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Celebridades

Mudança de percurso

Testada para protagonizar “Todas as Garotas em Mim”, Juhlia Ficer se encontrou na pele da madura e sensata Verônica da série bíblica

Por MÁRCIO MAIO - TV PRESS

24 de julho de 2022, às 15h04 • Última atualização em 24 de julho de 2022, às 15h05

Na televisão, é natural que, na hora dos testes para alguns trabalhos, pessoas avaliadas para um papel sejam aprovadas em outro. Foi exatamente o que aconteceu com Juhlia Ficer em “Todas as Garotas em Mim”, série bíblica da Record. Inicialmente, ela participou da seleção entre as atrizes que poderiam interpretar a protagonista Mirela, que acabou ficando com Mharessa. Mas, depois que o diretor Rudi Lagemann viu seu desempenho, teve outra ideia. “Ele bateu o olho em mim e viu que eu deveria ser a Verônica. Disse que eu trazia algo ‘pedra’ (risos). Acredito que ele tenha visto a assertividade e a segurança da Verônica em mim”, avalia a jovem, que dá vida a uma moça bem madura e inteligente na produção.

De cara, Juhlia enxergou certa inovação no projeto. Afinal, há tempos não ouvia falar em nenhum produto adolescente na emissora. O fato de ser um formato que se afastava dos folhetins também agradou, principalmente porque se trata de um movimento que já vem acontecendo na teledramaturgia nacional. “E, desde o primeiro teste, por conta de ter dois papéis, um contemporâneo e um épico, percebi que existiria essa ideia de dois mundos diferentes dentro da mesma série. Achei uma ideia maravilhosa, permite versatilidade e que a gente explore contextos distintos”, opina.

Na trama, Verônica é uma garota considerada muito sensata para a sua idade. “Ela não sente necessidade de provar quem é usando os melhores looks, as melhores maquiagens e sendo amiga das pessoas mais populares. É segura e sabe o que quer”, defende a intérprete. Por outro lado, quando o assunto é romance e o próprio coração, Verônica fica bem mexida. “Ela é muito romântica e nunca teve um namorado. Acho lindo, como atriz, vê-la como uma adolescente em crescimento, cheia de vida e borboletas no estômago”, derrete-se.

Juhlia tem 22 anos e passou boa parte da vida sonhando com a carreira de médica. No segundo ano do Ensino Médio, porém, a escola em que estudava abriu um curso de Teatro. Filha de um casal que se conheceu fazendo a peça “Romeu e Julieta”, Juhlia viu ali a oportunidade de entender o carinho e a paixão que os pais tinham por essa época e acabou encontrando, na arte, uma maneira de também cuidar das pessoas. “Sempre fui muito tímida. Mas, quando me via em cima do palco, algo dentro de mim queria falar tudo o que podia, com as palavras e com o corpo”, revela. Com 17 anos, saiu de Vitória, no Espírito Santo, e se mudou para o Rio de Janeiro, onde estudou Artes Cênicas na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL). Sua estreia no audiovisual aconteceu na Netflix, no filme “Tudo Bem no Natal que Vem”, mas não demorou a emplacar seu primeiro papel em uma emissora aberta: ela foi a serva Salma de “Gênesis”, na própria Record. “Foi uma escolha bem difícil, mas a partir do momento que eu soube que era isso que eu queria para a vida, me joguei com tudo para ver a arte que existe dentro de mim acontecendo e alcançando a vida que habita dentro do coração um espectador”, exalta.

Nome completo: Juhlia Araújo de Alencar.

Nascimento: 19 de janeiro de 2000, em Goiânia, Goiás.

Atuação inesquecível: “O processo de criação e de cenas que mais mexeu comigo até hoje, no audiovisual, foi a Diana, esposa de Sansão, retratada no contexto bíblico de ‘Todas as Garotas em Mim’”.

Interpretação memorável: “A última que me fez sair do cinema realmente impactada foi o Joaquin Phoenix, no filme ‘Coringa’”.

Momento marcante na carreira: “Depois de dois meses passando por um processo seletivo e estudando muito, recebi a resposta de que tinha sido escolhida para esse papel”.

O que falta na televisão: “Acredito que, às vezes, o lado comercial da tevê, a exigência de entregar um produto rápido e que atenda aos prazos, pode fazer com que a gente se perca em alguns pontos”.

O que sobra na televisão: “Muita atenção, carinho e profissionalismo em fazer acontecer. Temos isso no Brasil”.

Com quem gostaria de contracenar: Fernanda Montenegro e Gabriel Leone.

Se não fosse atriz, seria: Médica ou Cantora.

Ator: Joaquin Phoenix.

Atriz: Natalie Portman.

Novela: “Avenida Brasil”, escrita por João Emanuel Carneiro e exibida originalmente pela Globo em 2012.

Vilão marcante: Voldemort, personagem da saga “Harry Potter”.

Personagem mais difícil de compor: “Aimmé, de uma peça chamada ‘Florestas’, do Wajdi Mouawad, que fiz durante a faculdade”.

Que novela gostaria que fosse reprisada: “Avenida Brasil” e “Páginas da Vida”, esta última escrita por Manoel Carlos, exibida originalmente pela Globo entre 2006 e 2007 e atualmente em reprise pelo canal fechado Viva.

Filme: “Antes do Amanhecer”, lançado em 1995 e dirigido por Richard Linklater.

Autor: Gabriel García Márquez.

Diretor: Richard Linklater, Christopher Nolan e David Fincher.

Vexame: “Escorregar e cair de bunda no centro da roda, na minha primeira aula de teatro”.

Mania: “De colocar o dedo mindinho na boca”.

Medo: “De não conseguir realizar todos os meus sonhos”.

Projeto: “Aprender a tocar piano”.

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