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Celebridades

Personagem construído de grão em grão

Em “Salve-se Quem Puder”, Daniel Satti busca múltiplas fontes para compor o vilão Donato

Por Caroline Borges / TV Press

30 de abril de 2021, às 11h36

Daniel Satti optou por seguir um passo a passo na construção do mau-caráter Donato, de “Salve-se Quem Puder”, da Globo. Ao ter acesso ao texto de Daniel Ortiz, o ator começou a formular os primeiros elementos do personagem. Porém, o papel foi tomando forma mais concreta ao se deparar com o figurino e as constantes conversas com o diretor Fred Mayrink.

Na atual novela das sete, Donato é um dos principais capangas da vilã Dominique, vivida por Guilhermina Guinle – Foto: Divulgação

“Fui em busca de um personagem com dubiedade. Encontrei os anti-heróis que, por não serem necessariamente maus, mas praticarem atos moralmente questionáveis, o estereótipo é quase sempre o bonito, bem-arrumado, que tem boa comunicação, enfim, justamente o tipo que passa fácil por qualquer situação e consegue fazer o que precisa”, explica.

Na atual novela das sete, Donato é um dos principais capangas da vilã Dominique, vivida por Guilhermina Guinle. Ele está diretamente ligado ao assassinato do juiz Vitório, papel de Aílton Graça. Daniel tem acompanhado suas primeiras sequências no folhetim, que está reprisando os capítulos iniciais antes da exibição da reta final inédita.

“Ele é o vilão certo para qualquer missão que precise de sigilo e descrição, pois é um cara acima de qualquer suspeita. Só anda bem arrumado, tem pinta de executivo, usa acessórios caros como relógio, pulseiras, ou seja, é o homem perfeito para enganar e se adaptar a situações que passe despercebido e concluir o que lhe foi designado”, defende Daniel, que conseguiu se manter produtivo durante o período de isolamento social mais rígido.

“Tenho aproveitado bastante e estado muito comigo mesmo em estudos, meditação, leituras, filmes e séries! A pandemia trouxe um monte de oportunidades, porque também fez com que a atenção do mundo se voltasse para o acesso a todas as ferramentas da internet”, completa.

Raio X de Daniel Costa Teixeira de Souza

Nascimento: Em 6 de abril de 1974, em São Paulo.

Atuação inesquecível: “O curta-metragem ‘Entreolhares’, em que tive a honra de poder dar vida ao Sandro”.

Interpretação memorável: “Lima Duarte fazendo o eterno Sinhozinho Malta”.

Um momento marcante na carreira: “O ano de 2020, em que o personagem Sandro do curta-metragem ‘Entreolhares’ me rendeu prêmios internacionais e nacional”.

O que falta na televisão: “Oportunidade para novos atores, que temos de sobra, com muito talento. Inclusive, atores negros, idosos, portadores de necessidades especiais, resumindo, falta diversidade”.

O que sobra na televisão: “A repetição de papéis que exigem um tipo físico específico e são sempre enquadrados nos mesmos atores”.

Com quem gostaria de contracenar: Sonia Braga.

Se não fosse ator, o que seria: “Atleta, por gostar de me desafiar e ter muita persistência e resiliência”.

Ator preferido: Tony Ramos.

Atriz preferida: Fernanda Montenegro.

Novela preferida: “Roque Santeiro”, da Globo, de 1985.

Vilão marcante: Carminha, de “Avenida Brasil”, da Globo, de 2012.

Que novela gostaria que fosse reprisada: “A Favorita”, de João Emanuel Carneiro.

Que papel gostaria de representar: “Um galã-vilão, tipo esses que todo mundo odeia e ama ao mesmo tempo, no estilo meu malvado favorito”.

Filme: “Parasita”, de Bong Joon-ho.

Autor predileto: Nelson Rodrigues.

Diretor favorito: “Difícil, hein, são alguns (risos): Daniel Filho, Anna Muylaert, Laís Bodanzky, Guel Arraes e João Falcão”

Vexame: “No começo da minha carreira, fui convidado para um teste, cujo produto mudaria a minha vida profissional para um patamar de visibilidade muito alto, e fiquei tão nervoso, que não dei conta de fazer um bom teste. Para mim, foi um vexame, mas me trouxe muitos aprendizados”.

Uma mania: “De organização”.

Um medo: “De não alcançar o que almejo ou de que os meus planos não deem certo”.

Projeto: “Escrever um livro”.

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