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Celebridades

Dias de passarela

Thaila Ayala relembra perrengues da vida de modelo e se diverte com a reprise de “Ti-Ti-Ti” no “Vale a Pena Ver de Novo”

Por Geraldo Bessa / TV Press

22 de setembro de 2021, às 08h40

Rever “Ti-Ti-Ti” é um exercício de memória para Thaila Ayala. Em 2010, quando deu vida a Amanda, modelo que movimenta a trama agora reprisada no “Vale a Pena Ver de Novo”, ela estava começando a sedimentar sua carreira como atriz e tinha de desenvolver isso com um papel totalmente vinculado a suas experiências nas passarelas e ensaios fotográficos. “Sentia uma certa segurança por ter conhecimento de causa do universo da personagem. Conheci muitas meninas ambiciosas iguais à Amanda”, conta.

Thaila tinha apenas 15 anos de idade quando foi descoberta em um baile de forró por um olheiro de uma agência de modelos – Foto: Divulgação

Ciente da competitividade do mercado “fashion”, umas de suas principais histórias de vida serviu de inspiração para a personagem, que não mede esforços para se dar bem, mesmo que isso possa prejudicar outras pessoas. “Estava cotada para um trabalho e um grupo de meninas da mesma agência colocou laxante na minha comida. Não tive condições de fazer a campanha. Foi péssimo, mas agora eu conto e rio. São experiências como essa que me deixaram mais forte e atenta”, analisa, às gargalhadas.

Aliás, rir é uma das principais lembranças da atriz ao pensar nos bastidores de “Ti-Ti-Ti”. O texto leve de Maria Adelaide Amaral, a direção do saudoso Jorge Fernando e a boa repercussão da novela à época criaram uma boa conexão entre o elenco. Com cenas carregadas de humor e que reuniam quase o “casting” completo, Thaila se divertiu ao trabalhar com atores que já admirava, casos de Claudia Raia, Dira Paes, Murilo Benício e Alexandre Borges.

“Eu era extremamente crua como atriz. Ter essa convivência me fez aprender tanto. Todos os atores mais experientes eram muito gentis, mas eu também não dava mole. Chegava com o texto pronto e estudado”, jura. Das amizades que resistiram aos quase dez anos que separam a exibição original e a reprise, a atriz revela que ainda continua muito próxima de suas colegas de geração Sophie Charlotte e Isis Valverde. “A afinidade foi grande. A gente se juntou e nunca mais se largou. Novela é um exercício diário e grandes amizades podem surgir desses encontros tão intensos”, analisa.

Thaila tinha apenas 15 anos de idade quando foi descoberta em um baile de forró por um olheiro de uma agência de modelos de sua cidade natal, Presidente Prudente, interior paulista. Logo foi chamada para trabalhar em São Paulo. Mas passou pouco tempo na capital. Apenas o suficiente para arrumar as malas para embarcar para diversos países, como México, Tailândia, Japão e Chile. Quatro anos depois, de volta ao mercado da moda no Brasil, tornou-se uma recordista em aparições em comerciais, com campanhas para marcas como LG e Tim.

Em meados dos anos 2000, começou a estudar teatro e conseguiu entrar para a Oficina de Atores da Globo. No primeiro teste que fez para “Malhação”, acabou com o papel de protagonista da temporada 2007. “Tinha 21 anos. Pensei que não me enquadrasse mais para ser estudante e que também ainda não tivesse idade para interpretar uma professora. Fiz o teste para que conhecessem meu trabalho, jamais pensei que fosse passar”, pondera.

Nome em ascensão na Globo, ao final de “Ti-Ti-Ti”, Thaila resolveu experimentar melhor outras linguagens da atuação, investindo pesado nos palcos, e em especial, no cinema. Só entre 2014 e 2019, participou de 13 filmes. Atualmente, enquanto aguarda uma melhora no cenário da pandemia, Thaila espera seu primeiro filho, fruto de seu relacionamento com o também ator Renato Góes.

“Até os 31 anos, não tinha qualquer vontade de ser mãe e estava bem com isso. As coisas começaram a mudar e cá estou eu ansiosa para conhecer o Francisco”, conta a atriz, do alto de seus 35 anos. Além do rebento, Thaila e Renato também têm outro projeto em comum: o longa “Inverno”, primeiro título da produtora audiovisual fundada pelo casal. “A pandemia mudou o cronograma de todos os nossos projetos. Queremos muito mostrar esse outro ‘filho’ ao mundo. Além de produzir e atuar, assinei o roteiro do longa ao lado do Paulo Fontenelle. Então, é um trabalho que me abre novas possibilidades”, valoriza.

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