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Malas prontas

Remarcar passagens sem custos é difícil

Lufthansa e Swiss saíram na frente na isenção para a remarcação de passagens aéreas compradas antes do agravamento da crise decorrente do Covid-19

Por Da Redação

21 de março de 2020, às 11h32

Lufthansa e Swiss saíram na frente na isenção para a remarcação de passagens aéreas compradas antes do agravamento da crise decorrente do novo coronavírus. Os viajantes que fecharam bilhetes antes de 5 de março, para realizar viagens até 30 abril de 2020, poderão programar nova data para voar até 31 de dezembro deste ano, sem pagar taxa de alteração. Segundo o Grupo Lufthansa, essa nova política de flexibilização foi adotada “visando minimizar os impactos para clientes que já haviam realizado suas reservas”. 

A americana Delta também tomou a decisão global de isentar os passageiros de taxas em alterações no embarque. Isso vale para quem fechou um voo com a empresa antes de 9 de março para viajar até 30 de abril.

Foto: Divulgação
No caso do voo da Latam suspenso temporariamente entre São Paulo e Milão, os passageiros podem solicitar o reembolso completo

 

No caso do voo da Latam suspenso temporariamente entre São Paulo e Milão, os passageiros podem solicitar o reembolso completo, remarcar a viagem ou mudar o destino do voo sem cobrança de multa ou diferença tarifária (dentro da validade do bilhete), segundo a empresa. 

Para quem viajaria à Itália pela Latam, a companhia informou que todos os passageiros com voos até 30 de abril podem mudar a data do bilhete sem multa. A empresa também tornou as regras flexíveis para novas reservas realizadas até 22 de março, sem cobrança para mudar a viagem, desde que a alteração seja realizada até 14 dias antes da data original. Nos dois casos, os passageiros têm de embarcar até 31 de dezembro de 2020. 

ESTÍMULO ÀS VENDAS 

Desde o início de 2020, a disparada de dólar e euro no Brasil já dificultava a venda de viagens internacionais. Com o aumento nos riscos de contaminação após a expansão do novo coronavírus, o desafio ficou maior. Numa tentativa de conter as perdas, empresas do setor passaram a oferecer reservas flexíveis para os viajantes não desistirem de comprar. 

No segmento de acomodação, o Airbnb se compromete a devolver integralmente sua taxa de serviço e apoiar anfitriões (com divulgação e ferramentas especiais) que se disponham a fazer o mesmo, para “oferecer aos anfitriões e hóspedes afetados a opção de cancelar reservas sem cobrança”, para novas reservas feitas até 1º de junho. 

Companhias aéreas e de navios de cruzeiro também embarcaram na possibilidade de oferecer vantagens para incentivar as vendas. Na Air France, na KLM, na Air Canada, na Copa Airlines e na Emirates, bilhetes comprados até 31 de março podem ter sua data original alterada sem o viajante pagar taxa por isso. Em todos os casos mencionados – exceto para o voo da Latam temporariamente suspenso entre São Paulo e Milão -, vale conferir se as companhias aéreas cobram diferença tarifária, caso a passagem custe mais caro nas novas datas escolhidas para a viagem. 

DE NAVIO 

A Costa Cruzeiros anunciou cancelamento gratuito para novas reservas feitas até 30 de abril, desde que a desistência da viagem ocorra até essa mesma data limite. Até 3 de abril, quando, inicialmente, o decreto do governo da Itália acaba, os roteiros da companhia italiana fazem escalas em portos do país apenas para desembarque de passageiros que terminam a viagem, sem novos embarques ou excursões nos pontos de parada. 

Também como decorrência das mudanças na Itália, a MSC cancelou a travessia com passageiros do navio MSC Sinfonia do Brasil para a Europa, que tinha Veneza como porto final. A companhia informou que os consumidores irão receber um voucher no valor do cruzeiro para usar em qualquer roteiro durante 2020 e 2021. 

O MSC Fantasia, cujo roteiro terminaria em Gênova e Civitavecchia, segue apenas até Marselha, na França – os passageiros têm a opção de desembarque em portos anteriores. A companhia se comprometeu em devolver o valor referente aos dias de viagem não realizados. O casal Shirley e James Zelic, a bordo do navio que partiu de Santos em 10 de março, recebeu o comunicado em sua cabine na quarta. Eles decidiram desembarcar em Barcelona e irão remarcar a passagem de volta ao Brasil a partir da cidade espanhola.

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