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Celebridades

Daphne Bozaski celebra sua primeira personagem de época

Por Geraldo Bessa / TV Press

19 de janeiro de 2022, às 10h03

Era grande a importância de “Malhação” para a teledramaturgia da Globo. A produção está com a morte anunciada, mas confirma a condição de principal porta de entrada de talentos da emissora ao se deparar com carreiras como a da atriz Daphne Bozaski. Uma das protagonistas da premiada temporada de “Malhação – Viva a Diferença”, de 2017, a atriz é um dos principais destaques de “Nos Tempos do Imperador”, onde vive a sofrida Dolores.

Daphne é formada em balé clássico e dança contemporânea, paixões que a levaram aos palcos e às Artes Cênicas – Foto: Divulgação

Em sua primeira experiência em tramas de época, Daphne até imaginou que a personagem passaria por diversas experiências ruins por conta da total ausência de direitos femininos que prevalecia ao final do Século XIX. O grau de densidade das situações, entretanto, foi além do previsto.

“Dolores é prometida em casamento ainda criança e acredita firmemente que nunca encontrará a felicidade. Aos poucos, ela vai sentindo sua própria força e se mostra um retrato muito fiel das mulheres da época. A coragem veio a partir da dor”, analisa.

Com o desenvolvimento da trama ao longo dos meses, Daphne arrisca traçar um alarmante paralelo entre o passado e o presente de jovens como Dolores. Para a atriz, embora a voz ativa e os direitos femininos tenham avançado, ainda há muito o que se lutar pela valorização e oportunidades das mulheres na sociedade. Neste sentido, ela acredita que, mesmo se tratando de um texto de época, a virada da personagem na trama foi um grande acerto e concebida de forma bem atual.

“Dolores errou bastante antes de se impor no casamento. E, embora tenha descoberto a força de um verdadeiro amor, sua salvação não foi a partir de um homem. Tudo o que ela quer é ser dona de si”, garante Daphne, que pela primeira vez dividiu uma personagem com outra atriz, no caso, a pequena Julia Freitas, intérprete de Dolores na infância. “A gente teve muito cuidado para criar uma unidade para a personagem. Tive muita sorte de contar com o carisma da Julia para que a Dolores tivesse a torcida do público logo nos primeiros capítulos”, avalia.

Olhando para trás, a atriz pensa em “Nos Tempos do Imperador” como um grande exercício de versatilidade e adaptação. Com a estreia adiada inúmeras vezes, as gravações foram marcadas por sucessivas pausas por conta do agravamento no número de óbitos e infectados causados pelo coronavírus. Por fim, ainda haviam os rígidos protocolos adotados pela Globo para minimizar os riscos entre a equipe envolvida na obra.

“Tudo neste trabalho foi muito novo e revelador para mim. Os ensaios eram feitos de forma remota, a gente tinha de guardar bem as emoções porque a todo momento a diária de gravação poderia ser cancelada. Ver a novela no ar é muito legal e mostra que todo o esforço vale a pena”, garante. Por amenizar o clima de tensão, Daphne contou com a companhia de duas velhas conhecidas de “Malhação – Viva a Diferença” e da série “As Five”: Heslaine Vieira e Gabriela Medvedovski, intérpretes da inconsequente Zayla e da heroína Pilar, respectivamente. “Foi muito divertido encontrar as meninas em uma situação totalmente diferente, bem distante do clima urbano ao qual estávamos acostumadas. Nós nos ajudamos muito”, ressalta.

Natural de São Paulo, Daphne é formada em balé clássico e dança contemporânea, paixões que a levaram aos palcos e, posteriormente, às Artes Cênicas. Após uma década exclusivamente dedicada ao teatro, ela estreou na tevê, em 2014, na série “Que Monstro te Mordeu?”, da TV Cultura.

Nos bastidores, a atriz acabou sendo dirigida por Cao Hamburger, que viria a ser o responsável pela temporada de “Malhação” que a tornou conhecida do grande público. Agora, Daphne se prepara para revisitar novamente as complexidades de Benê na segunda temporada de “As Five”, spin-off que desenvolve a história das cinco protagonistas daquela temporada. “Achei incrível reencontrar a Benê tantos anos depois e ter de encarar um mesmo papel, mas com dilemas e responsabilidades diferentes. A recepção do público à volta das cinco segue maravilhosa e muito próxima. A sensação é de que estamos todos crescendo e amadurecendo juntos”, valoriza.

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