Ator
José Henrique Ligabue: delicadeza dramatúrgica
Enquanto aguardava a estreia de “Gênesis”, ator revisita a sensível história do ingênuo Lino, de “Flor do Caribe”
Por Caroline Borges_Tv Press
05 de fevereiro de 2021, às 16h36
Link da matéria: https://liberal.com.br/social/celebridades/jose-henrique-ligabue-delicadeza-dramaturgica-1425355/
José Henrique Ligabue estava pronto para encarar todas as nuances e dramaticidades da trama de “Gênesis”, novela bíblica da Record. Porém, de repente, o ator viu todos os planos alterados. Em virtude da pandemia do novo coronavírus, o folhetim teve a estreia adiada e outro trabalho ressurgiu no caminho. Desde o final de agosto, ele tem curtido a reprise de “Flor do Caribe”, em que interpretou o doce Lino.
“Recebi a notícia da reexibição com muito carinho. Eu já estava rezando para que a novela passasse no ‘Vale a Pena Ver de Novo’. Estava com saudades desse projeto”, valoriza. Na história de Walther Negrão, Lino mora em um sítio ao lado da avó Veridiana, papel de Laura Cardoso, e dos irmãos Candinho e Dadá, interpretados por José Loreto e Renata Roberta.
Ao longo dos capítulos, Lino, que ainda é virgem, se apaixona pela fotógrafa Carol, de Maria Joana, recém-chegada na cidade. A jovem coloca fotos do rapaz na internet e ele acaba fazendo sucesso. “É uma história de busca pelo autoconhecimento, pois o Lino passa por muitas viradas e descobertas na dramaturgia como o primeiro amor, a aceitação de seu dom e amor pela costura e tudo isso sem perder a beleza e sensibilidade que o personagem tem”, explica.
GÊNESIS
Com a retomada dos trabalhos de “Gênesis”, que estreou dia 19, José Henrique Ligabue retornou aos estúdios seguindo os protocolos de segurança e saúde no combate à Covid-19.
“É maravilhoso voltar à ativa. Fazemos sempre o teste e só somos liberados para gravar com o resultado negativo e fora de cena sempre tomando todos os cuidados necessários. É uma rotina difícil de se acostumar, eu só espero que tudo isso acabe logo”, torce o ator, que passou o isolamento social ao lado da família. “Procurei ler muito, principalmente leituras e pesquisas teatrais, que me ajudaram a construir meu novo monólogo, que tem estreia prevista para o segundo semestre. Além de ficar mais tempo com o meu filho: até parede de escalada montei no quarto dele”, completa.
Raio X José Henrique Ligabue
- Nascimento: Em 31 de julho de 1982, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
- Atuação inesquecível: “O Lino, de ‘Flor do Caribe’”.
- Interpretação memorável: “O Coringa, interpretado pelo Joaquin Phoenix”.
- Um momento marcante na carreira: “Quando soube que faria o ‘Tempo e o Vento’, meu primeiro trabalho com visibilidade nacional”.
- O que falta na televisão: “Ousadia”.
- O que sobra na televisão: “Programas sensacionalistas”.
- Com quem gostaria de contracenar: Irandhir Santos.
- Se não fosse ator, o que seria: Professor.
- Ator preferido: Luiz Carlos Vasconcelos.
- Atriz preferida: Cyria Coentro.
- Novela preferida: “Vale Tudo”, de 1989, da Globo.
- Vilão marcante: Odete Roitman
- Personagem mais difícil de compor: Jim Morrison.
- Que novela gostaria que fosse reprisada: “Velho Chico”, de 2016, da Globo.
- Que papel gostaria de representar: “Um psicopata”.
- Filme: “Adaptação”, de Spike Jonze.
- Autor predileto: O francês Gilles Deleuze.
- Diretor favorito: O francês Michel Gondry.
- Vexame: “Fiz uma cena uma vez em que o personagem dormia e eu dormi de verdade em ‘O Tempo e o Vento’”.
- Uma mania: “Botar sempre primeiro o sapato do pé direito para dar sorte”.
- Um medo: “Bolsonaro se reeleger”.
- Projeto: “Meu novo monólogo, com texto adaptado do livro ‘O Grande Líder Indígena Ailton Krenak’”.