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Ecos do fim

A Maia celebra mensagem de esperança de sua estreia em folhetins

Natural de Juiz de Fora, atriz desde muito jovem sonhava com a vida de artista

Por Geraldo Bessa - Tv Press

24 de janeiro de 2022, às 11h26

Maia tinha acabado de se mudar para Portugal e estava investindo em sua carreira musical quando recebeu o convite - Foto: Paulo Belote - Globo

Obscura e implacável, a figura que a Morte tem no imaginário coletivo ocidental muitas vezes é a de uma entidade vestida de preto e com uma foice em mãos. Em “Quanto Mais Vida, Melhor!”, entretanto, sai essa personificação sombria e entra em cena uma versão mais leve e extremamente sedutora interpretada pela atriz A Maia, nome artístico da estreante em novelas Marcella Maia.

“A preparação para este trabalho foi bem complexa. Infelizmente, por conta da pandemia, a morte virou um assunto muito recorrente. Tive a ajuda de terapeutas para me desligar um pouco da realidade e encontrar o tom lúdico que essa figura ganha na novela”, conta.

Na trama de Mauro Wilson, a personagem acaba por estar sempre acompanhando os protagonistas Neném, Paula, Guilherme e Flávia, de Vladimir Brichta, Giovanna Antonelli, Mateus Solano e Valentina Herszage, respectivamente, que morrem em um acidente aéreo e ganham da Morte uma segunda chance de viver. “A novela fala sobre recomeços. É um tema que enche a gente de esperança depois de tudo o que vem acontecendo”, acredita.

No período de pré-produção da obra, nomes como Fernanda Montenegro e Patrícia Pillar chegaram a ser pensados para interpretar a Morte. Entretanto, para sorte de Maia, seu “showreel”, espécie de currículo em formato de vídeo curto, acabou caindo nas mãos do diretor Allan Fiterman, que ficou impressionado com o ar de mistério da atriz. O grande problema da escalação era que, sem projetos no Brasil, Maia tinha acabado de se mudar para Portugal e estava investindo em sua carreira musical.

“Estava assinando contrato para gravar álbum, mas a oportunidade de fazer a novela falou mais alto. Arrumei minhas malas de novo e voltei sem pensar muito. Foi uma decisão muito feliz”, garante. Já nos estúdios Globo, ela se encantou com a estética realista que a equipe de caracterização pensou para a personagem, com longos cabelos negros, unhas enormes e pele em tom pálido, livremente inspirada na imagem fria de Angelina Jolie em “Malévola”, filme de 2014. “Minhas tatuagens deram um pouco de trabalho à equipe. Era preciso apagar todas elas antes de começar a gravar. A personagem tinha de ter essa neutralidade”, conta.

A televisão já era um objetivo na vida da atriz. Em 2018, ela passou em um teste para um papel em “A Dona do Pedaço”. Entretanto, uma mudança no perfil da personagem acabou adiando o sonho de fazer uma novela. “A vida nem sempre é fácil. Já tive muitos ‘nãos’ na minha carreira. Mas procuro focar apenas no que acontece de bom. A estreia foi ao lado de pessoas muito especiais”, conta.

Gravada durante a pandemia, “Quanto Mais Vida, Melhor!” teve de respeitar rigorosos protocolos de saúde, ensaios remotos e roteiro de gravação imprevisível, sempre se adequando aos números de mortes e infectados pelo coronavírus. Mesmo nesse clima delicado, Maia conseguiu se divertir e aprender muito ao lado da equipe e de seus parceiros de cena.

“Depois de tantas reprises, estava todo mundo muito consciente de que esse trabalho representaria um novo momento da teledramaturgia. Então, estávamos empolgados em fazer parte desse ressurgimento. Fui muito bem-recebida”, destaca.

Natural de Juiz de Fora, Maia desde muito jovem sonhava com a vida de artista. Aos 15 anos, começou a trabalhar com produção no universo da moda. Pouco tempo depois, ela mesma começou a modelar. Por conta das fotos e passarelas, morou na Itália e na Turquia e acabou tendo sua primeira experiência no vídeo, um pequeno e marcante papel em “Mulher-Maravilha”, “blockbuster” de 2017. Na sequência, participou de videoclipes e atuou na minissérie “Todxs Nós”, da HBO.

Hoje, aos 30 anos, enquanto acompanha a exibição de “Quanto Mais Vida, Melhor!”, Maia espera o início de outro projeto televisivo e trabalha sua carreira de cantora com o lançamento de singles como “Se Assuma” e “Pra Dá Dolce Bacana”. “A arte sempre me salvou dos perrengues da vida. Estou em um momento muito especial e vivendo tudo de forma intensa”, destaca.

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