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Celebridades

Atriz comemora participação em ‘Salve-se Quem Puder’

Concurso para a Polícia Civil foi a oportunidade para Cris Probba estar em um trabalho fixo e investir na carreira de atriz

Por Redação

16 de julho de 2021, às 07h18

Cris Probba não se acomoda e segue investindo no desenvolvimento pessoal. A atriz está fazendo mestrado, dá aulas de teatro e TV - Foto: Divulgação

A longa caminhada pelo teatro e o cinema independente culminaram em uma grande realização. Cris Probba participa da novela “Salve-se Quem Puder”, da Globo. Na primeira experiência na TV, a atriz contracena com Flávia Alessandra e Murilo Rosa. Mas, até chegar a esta conquista, ela passou por poucas e boas para conciliar a profissão de artista e policial.

Nascida em uma família de juristas, a paixão pelo Direito veio no DNA. Depois de trabalhos como modelo na adolescência, Cris decidiu entrar na faculdade para poder advogar e atuar naquilo que era tradição familiar. Pois foi então que, durante o curso, ela descobriu que viver em cima dos palcos também era uma missão de vida. Ao entrar para uma companhia amadora e estrear em um teatro cheio, a atriz decidiu que precisava daquela sensação outras vezes.

Como conciliar o direito e as artes? Para realizar o que queria, Cris não perdeu tempo e foi buscar soluções para o problema. O concurso para a Polícia Civil do Rio de Janeiro foi a oportunidade encontrada para estar em um trabalho fixo que permitisse tempo disponível para investir na segunda atividade. Foi assim que começou a jornada da policial e atriz, apaixonada pela vida e por contar histórias, e que une as experiências para se desenvolver pessoal e profissionalmente.

O começo deixou claro que o conhecimento da faculdade não era o bastante para aquela função. O trabalho de investigação e inteligência policial exigia mais, e só a prática podia trazer as lições necessárias para ser policial de verdade. “O início foi muito desafiador, ser policial é diferente de tudo. É preciso vocação para buscar a justiça e tentar construir um mundo melhor. Servir as pessoas que buscam apoio nas suas tragédias pessoais é minha grande missão. Procuro sempre acolher com atenção no primeiro atendimento quando elas vão até a delegacia. Sinto que consigo fazer a diferença em um momento complicado, muitas vezes de choque para a pessoa vítima de violência”, conta Cris.

No dia a dia na delegacia, além da convivência com os colegas e os riscos da profissão, Cris lida com pessoas. Cada um que passa por ali tem histórias para contar, e as histórias de vida ensinam um pouco mais. “Em ambas as profissões lido com vidas e histórias. Para mim não são trabalhos distantes e sim complementares. Na arte tento trazer tudo isso que eu aprendo na vida. No teatro você reproduz as dores, alegrias e tragédias humanas. E nada como beber dessa fonte. Por mais doloridas que sejam as histórias. Eu procuro não julgar ninguém, não é o meu papel.” comenta.

No teatro e no cinema, Cris acumula experiência atuando em produções independentes. O longa-metragem “Anima Sola” (2015), premiado internacionalmente, e a também premiada série para o YouTube, “Cafetão”, são os principais trabalhos da atriz neste segmento. Na segunda temporada da série, a personagem Beth sofre uma reviravolta, e a mudança de comportamento agradou a atriz. “Ela era submissa e subserviente. Depois, volta como a própria cafetina. Foi uma grande oportunidade para exercitar diversos aspectos do meu lado atriz e viver coisas que tinham mais a ver com a minha realidade e outras completamente distantes de mim”, explica a artista que também atuou em “Love, Rock and Blues”. Um filme de Igor Moreira, com Isabel Filardis e André Ramiro.

No teatro a atriz construiu a maior parte da carreira. A atuação de maior destaque foi em “Retalhos de Nelson”. Dirigida por Claudio Handrey, Cris representou diversas mulheres da obra de Nelson Rodrigues. “Fizemos recortes das 13 peças de Nelson Rodrigues. E isso me trouxe muita experiência por me levar para personagens com personalidades muito diferentes da minha. São histórias em que precisa ir fundo para entender aquela pessoa que você vai trazer para o palco. É muito desafiador”, conta a policial e a atriz.

TV em tempos de pandemia
A primeira oportunidade veio no ano passado. A atriz foi chamada para o elenco de “Salve-se Quem Puder”, novela de Daniel Ortiz, da Globo. Com as restrições provocadas pela pandemia, a emissora carioca buscou atores profissionais que pudessem atender qualquer demanda da produção que não ia contar com os elencos numerosos de sempre. Os 20 escolhidos fizeram desde figuração até falas durante da trama que foi gravada com todos os protocolos de segurança.

“Fiz muitos amigos e aprendi demais, especialmente com os diretores Marcelo Travesso e Fred Mayrink. Vou levar esse trabalho para a vida e não vejo a hora de novas oportunidades.” comenta a atriz.

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