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Dicas de segurança

Entenda como funciona o golpe do WhatsApp clonado

Atenção: não passe seu código de confirmação (aquele número que vem por SMS quando você instala o aplicativo) do WhatsApp para ninguém

Por George Aravanis

23 de janeiro de 2020, às 10h24 • Última atualização em 23 de janeiro de 2020, às 19h06

Em uma série de crimes, golpistas têm clonado o WhatsApp de usuários e se passam pelo dono da conta para pedir que conhecidos da vítima façam uma transferência bancária emergencial. Na última terça-feira, mais dois episódios foram registrados em Americana.

Em 2019, o laboratório de segurança digital da empresa PSafe registrou 413.240 tentativas de clonagem do WhatsApp no Brasil, média de 47 por hora.

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Nos dois crimes de anteontem, o golpista agiu do mesmo modo. Telefonou para dois homens que tinham anunciado veículos em sites de comércio eletrônico e se passou por funcionário dos portais de negócios digitais.

Foto: Reprodução
Veja troca de conversas de golpista quando consegue clonar o WhatsApp

Em um dos casos de Americana, o alvo da clonagem foi um autônomo de 22 anos. Ele já tinha vendido o veículo. Ao ser informado disso, o criminoso perguntou se o rapaz queria que a propaganda fosse retirada do ar. O jovem concordou, então o golpista disse que iria enviar um código para ele por mensagem de texto (SMS) e pediu para que o autônomo lhe informasse o número. O autônomo disse o código e, momentos depois, seu WhatsApp parou de funcionar.

É que, na verdade, o número não foi enviado pelo criminoso. Era o próprio código de liberação do WhatsApp, encaminhado sempre que usuário tenta acessar o aplicativo de outro dispositivo.

De acordo com a empresa PSafe, o golpe funciona assim: o hacker tenta entrar no WhatsApp com o número do alvo escolhido. Neste momento, um código de liberação é enviado pelo aplicativo para o celular da vítima.
Tudo que o criminoso precisa fazer é dar um jeito de enganar a pessoa para que ela lhe diga o código.

Ao digitar o código de liberação, o criminoso passa a ter acesso ao WhatsApp e à lista de contatos do alvo clonado, mas não às mensagens trocadas antes da clonagem – essas ficam armazenadas no celular clonado. O dono real do aparelho perde o acesso à conta.

Os bandidos então passam a abordar amigos da lista de contato do dono do celular, perguntando se estavam ocupados e pedindo que fizessem uma transferência.

Ouça o “Além da Capa”, um podcast do LIBERAL

DICAS

O WhatsApp recomenda a ativação da verificação em duas etapas. Se a conta foi roubada, é preciso entrar de novo no WhatsApp e inserir o novo código de segurança recebido pelo SMS. A pessoa que estiver usando a conta indevidamente será desconectada.

Porém, se o WhatsApp pedir o PIN (senha criada ao ativar a confirmação em duas etapas), então é possível que o golpista tenha ativado a medida de segurança. É preciso aguardar sete dias para poder acessar a conta sem o código.

Não passe seu código de confirmação, recebido por SMS quando se instala o WhatsApp, por exemplo, para ninguém.

 

 

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