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Turismo

Será que vai dar praia depois das manchas de óleo?

Veja a situação da orla das praias de cada Estado Brasileiro após as manchas de óleo afetarem boa parte do litoral

Por Agência Estado

07 de janeiro de 2020, às 15h16 • Última atualização em 11 de maio de 2021, às 10h21

As praias nas quais os vestígios de petróleo cru mais caíram se concentram entre Maranhão e o norte de Pernambuco. O balanço divulgado pelo Ibama no dia 5 de dezembro aponta que ao menos 127 municípios de todos os nove Estados do Nordeste, além de Espírito Santo e Rio de Janeiro, foram atingidos pelas manchas de óleo desde setembro. Elas se espalharam por 899 praias, ilhas, rios e mangues nesse período.

Ainda assim, 325 localidades (o Ibama chama de localidades áreas de 1 km ao longo da costa) já são consideradas limpas – e esse número vem aumentando. Vinte e seis apresentam manchas e outras 548 têm menos de 10% de contaminação. Para checar as condições da praia para onde você vai próximo à data de sua viagem, acesse o site ibama.gov.br/manchasdeoleo.

A Secretaria de Defesa Agropecuária divulgou um estudo em 29 de novembro no qual foram encontrados “níveis de preocupação à saúde” em duas amostras de pescados (albacora branca e budião) de um total de 68 analisadas. Por isso, o órgão afirma que vai aumentar a amostra de análise das duas espécies.

Apesar disso, a nota oficial afirma que não há risco para o consumo de peixes e frutos do mar. Segundo o órgão, o risco só estaria presente se houvesse o consumo contínuo do mesmo produto com esses níveis durante vários anos. Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), contudo, contestam esses estudos sob a justificativa de que não há dados suficientes para confirmar ou refutar a liberação para o consumo desses animais.

Maranhão, Piauí e Ceará

No Maranhão, 21 localidades ainda têm vestígios esparsos (menos de 10%) e outros 15 já não apresentam manchas. As duas localidades em que foram encontradas manchas ficam em Tutoia, próximo à Ilha do Caju. No Piauí, apenas a Praia do Pontal e o Delta Sul do Parnaíba têm manchas.

A famosa Atalaia apresenta mais pontos verdes (sem manchas) do que cinza (com vestígios esparsos). Já no litoral cearense há apenas 9 pontos com vestígios esparsos. Na praia de Cumbuco há apenas um ponto com vestígios; não foram encontrados sinais na região de Jericoacoara.

Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco

No Rio Grande do Norte, 61 lugares são considerados limpos – entre eles, a Praia de Touros, em São Miguel do Gostoso, e Genipabu. Em Pipa e Ponta Negra foram encontrados apenas vestígios – elas estão entre as 14 localidades que se encaixam nesse caso. Na Paraíba, há vestígios entre Tambaú e Cabo Branco e próximo à Tambaba, em apenas 4 localidades no Estado.

Dezesseis são consideradas limpas. Em Pernambuco, há apenas uma área com manchas – a maior concentração de vestígios está no litoral sul, na região de Tamandaré. Foram 21 localidades com vestígios esparsos, incluindo áreas em Porto de Galinhas, Muro Alto e Carneiros.

Alagoas, Sergipe e Bahia

Alagoas ainda tem 4 áreas com manchas (na Praia do Gunga, na Foz do Rio Manguba, em Pariupueira e no Pontal de Coruripe) e 84 com vestígios; 27 são consideradas limpas – entre elas, Maragogi. No litoral sergipano, foram encontradas 5 áreas com manchas (uma delas, na região de Mangue Seco) e 73 com vestígios; 17 são consideradas limpas. Maior Estado do Nordeste, a Bahia tem 12 localidades com manchas e 237 com vestígios, mas 91 foram consideradas limpas.

Espírito Santo e Rio

Não há áreas com manchas no litoral capixaba, mas 73 localidades com vestígios e 31 consideradas limpas. No Rio, há apenas 4 pontos, no norte do Estado, entre a Praia dos Sonhos e Grussaí: dois estão limpos e dois, com vestígios.

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