Subcompacto
Fiat Mobi Drive: barato, mas nem tanto
Modelo oferece mais conforto e desempenho, mas perde, e muito, na relação custo-benefício
Por Auto Press
23 de fevereiro de 2020, às 18h38
Link da matéria: https://liberal.com.br/mais/motors/fiat-mobi-drive-barato-mas-nem-tanto-1154227/
Nos últimos anos, o mercado de subcompactos vem mostrando um enorme vigor no Brasil. Em apenas cinco anos, as vendas quase triplicaram: saíram de 54 mil emplacamentos em 2015 para 152 mil em 2019. Este crescimento foi impulsionado basicamente pela oferta de novos modelos no País. Em 2016, a Fiat apostou no segmento com o Mobi. Até ali, apenas o Volkswagen Up atuava no segmento, e mesmo assim de forma envergonhada, tentando ser visto como compacto.
Em 2017, foi a vez da Renault investir no segmento com o Kwid. Apesar de alguns problemas iniciais, o Kwid logo mostrou uma enorme força de vendas. Em 2019, cumpriu uma média de 7 mil unidades por mês, com uma participação de quase 60% no segmento.
Já o Up vem em decaindo ano a ano. No período de cinco anos, perdeu 75% das vendas – eram 54 mil em 2015 e no ano passado foram de pouco mais de 13 mil. O Mobi, ao contrário, vem sustentando médias mensais de comercialização bem estáveis, em torno de 4.500 unidades.
A resiliência do subcompacto da Fiat tem a ver com estratégia de comercialização. A marca manteve o antigo motor Fire nas versões Easy, Like e Way, o que permite que ostente o posto de modelo mais barato do País, ao lado do Kwid, a partir de R$ 34.990.
Só que, para chegar nesse valor, as versões de entrada não trazem nem direção assistida nem ar-condicionado. E reservou para a versão de topo Drive, que custa a partir de R$ 44.840, o que a linha tem de melhor, a começar pelo moderno motor Firefly, de três cilindros.
Ele rende entre 72 e 77 cv, com gasolina e com etanol, de potência máxima e de 10,4 a 10,9 kgfm de torque máximo. A potência é semelhante à do motor Fire, mas o torque é 10% maior e é 11% mais econômico – o modelo tem o selo de eficiência energética do Conpet, com índice B no segmento e A no geral.
A versão Drive ainda dá acesso ao Kit Connect, que inclui um visor de LCD no centro do painel para o computador de bordo, volante multifuncional e rádio com Bluetooth. De relevante, a versão traz de série ar-condicionado, direção elétrica, maçanetas, retrovisores externos e para-choques pintados na cor no veículo, abertura interna do porta-malas e do tanque de combustível travas elétricas, tampa traseira em vidro e ainda vidros elétricos nas portas dianteiras.
Isso além de pequenos confortos que em outras categorias não são sequer citados, como chave tipo canivete, revestimento interno das colunas, console central com porta-copos, volante com regulagem de altura, carpete no porta-malas, entre outros.
O modelo testado trazia itens como pintura especial, rodas de liga leve, sensor de obstáculos traseiro e faróis de neblina são vendidos como acessórios de concessionária – o que eleva o preço do modelo para além de R$ 52 mil.
Fiat Mobi Drive Firefly 1.0
MOTOR: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 999 cm³, três cilindros em linha, duas válvulas por cilindro
TRANSMISSÃO: Manual de cinco marchas à frente e uma a ré
POTÊNCIA: 72/77 cv com gasolina/etanol a 6.250 rpm
TORQUE: 10,4/10,9 kgfm com gasolina/etanol a 3.250 rpm
VELOCIDADE MÁXIMA: 164 km/h
PNEUS: 175/65 R14
FREIOS: Discos sólidos na frente e tambores atrás. Freios ABS com EBD
PESO: 945 kg
PORTA-MALAS: 230 litros
TANQUE: 48 litros
PRODUÇÃO: Betim (MG)
PREÇO DA VERSÃO TESTADA: R$ 53.145