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Sabores

É biscoito ou bolacha?

A ABIMAPI separou algumas curiosidades sobre o alimento, que de tão popular acabou ganhando uma data no calendário em sua homenagem

Por Da Redação

28 de agosto de 2019, às 16h32

Foto: Diulgação
As duas expressões estão corretas e equivalentes no que diz respeito à legislação

É biscoito ou bolacha? Este é um dos questionamentos mais frequentes e curiosos entre os brasileiros, que já viralizou, inclusive, com um vídeo protagonizado pela youtuber e influencer digital Julia Tolezano, também conhecida como JoutJout.

A ABIMAPI (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados) vai, enfim, acabar com essa dúvida. As duas expressões estão corretas e equivalentes no que diz respeito à legislação.

A diferença está no modo de preparo. Ambos são feitos com massa de farinha de qualquer cereal, com ou sem açúcar, gordura ou levedura. Normalmente as bolachas são secas, enquanto os biscoitos podem ser secos ou úmidos. Apesar da pluralidade em seus formatos, as bolachas distinguem-se dos biscoitos por serem planas. A palavra biscoito vem do latim bis (duas vezes) + coctus (cozido) e chegou ao português pela palavra francesa “bescuit”, no século 12.

O nome vem da prática de assar o alimento duas vezes para que ficasse menos úmido e durasse mais sem estragar. Bolacha vem de “bolo” (do latim “bulla”, objeto esférico) com o sufixo “acha”, que indica diminutivo. A palavra holandesa “koekje” significa a mesma coisa e gerou termos como “cookie” e “cracker”.

“Existe uma diferença regional e cultural para o uso das palavras, gerando até uma brincadeira saudável entre a população. De todo modo, nós, representantes da indústria, utilizamos o termo biscoito” explica Claudio Zanão, presidente-executivo da ABIMAPI. Fonte: ABIMAPI

Afinal, por que alguns biscoitos têm furinhos?

A questão não é estética. Na verdade, se não fosse por esses furinhos, eles não assariam da forma correta.

Os furos são feitos para que o vapor possa escapar enquanto a massa é assada, o que permite que os biscoitos continuem achatados e sem muitas bolhas de ar. Além disso, ajudam para que fiquem mais crocantes.

A distribuição dos furos nos biscoitos também não é feita de forma aleatória: a quantidade de furinhos depende muito do tamanho e do formato da massa.

Muitos furos bem próximos uns aos outros, resultaria em biscoitos mais secos e duros, enquanto buraquinhos mais espaçados que o normal fariam com que bolhas (que são responsáveis por esfarelamento mais fácil) surgissem na superfície.

Maria ou maisena?
Cream-cracker ou água e sal?

O Brasil é o quarto maior produtor mundial de biscoitos, com 1,15 milhão de tonelada fabricada por ano. Entre os cerca de 200 tipos disponíveis nas gôndolas dos mercados, os mais consumidos foram os biscoitos secos doces, com 39% do total, correspondente a 452,4mil toneladas. Em seguida, aparecem os salgados, com 33% (382,9 mil toneladas) e os recheados, com 19,5% (225,6 mil toneladas).

Já que estamos falando sobre os segmentos mais populares, você sabe a diferença entre Maria e maisena? E cream-cracker e água e sal? Na comparação entre as versões, não existem grandes diferenças: o Maria é um biscoito redondo de formulação tradicional com leve sabor de baunilha e leite, enquanto o maisena tem o formato retangular ovalado, com formulação tradicional e aromas de baunilha, laranja e limão.

Em relação aos salgados, a verdade, não existe diferença de ingredientes. O que muda de um para o outro é a quantidade de gordura, que é maior no cream craker do que no do biscoito água e sal. Isso é necessário para deixar a massa do craker mais cremosa e crocante.

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