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Parques

Montanha-russa e outras novidades de Orlando

Há novidades nos parques SeaWorld, Aquatica e Busch Gardens, todos localizados na Flórida

Por Agência Estado

02 de setembro de 2019, às 08h27

Olhando de longe, ela é imponente e se destaca no horizonte. Toda alaranjada, quanto mais a gente se aproxima, mais o medo cresce. Debaixo dela, o aço retorcido que vai do chão até perto do céu causa pânico. O suor começa a escorrer pelo corpo e a respiração fica ofegante. Quem em sã consciência entra em um vagão que sobe 45 metros de forma impulsionada, passa pelas nuvens em looping e depois desce duas vezes em quedas verticais a quase 100 quilômetros por hora?

Bem, a verdade é que quase todo mundo que esteve presente na inauguração da Tigris, a nova montanha-russa do Busch Gardens, em Tampa, nos Estados Unidos, estava se divertindo muito.

Foto: Divulgação
Montanha-russa Tigris, com 550 metros de trilhos, foi projetada para simular a agilidade dos tigres

Não se trata da única novidade desta temporada entre os parques do Grupo SeaWorld, formado pelo Busch Gardens, SeaWorld e Discovery Cove, além dos aquáticos Adventure Island, em Tampa, e Aquatica, em Orlando – nele, o tobogã KareKare Curl é mais uma ferramenta para ajudar os turistas a se refrescarem, com boas doses de adrenalina, no sempre quente verão de Orlando.

Vila Sésamo

No Sea World, a Sesame Street é uma área temática e imersiva, com atrações e experiências interativas projetadas para toda a família. Ali estão os personagens da Vila Sésamo – Garibaldo, Elmo, Come-Come, Grover, Beto, Ênio, Bel, Zoe…

O local conta com áreas de lazer secas e com água – em dias de sol, as crianças se divertem (e se molham bastante) em um playground com esguichos de água. Todo o espaço foi construído para ser a representação da vizinhança da turma no seriado, com o Jardim da Abby Cadabby e o ninho do Garibaldo (lá chamado por seu nome original em inglês, Big Bird).

Junto com dançarinos, eles participam de uma animada parada com carros alegóricos, na qual os personagens da turma interagem com as crianças. Há ainda uma minimontanha-russa, a Super Grover’s Box Car Derby’s, e o Trem do Elmo, que leva a garotada a dar uma volta em toda a Sesame Street.

A turma da Vila Sésamo também está no Busch Gardens, no Safari of Fun. Lá, é possível dar uma volta na Air Grover, outra montanha-russa infantil, com curvas e pequenas quedas. As crianças também podem escalar uma árvore até chegar na casa do Elmo e se refrescar em um espaço com jatos de água do Ênio (Ernie) e do Beto (Bert).

Agilidade felina

A montanha-russa Tigris, com 550 metros de trilhos, foi projetada para simular a agilidade – adivinhe – dos tigres. Um brinquedo desse tipo (de lançamento) é aquele em que primeiro o vagão vai para trás, sobe em marcha à ré para pegar impulso, depois desce e sai acelerado de forma insana até cumprir seu percurso.

As sensações causadas pelas montanhas-russas nunca foram tão atrativas para mim, mas eu estava “treinado”. Antes de subir na Tigris, as expedições pelos parques do grupo SeaWorld me levaram até a Manta, em Orlando, que simula o nado das arraias no mar (mas a 90 km/h), com o corpo segurado pelos ombros e sempre olhando para baixo.

Para 2020, ano em que o Busch Gardens completa 60 anos, está prometida a inauguração da montanha-russa híbrida (aço e madeira) mais alta da América do Norte e a mais rápida e íngreme do planeta, atingindo 70 metros de altura. Outra novidade prevista para o próximo ano ficará no SeaWorld – uma montanha-russa da qual ainda pouco se sabe, mas cuja temática será baseada em paisagens geladas.

Universal

É do mundo de Harry Potter que vem a principal novidade da temporada. O guarda-caça de Hogwarts, Hagrid, é o “dono” de uma montanha-russa nada trivial. Nela, o público subirá em motocicletas mágicas, sobrevoará as 1.200 árvores da Floresta Proibida e percorrerá um percurso de 1.540 metros com sete lançamentos, queda livre, mudança brusca de sentido e outras surpresas.

Walt Disney World

Fãs de Star Wars, uni-vos: o Disney’s Hollywood Studios terá uma área inteira dedicada à saga a partir de 29 de agosto – na Disneyland da Califórnia, o espaço temático foi inaugurado na última semana. Batizado de Galaxy’s Edge, inclui uma experiência em que o visitante pode pilotar a Millenium Falcon, a icônica nave de Han Solo.

Em outra atração, é possível participar de uma batalha entre a Primeira Ordem e a Resistência. Outra novidade é o teleférico que conecta o Epcot e o próprio Hollywood Studios a quatro resorts do complexo – algumas gôndolas trazem personagens de filmes como Frozen e Moana; disneyworld.disney.go.com.

ANTES DE IR

Aéreo: O trecho ida e volta entre São Paulo e Orlando, em agosto, custa a partir de R$ 3.998,28 na Latam (latam.com) e R$ 4.590 na American Airlines (aa.com.br), em voos diretos. Com escala, sai desde R$ 2.627,42 na Azul (voeazul.com.br), R$ 2 686,03 na Aeromexico (aeromexico.com) e R$ 3.141,01 na Gol (voegol.com.br).

Ingressos: comprar o ingresso combinado para vários parques é sempre mais vantajoso. Para quatro parques do grupo (SeaWorld, Busch Gardens e os dois aquáticos) custa US$ 189,99. Outra opção inclui Discovery Cove, SeaWorld, Busch Gardens e Aquatica e custa US$ 245. Vale consultar um agente de viagens. Site: seaworldentertainment.com.

Salas de silêncio e equipe treinada para portadores de autismo

Invariavelmente, os parques exploram ao máximo os sentidos dos turistas, com uma explosão de cores e sons em vários tipos de brinquedos. Mas o que para alguns é sinônimo de estímulo, para portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode funcionar como gatilho para uma crise. Na rota para serem atrativos para todos os tipos de famílias, Discovery Cove, Aquatica e, mais recentemente, Sea World, se prepararam para receber esse público.

Os parques foram certificados pelo Conselho Internacional de Padrões de Credenciamento e Educação Continuada (IBCCES, na sigla em inglês), que padroniza e regulamenta áreas da saúde, educação e ambiente corporativo para as necessidades de pessoas com deficiências cognitivas.

Logo na entrada, os parques exibem um mapa das atrações com um guia sensorial de cada uma, onde pais de crianças autistas, por exemplo, podem conferir quais estímulos seus filhos receberão e se eles serão altos ou baixos – há dicas sobre olfato, visão, audição, paladar e tato. É uma maneira de tentar prever a reação das crianças a determinados brinquedos e, assim, decidir quais atrações elas poderão aproveitar melhor.

Além disso, todos os funcionários foram treinados para receber famílias com integrantes nessas condições e acomodá-los da melhor maneira possível.

Menos estímulos

Os três parques são equipados com quiet spaces, salas silenciosas e com pouco estímulo para um período de descanso ou eventuais crises. Joseph Jansen, diretor do Aquatica, explica que os espaços foram desenhados com iluminação ajustável e assentos confortáveis, para que o visitante descanse da sobrecarga sensorial dos parques temáticos.

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