28 de março de 2024 Atualizado 20:58

8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Celebridades

Recomeço no vídeo

À frente do “No Limite”, André Marques estreia no filão de “realities” da Globo

Por Caroline Borges / TV Press

09 de junho de 2021, às 07h21

Aos 41 anos, André Marques coleciona uma trajetória diversificada na Globo. Após ganhar imensa repercussão como o divertido Mocotó da “Malhação”, o ator encontrou mesmo um espaço foi na apresentação. Além de comandar o extinto “Vídeo Show”, ele também esteve à frente de produções, como “Superstar”, “É de Casa” e diferentes formatos da franquia “The Voice”.

Toda essa experiência, porém, não foi o bastante para André driblar as emoções quando se deparou com o convite para apresentar a nova temporada de “No Limite”. À frente do “reality-show” de sobrevivência, André revive sensações e emoções de seus primeiros dias em estúdios, quando ainda estava na adolescência.

“Estou me sentido igual quando comecei em ‘Malhação’. Eu tinha 14 anos quando fizemos o piloto. Eu chegava no Projac e via Dona Nair Bello, John Herbert, Silvia Pfeiffer… Eu ficava impressionado com aquilo. Em ‘No Limite’, estou me sentido meio criança nas emoções novamente. Estou com tesão de adolescente por esse projeto. É um programa pioneiro dentro do gênero dos ‘realities’”, valoriza.

André confessa que está bastante emotivo ao longo das gravações – Foto: Globo / Divulgação

As gravações de “No Limite” acontecem em Beberibe, no Ceará. Por conta dos protocolos de segurança no combate à Covid-19, o apresentador tem se mantido ao máximo em isolamento. Por isso, algumas tarefas básicas, como cozinhar, estão sob sua responsabilidade.

“Estou confinado como os participantes e fiz uma comida para mim. Quando vi, tinha uma louça enorme para lavar. Odeio lavar louça. Tenho um combinado com amigos e a minha namorada. Eu cozinho para todo mundo, mas a louça não é minha. Como estou sozinho, tive de lavar tudo. Esse foi meu primeiro perrengue por aqui (risos). Mas superei”, brinca.

Como chegou o convite para apresentar o “No Limite”?

Quando terminamos de gravar o “The Voice+”, viajei para a Serra da Canastra. Recebi a notícia do Boninho quando estava lá. Fiquei muito nervoso e emocionado. Chorei igual a uma cabrita desmamada (risos). Foi um dos momentos mais marcantes da minha vida. Acho que 70% das notícias sobre a minha carreira foram com o Boninho me dando um susto ou pregando uma peça. Eu até ia ficar mais uma semana na Canastra, mas decidi voltar logo. Não sabia se o homem ia mudar de ideia ou iam precisar de mim no Rio para gravar algo. Apresentar o “No Limite” não estava nos meus planos.

Por quê?

Quando eu fiquei sabendo que o programa iria voltar, eu pensei que adoraria fazer esse projeto. Até brinquei com o Boninho e a Angélica (Campos, direção geral) que queria fazer. Vai que cola, não é? Tinha essa vontade de apresentar, mas achava que seria bem difícil. Não passou muito pela minha cabeça essa possibilidade porque eu estava no “The Voice+”, no “The Voice Kids” e no “É de Casa”. Então, nem criei expectativa, não estava nessa “vibe”. Obviamente, fiquei mega feliz com o convite e com a confiança que a Globo depositou no meu trabalho.

O “No Limite” estreou na tevê em 2000. Você acompanhava o formato do programa quando ainda era apresentador por Zeca Camargo?

Eu sou suspeito para falar porque sempre fui fã do programa. Estou igual criança em um parque de diversões. Quando o “No Limite” começou, eu estava começando no “Vídeo Show”. Dois anos depois, nós começamos a fazer uma sátira, votando em participantes do elenco e brincando com o programa. A vida tem dessas voltas, não é? Acabou que hoje estou à frente do “reality”. Eu acho que o “No Limite” tem todos os elementos que o brasileiro gosta: superação, emoção e tretas – não tem como fugir delas quando você está isolado nas condições que eles estão.

Apesar de ser um “reality” de sobrevivência para os participantes, o programa também exige bastante do apresentador nas gravações. Você fez alguma preparação especial para esse período de trabalho?

Sim, eu sabia que o perrengue seria para todos. Uns 10 dias antes de viajar para o Ceará, eu voltei a comer melhor e fazer algumas caminhadas. Eu estava naquele ritmo meio enrolado com os exercícios. Porém, se eu soubesse o nível da parada, eu teria começado quando o Boninho me convidou. Acho que estaria mais preparado. Não é moleza. Tem sol, chuva, frio… Acho que, na próxima edição, vou começar a me preparar com um mês de antecedência. Porém, dá para perceber que não é só força física que conta.

Como assim?

O força mental é fundamental. Não só para gente, mas para os participantes também. Às vezes, a força física ou bruta pode perder para uma cabeça bem equilibrada e controlada. Eu estou tentando fazer isso. Acho que é um mix dos dois, um equilíbrio entre corpo e mente. Às vezes o participante tem estrutura física para aguentar a prova, mas o psicológico atrapalha e ele acaba não conseguindo.

Como tem sido esse período de gravações no Ceará?

Com certeza me tiraram da minha zona de conforto. A posição é a mesma, mas não exatamente. Minha função ali é como a de um árbitro de futebol: o mais imparcial possível. Preciso estar sempre atento, conferindo se todos estão executando as provas dentro das regras determinadas. Inicialmente, eu pensava: “será que vou conseguir fazer direito?”. Não é uma gravação em estúdio, certinha, onde tudo é controlado, paradinho. É uma gravação gigantesca com inúmeros fatores envolvidos. Tem sigilo, calor, lugares de acesso complicado. Estou feliz de estar em uma função muito diferente de tudo que já fiz. Acho que estou me acertando com o formato ao longo das gravações. Fiz uma prova hoje que fui melhor do que ontem. No “The Voice”, eu já tinha um entendimento da logística. Agora é um aprendizado diário. Um dia após o outro.

Você teria coragem de participar de um desafio semelhante ao dos participantes do programa?

Eu topo tudo pela arte. Não sei se eu mandaria bem nas provas de resistência, tem algumas que são bem puxadas. Mas acho que eu seria o participante que se dá bem com todo mundo. Eu gosto muito de cozinhar e me viro bem no meio do mato, acho que eu seria aquele que cozinha para a galera e talvez por isso não votassem em mim (risos). Eu não achava que era algo tão pesado. Leva qualquer um ao limite. Ainda assim, acho que todos os perrengues do programa são possíveis.

De que forma?

Acho que todo mundo tem a possibilidade de participar e tentar. A gente só conhece nossos limites quando nos deparamos com eles. É um perrengue? É sim, mas ao alcance de todo mundo. Basta ter vontade de se superar para saber até onde vai seu limite. Acho que esse é o grande barato do programa.

Publicidade