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Marrocos

Marrakesh: Um império dos sentidos

Marrakesh, a cidade mais turística do Marrocos reúne uma quantidade impressionante de atrativos para os visitantes

Por Agência Estado

22 de setembro de 2019, às 10h35

Com voos diretos e diários a partir de inúmeras cidades europeias, Marrakesh, cidade de Marrocos, seduz de cara com sua imperdível medina. É ali na cidade antiga que se concentram seus principais pontos turísticos e até um importante patrimônio histórico: a Praça Jemaa el Fna.

Mas as atrações do Marrocos vão muito além de Marrakesh. Casablanca foi a cidade que ficou no imaginário popular quando o assunto é Marrocos – e é mesmo a maior do País. Com muito mais contrastes e exotismo do que o clássico filme com Humphrey Bogart que trouxe fama internacional à cidade, Casablanca é também grande, barulhenta e intensa como qualquer metrópole do século 21 – e a única cidade do País com voos diretos desde o Brasil com a Royal Air Maroc.

Foto: Divulgação
Marrakesh

Melhor se concentrar em destinos mais peculiares, como as cidades próximas à cadeia do Atlas, por onde se estendem vilarejos berberes dos séculos 16 e 17 e cooperativas que produzem o cobiçado óleo de argan.

Ou se encantar com o Deserto do Saara e seus acampamentos de luxo, onde os turistas passam a noite em meio a tendas charmosas, de onde se observa o céu absurdamente estrelado depois dos jantares com música e gastronomia típicos.

Viajar pelo Marrocos, no entanto, requer tempo. As distâncias são grandes, a geografia, montanhosa e as estradas nem sempre ajudam. Por outro lado, as paisagens são lindas e as cores intensas estão por toda parte. Dos temperos, roupas e objetos de artesanato que se espalham pelos mercados a cidades como Chefchaouen, toda pintada de azul e branco, tudo parece feito para virar post do Instagram ou quadro na parede.

É seguro andar pelo Marrocos?

Em termos de segurança, o Marrocos é, em geral, tranquilo (embora sempre haja espertinhos aqui e ali). Mas mulheres viajando sozinhas costumam se incomodar com o assédio constante. O conselho é tomar algumas precauções, como não andar em locais ermos e só tomar táxis recomendados pelo seu hotel, atração turística ou restaurante.

Foto: Divulgação
Marrocos

Vale também prestar atenção às vestimentas. Por ser majoritariamente muçulmano e bastante conservador nas cidades menores, recomenda-se às mulheres evitarem roupas decotadas e saias e shorts curtos. No verão faz muito calor, mas peças leves de materiais como linho refrescam mesmo com mangas compridas – e ainda ajudam a proteger do sol.

Destacamos as principais atrações do País para você colocar em seu roteiro. Deixe seus sentidos aflorarem no trajeto: abra os olhos para os detalhes caprichados das portas, lustres, decorações. Ouça os sons com cuidado, do chamado do muezim ao falatório dos mercados e à música constante.

Deguste os sabores que mesclam influências berberes, árabes e mediterrâneas (não dispense o suco de laranja, deliciosamente doce) e aspire seus aromas. Assim, aos poucos, você vai sentir o destino penetrar na pele. E, quando voltar para casa, certamente terá um pouquinho do Marrocos dentro de você.

Contrastes de Marrakesh

Marrakesh é uma cidade cheia de contrastes. Pode-se até dizer que são várias cidades em uma. Dentro da medina, a parte antiga amuralhada da cidade, de casas de cor ocre e terracota, a gente chega a pensar que o tempo parou. Outro ritmo, outras roupas, encantadores de serpentes, carruagens. Do lado de fora, trânsito frenético e caótico, edifícios modernos e contemporâneos, condomínios e shoppings de luxo, vida noturna agitada.

Eu me dediquei a explorar a medina com calma, com seu souq, barracas e lojinhas. Algumas das melhores compras da viagem, entre sapatos, bijuterias e peças de decoração para a casa, seguramente sairão dali – e com preços muito baixos para quem é bom de pechincha. Ali estão algumas das atrações mais famosas da cidade.

O belo Palais Bahia (cujo nome significa palácio da beleza), construído no século 19, foi construído no século 19 com arquitetura marroquina-andaluza, e hoje recebe visitantes e, ocasionalmente, concertos musicais.

Vale destacar também as ruínas do Palácio El Badi, do século 16, e a Madraça Ben Yussef, escola islâmica do século 16. Ali é possível visitar alguns dos 130 quartos que serviam de hospedagem para os alunos, mas a joia do passeio é o belo pátio interior.

Marrakesh tem também uma excitante vida noturna, repleta de bares e clubes que funcionam até as primeiras horas da manhã. Bons lugares para curtir a noite são o Café Árabe na Medina, o clube Le Palace em Ville Nouvelle, o bar do hotel The Royal Mansour, o Baromètre Marrakech (especializado em coquetéis e cozinha mediterrânea), o wine bar 68 Bar a Vin, o clássico Bo-Zin e o agitado L’Envers.

Onde tudo acontece

Coração da medina e patrimônio da Unesco, a praça Jeema El-Fna não é chamada de “a praça em que tudo acontece” à toa. O movimento ali é intenso a qualquer hora. De dia, encantadores de serpentes, adestradores de macacos, ambulantes e vendedores de (deliciosos) sucos de laranja ocupam o espaço.

À noite, tudo isso dá lugar a barracas esfumaçadas em que se cozinham pratos típicos a preços muito baixos. Um programa infalível por ali é fazer bom uso dos “rooftops” dos arredores: vários dos cafés, restaurantes e bares ao redor da praça têm terraços perfeitos para tomar um drinque e acompanhar a vida acontecer lá embaixo – principalmente ao pôr do sol.

Foto: Divulgação
Guéliz

Guéliz

Fora da medina, diversos bairros merecem a atenção do visitante. Guéliz, por exemplo, é a face mais nova da Marrakesh colonial, cheia de lojas e mercados arrumadinhos, restaurantes e cafés charmosos e galerias de arte – e sem muvuca. À noite, o bairro fica ainda mais agitado por causa de seus bares e clubes.

Mellah

Mellah é a parte judaica, perfeita para amantes de história – e com um ótimo mercado de especiarias. Hivernage é famoso entre os millennials, com hotéis, villas, bares e restaurantes cheios de charme (mas também altos preços). Ainda em desenvolvimento, Sidi Ghanem tem potencial para quem curte arte e moda: ali, antigos armazéns foram convertidos em lojas, galerias e cafés.

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