Motors
Mini Clubman chega no Brasil ainda este ano
Carro terá mudanças estéticas e tecnológicas, e deve desembarcar por aqui neste último trimestre de 2019
Por Fabio Manara - Infomotori.com
07 de outubro de 2019, às 11h07 • Última atualização em 07 de outubro de 2019, às 11h08
Link da matéria: https://liberal.com.br/mais/motors/mini-clubman-chega-no-brasil-ainda-este-ano-1085610/
Os números da Mini contam uma história de sucesso no mundo todo. Desde 2001, a Mini vendeu 10 milhões de carros no mundo. Não é pouco para uma marca que estava esquecida e que tem preços razoavelmente altos para seus modelos. As pesquisas da montadora apontam alguns fatores fundamentais para esse desempenho estrondoso. Os consumidores da marca procuram estilo, segurança, tecnologia e esportividade. E foi exatamente estas qualidades que a empresa britânica tentou condensar no novo Clubman. A BMW do Brasil confirmou esta semana que o modelo vai desembarcar por aqui ainda neste último trimestre de 2019.
O novo Clubman é novo também nas intenções. A pequena station wagon se caracteriza por uma série de soluções que a tornam única. Em termos estéticos, o design foi totalmente alterado, mas com o cuidado de manter a personalidade do modelo. A dianteira foi completamente mudada, com uma grade nova e mais ampla, tem um friso cromado que a divide horizontalmente.
Na traseira, as linhas ficaram mais limpas, com um para-choque traseiro liso. As lanternas traseiras têm efeito 3D e foi repartida em seções de modo a lembrar a bandeira da Grã-Bretanha, chamada de Union Jack. O novo Clubman recebeu ainda novas rodas. Como padrão, elas têm 16 ou 17 polegadas, dependendo da versão, mas opcionalmente pode vir com aro 18 ou 19.
Do ponto de vista da tecnologia e segurança, há novidades relevantes. Todos os carros estão equipados com um chip 4G, o que incrementa tanto a assistência como também a segurança, já que o Clubman conta com a função para chamada de emergência padrão. O recurso Mini Connected permite planejar rotas ou sincronizar o smartphone com o carro. Os Serviços Remotos permitem ao motorista controlar o carro à distância em funções como acionar o motor, abertura e fechamento do carro, a regulagem da temperatura interna e acendimento dos faróis, entre outras. Os recursos de segurança incluem alerta para de colisão frontal, inclusive de pedestres, reconhecimento de sinalização de trânsito e também assistente de farol alto.
Mas a verdadeira vocação do Mini Clubman não se perdeu. Ele continua sendo esportivo e divertido. Para uma condução ainda mais lúdica, foram introduzidos sistemas de suspensão esportiva que abaixam o carro em 10 mm e suspensão adaptativa que, através dos diferentes modos de condução, torna o carro mais macio, para ganhar conforto, ou mais rígido, para uma condução mais agressiva do motorista.
A gama de motores do novo Mini Clubman inclui os dois motores a gasolina de três e quatro cilindros já tradicionais no Brasil: 1.5 e 2.0. Para a Europa, há ainda um motor diesel de três cilindros e dois motores de quatro cilindros. Todos equipados com a última geração da tecnologia Mini TwinPower Turbo. As potências no Brasil provavelmente vão variar dos 136 cv nas versões de entrada até os 192 cv da top, a S.
O preço deve ficar um pouco acima dos praticados atualmente para a segunda geração, ainda à venda no País por valores a partir de R$ 182 mil.
Primeiras impressões
Números à parte, o novo Mini Clubman é um carro peculiar. É quase um personagem. Daqueles que é preciso aceitar algumas condições para poder conviver bem. A porta traseira, com o fechamento característico em par, é um deles. Em alguns casos, é conveniente, pois facilita o acesso. Em outros, como quando há um carro encostado atrás, pode tornar o acesso simplesmente impossível. O espaço interno é excelente para o motorista, passageiro no banco da frente e dois no banco traseiro. Inclusive a qualidade do interior é realmente alta. Para um quinto passageiro, fica apertado, mas considerando o tamanho do carro, não chega a ser surpreendente.
A versão testada era animada com um motor a gasolina, à qual não falta energia. Obviamente, a arrancada não é digna de recordes, mas uma vez que está em movimento, tem uma aceleração vigorosa e se mostrou com grande reatividade. Especialmente no modo Esporte, que deixa a suspensão um pouco mais rígida e o torna tão estável que a condução acaba por ser pouco desafiante. Mesmo enfrentando as insinuantes curvas de Brianza, onde foi posto à prova.