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Brasil

Facebook anuncia fundo de US$ 130 milhões para supervisão de conteúdo

Comitê será responsável por tomar decisões se determinados conteúdos poderão aparecer ou não no site, com poder de veto inclusive sobre Zuckerberg

Por Agência Estado

12 de dezembro de 2019, às 17h44 • Última atualização em 13 de dezembro de 2019, às 15h08

O Facebook anunciou nesta quinta-feira, 12, um fundo de US$ 130 milhões para financiar um comitê independente de supervisão de conteúdo da rede social. A entidade será responsável por tomar decisões finais se determinados conteúdos poderão aparecer ou não no site, com poder de veto inclusive sobre Mark Zuckerberg, presidente executivo da empresa.

Segundo Brent Harris, diretor de governança e assuntos globais, o montante será usado para cobrir as despesas dos primeiros dois mandatos da entidade, o que levará seis anos. O montante não inclui outros investimentos do Facebook relacionados ao projeto, como a infraestrutura e as ferramentas para apoiar as operações do comitê.

A empresa ainda não anunciou os membros do comitê, o que deve acontecer em 2020, com o ínicio da operação da entidade. Cerca de 40 pessoas devem ser selecionadas, incluindo um diretor, gerentes de caso e membros dedicados da equipe, trabalhando em áreas como comunicação, recursos humanos e pesquisas, além de departamento jurídico.

A proposta de um comitê de supervisão de conteúdo foi divulgada ainda em 2018, e desde então o Facebook abriu consulta pública sobre como ele deveria operar. A empresa recebeu também sugestões de membros. Inicialmente, a nomeação de membros estava prevista para janeiro de 2020, mas isso não deverá ocorrer.

A criação do comitê é uma resposta da empresa às críticas correntes que a companhia recebe por sua política de remoção de conteúdos. Mark Zuckerberg, por exemplo, já se mostrou favorável até à preservação de anúncios políticos mentirosos na plataforma. Com a aproximação das eleições presidenciais nos EUA, a pressão sobre a empresa deve aumentar sobre como modera conteúdo postado por seus usuários. O novo comitê terá o papel de suprema corte, decidindo o que fica e o que sai da plataforma.

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