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Celebridades

De corpo e alma

André Dread raspou cabelo e barba para interpretar um nobre egípcio na novela bíblica “Gênesis”, da Record

Por Tv Press

22 de março de 2021, às 07h34

Na história, Okpara é um nobre do Egito. Um personagem que parece ter surpreendido positivamente o ator - Foto: Divulgação

Assim que foi chamado para interpretar o misterioso Okpara de “Gênesis”, novela bíblica da Record, André Dread soube que, se aceitasse, precisaria passar por uma grande mudança física. Como já tinha sido sondado para um outro trabalho, chegou a refletir no que seria melhor fazer. Mas, não demorou, cessaram as dúvidas.

“Precisava raspar cabelo e barba. Pedi um tempo para pensar, mas fiz minha escolha em aceitar”, conta ele, que ficou logo instigado em apostar em um papel diferente de tudo que já tinha feito. “Foi isso que me atraiu. Adoro desafios. Já tinha feito alguns testes pra novelas bíblicas e não passei. Okpara surgiu no momento certo”, pontua.

Na história, Okpara é um nobre do Egito. Um personagem que parece ter surpreendido positivamente o ator. “O negro, muitas vezes, fica com os papéis de menor expressão, com muito pouco destaque e, muitas vezes, marginalizados. Estamos avançando, mas precisamos de mais representatividade. Vivemos tempos difíceis, ainda somos minoria nas grandes produções e poucas vezes nos vemos em personagens de maior poder aquisitivo”, lamenta Dread, que participou de um importante trabalho social nessa pandemia, a “Frente Cidade de Deus”.

“Fizemos uma campanha de arrecadação de kits de limpeza, cestas básicas, álcool em gel, galões de água e testes de covid-19. Fazíamos ação praticamente todos os dias. Impactamos mais de 15 mil famílias em oito meses, um trabalho que era de responsabilidade do Estado”, valoriza.

Raio X de André Luís da Conceição de Carvalho

  • Nascimento: 5 de fevereiro de 1982, no Rio de Janeiro.
  • Atuação inesquecível: “Tive o privilégio de trabalhar com Tony Ramos (na novela ‘A Regra do Jogo’), ator que vi na tevê quando ainda era moleque. Nunca imaginei esse momento”.
  • Interpretação memorável: Lázaro Ramos no filme e na série “Ó Paí, Ó”, como Roque.
  • Momento marcante na carreira: “Fiz um filme publicitário que fez minha cara ficar estampada, por dois anos, em todos os veículos de comunicação. Foi bem legal”.
  • O que falta na televisão: “Mais representatividade. Não vemos nossas histórias sendo contadas. Somos minoria nas grandes produções e, quando somos escalados, temos muito pouco destaque. Muitas das vezes somos marginalizados. Não tenho problemas em fazer um personagem marginalizado, desde que ele tenha uma história bacana”.
  • O que sobra na televisão: “Manipulação, estamos sendo manipulados o tempo todo, em vários sentidos. A gente nutre nossas mentes e se alimenta de informações que nos causam medo, tristeza e dor”.
  • Com quem gostaria de contracenar: Lilia Cabral e Lázaro Ramos.
  • Se não fosse ator, seria: Comerciante.
  • Ator: Lázaro Ramos.
  • Atriz: Lilia Cabral.
  • Novela: “Não costumo assistir novelas, mas uma que vi um pouco foi ‘Avenida Brasil’”.
  • Vilão marcante: Romero Rômulo, personagem de Alexandre Nero em “A Regra do Jogo”.
  • Personagem mais difícil de compor: “Fiz um personagem em um espetáculo chamado ‘O Burguês Fidalgo’, de Molière, que foi bem difícil de compor. Era um mestre de dança, tive de fazer aulas de balé, e era um personagem super-refinado, altivo e muito ambicioso”.
  • Que novela gostaria que fosse reprisada: “Avenida Brasil”.
  • Que papel gostaria de representar: Um médico.
  • Filme: “Cidade de Deus”, dirigido por Fernando Meirelles e lançado em 2002.
  • Autor: João Emanoel Carneiro.
  • Diretor: José Padilha.
  • Vexame: “Me mudei para uma outra casa, na mesma rua. Um dia, chegando do trabalho, fui para a casa antiga e percebi que a chave não entrava na porta. Uma pessoa atendeu e eu pedi desculpas. Morri de vergonha”.
  • Mania: “De ficar enrolando o cabelo, claro, quando eu tinha cabelo”.
  • Medo: Da morte.
  • Projeto: “‘Frente Cidade de Deus’, um projeto de assistencialismo muito necessário”.

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