de mama da mãe”, lembra.

Tamanha inconstância se revelou, então, um prato cheio para a então estreante. “Jade nunca era uma coisa só, plana. Ela tinha um furacão ocorrendo por baixo da pele”, enaltece Anaju, que experimenta um novo ofício em plena pandemia. Ela acaba de lançar sua grife de roupas femininas, a La Femme 368. “A marca é um sonho que carrego há anos. Passei por um longo processo de maturação de ideias e objetivos, até entender o que, de fato, desejava entregar: experiência e inspiração, costuradas por elegância, atemporalidade e um toque de sensualidade”, descreve.

Raio X de Ana Julia Dorigon

Nascimento: 27 de julho de 1994, em Campinas, São Paulo.

Atuação inesquecível: “Em ‘Órfãos da Terra’, quando a Camila, minha personagem, confessa, em seu julgamento, que foi violentada e que assassinou o homem que a abusou”.

Interpretação memorável: “É extremamente difícil nomear uma só. A televisão brasileira é repleta de atuações e momentos sublimes”.

Momento marcante na carreira: “Quando eu soube que seria filha da Eliane Giardini. Sempre fui tão fã dela! Fiquei sem acreditar que poderia aprender com essa atriz maravilhosa”.

Com quem gostaria de contracenar: Tony Ramos.

Se não fosse atriz: “Trabalharia com que estou trabalhando também hoje em dia: empreendedorismo e moda”.

O que falta na TV: “Hoje, é difícil dizer. O audiovisual se transforma constantemente”.

Ator: Tom Hanks.

Atriz: “São muitas, impossível escolher apenas uma”.

Novela: “Várias! Um dos aspectos mais brilhantes delas é retratar a atualidade e, simultaneamente, influenciar. Acho que, em cada fase de nossa vida, temos uma obra diferente que nos marcou”.

Vilão marcante: Carminha, papel de Adriana Esteves em “Avenida Brasil”, e Nazaré, personagem de Renata Sorrah em “Senhora do Destino”.

Personagem mais difícil de compor: “Toda personagem tem sua dificuldade. Seja pela complexidade ou pela simplicidade. Eventualmente, existirão desafios”.

Que papel gostaria de representar: “Qualquer uma que seja complexa, cheia de nuances, camadas e delicadeza”.

Filme: ‘A Malvada’, de 1950, com Bette Davis, e ‘Pulp Fiction’, de Quentin Tarantino, lançado em 1994.

Diretor: Vários. Francis Ford Coppola, Billy Wilder, Stanley Kubrick, Federico Fellini e Garry Marshall.

Vexame: “Elogiar o trabalho de uma pessoa e descobrir que não foi ela quem fez”.

Mania: “É mais um hábito: o de rezar todos os dias”.

Medo: “Não valorizar, apropriadamente, as oportunidades”.

Projeto: “Contar histórias e tentar colocar, ainda que seja um pedacinho, de coisas boas neste mundo”.

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