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Celebridades

Interpretação tripla em ‘O Clone’ consagrou Murilo Benicio

Murilo não disfarça o orgulho da reprise de O Clone atualmente no ar no “Vale a Pena Ver de Novo”

Por Márcio Maio / TV Press

23 de novembro de 2021, às 17h16

Algumas novelas alcançam um sucesso tamanho que, depois delas, seus protagonistas alcançam novos patamares na carreira. Foi assim com Murilo Benício e “O Clone”. Ali, ele teve a chance de dar vida a três personagens: os gêmeos Lucas e Diogo, sendo que este último morre no começo da trama, e o clone de Lucas, Léo. “A novela foi marcante. Todos os atores ficaram muito lembrados. Mas, foi definitivamente importantíssima para eu assumir outro lugar como ator”, assume.

Originalmente, “O Clone” foi exibida pela Globo entre outubro de 2001 e junho de 2002. Nesse período, Murilo e Giovanna Antonelli, que interpretava a muçulmana marroquina Jade, fizeram bastante sucesso. A parceria acabou se expandindo para fora dos estúdios Globo, tornando-os um dos casais mais noticiados dos anos seguintes. O bom entrosamento entre os dois, claro, favoreceu o trabalho.

“A história era muito centrada no amor deles e, quando o Léo entrou, virou quase um triângulo amoroso. Nossa química funcionou e isso foi muito importante para a novela”, avalia Murilo, que não disfarça o orgulho da reprise atualmente no ar no “Vale a Pena Ver de Novo”. “Era uma época minha de começo de carreira e eu fico muito feliz com essa reexibição”, diz.

Murilo não disfarça o orgulho da reprise de O Clone atualmente no ar no “Vale a Pena Ver de Novo” – Foto: Divulgação

O que você recorda de todo o processo de construção dos personagens que interpretou ao longo de toda a trama?

Eu lembro que foi difícil porque o Lucas era um personagem apagado – era para ser assim – e o Léo demorava para entrar na trama. Então, passei um tempo só fazendo o Lucas, que era um cara mais introspectivo. Era para ter um contraste com o Diogo, que tinha de ser aquele cara solar que morreria em um acidente. E perda acendia no Albieri (Juca de Oliveira), que era um cientista, a vontade de trazer o afilhado de volta, de tão querido que ele era. A personalidade do Lucas fez com que ficasse mais pesado o fardo de ele ter sido o filho que ficou.

E em relação ao Léo, como foi desenvolver outro personagem no decorrer da trama?

Léo foi o personagem com o qual eu consegui brincar mais. Para mim, a diferença entre o Lucas e o Diogo era praticamente nenhuma, por eles terem o mesmo background, a mesma escola, os mesmos pais, moravam na mesma casa, fizeram as mesmas viagens, tinham a mesma condição financeira… Eu achava que a diferença tinha de ser muito pequena, mas sabia que quando o Léo – idêntico fisicamente, mas criado em um ambiente completamente diferente – entrasse, eu poderia brincar muito com essa situação.

Com a venda de ‘O Clone’ para muitos países, onde o público foi mais caloroso? Lembra o que diziam a você?

Sou muito querido em Portugal. Nunca fui à Rússia, onde a novela foi um fenômeno, mas já encontrei russos que parecem mais fãs do que os próprios portugueses. Na África, também senti a repercussão quando fui fazer um safári com os meus filhos. Tem muita língua portuguesa na África. Então, eles assistem muito a nossas novelas. O público é sempre caloroso e isso é tão legal! É impressionante o quanto as pessoas de todos os lugares do mundo nos veem, o alcance que temos. Isso sempre volta em um tom de muito amor e carinho das pessoas. Principalmente em Portugal, para onde eu vou mais.

Você é muito autocrítico ao rever um trabalho antigo?

Eu sou muito autocrítico com trabalho novo, não antigo. Parece que é ver outra pessoa quando eu assisto a um trabalho muito antigo meu. Então, dói menos. Mas eu não sou daqueles que curtem ver, não. Eu acho incríveis as pessoas que acabam uma cena e correm para o monitor para ver como foi, para entender como podem melhorar. Fico meio sem graça com essa minha luta contra me ver, mas tenho certeza de que existem outros atores iguais a mim.

Quais as lembranças que você tem da viagem ao Marrocos? Guarda alguma recordação?

Comprei uns chaveiros e, até hoje, encontro uns em casa. Comprei também uns panos que estão na minha fazenda. Trouxe muita coisa de lá e tenho muitas recordações também. Imagina essa turma toda fazendo a novela no Marrocos, como a gente não se divertiu? Foi uma delícia, o elenco era uma delícia, todo mundo era legal. Enfim, só recordações boas.

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