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Apólice

Atenção para não ficar sem a cobertura do seguro de carro

Nem sempre as pessoas tomam o cuidado de ler ou compreender efetivamente as cláusulas: muitas condições passam batido

Por Agência Estado

01 de junho de 2019, às 09h13

A cultura do brasileiro não costuma valorizar muito a importância em se ter um seguro, seja um de vida para garantir um determinado padrão de vida para os herdeiros, ou de um para imóvel para continuar tendo o bem em casos de danos. A porta de entrada acaba sendo mesmo a de automóvel, até por existir a obrigação de pagar um seguro para o seu licenciamento.

Ao fazer um seguro contra acidentes com o veículo, nem sempre as pessoas tomam o cuidado de ler ou compreender efetivamente as cláusulas. Muitas condições podem passar batidas, principalmente quando a apólice vem com as letras miúdas e o texto recheado de termos técnicos.

Foto: Divulgação
O ideal é que o segurado, antes da assinatura, leia as cláusulas da apólice, conheça suas coberturas, seus direitos e deveres

O descuido e a falta de conhecimento do conteúdo desse documento podem, no entanto, custar bem caro ao consumidor. O diretor da ComparaOnline, Paulo Marchetti, alerta que muitos proprietários de veículos ao fazer um seguro podem imaginar que estão totalmente seguros em qualquer ocasião. Só que algumas situações podem levá-los a perder o direito à cobertura do seguro, se não ficarem atentos ao que está previsto na contratação do serviço.

“O ideal é que todo segurado leia atentamente as cláusulas da apólice, conheça suas coberturas, seus direitos e deveres. Por mais que possa parecer maçante ou complicado de entender, é lá que estão as informações necessárias para o bom uso do seguro auto”, explica.

Para ajudar o consumidor nessa tarefa de cuidados ao fazer um seguro, a plataforma preparou uma cartilha e listou algumas situações, as mais comuns, em que é possível perder o direito de utilização do seguro.

Informei que meu carro passava as noites na garagem, mas ele fica na rua. Se eu for furtado perco o direito ao seguro?
O questionário de perfil é usado pela seguradora para avaliar o risco e precificar o seguro. As coberturas contratadas por ele apenas serão válidas se o comportamento de uso refletir o que foi preenchido no questionário. Por isso, é importante sempre responder os dados corretos. A seguradora fará uma pesquisa sobre as condições em que o veículo estava na ocasião e pode se recusar a pagar caso seja comprovado que as informações estavam incorretas. No entanto, se o veículo, por alguma situação excepcional, pernoitar fora da garagem e isso for certificado pela seguradora, o pagamento ocorrerá normalmente.

Ocorreu um acidente de trânsito e o nome do condutor não está na apólice: o sinistro é negado?

Não necessariamente. Se o condutor do veículo respeitar as condições do questionário de perfil de risco, não será negado. Por exemplo: no questionário de risco a seguradora pergunta quem é o condutor principal (quem dirige o carro por 80% do tempo) e coloca na apólice. Se o condutor presente no acidente não estiver na apólice, mas também não dirigir o carro mais de 20% do tempo, ele terá, normalmente, a cobertura em caso de sinistro.

Transitar por áreas alagadas é motivo para perder o direito ao seguro?

Sim. Se o cliente se colocar deliberadamente em uma situação de risco, como tentar passar por uma via alagada, a companhia pode negar o pagamento do sinistro, já que a atitude pode indicar que, nesse caso, ele assumiu o risco.

Se estiver embriagado e causar um acidente, o sinistro será negado?

Sim. O condutor precisa cumprir as leis para estar coberto. Em caso de sinistro, se ficar comprovado que o segurado dirigiu embriagado ou acima do limite de velocidade o sinistro pode ser negado

Existe um número máximo de pedidos de sinistro para uma mesma apólice?

Depende do tipo sinistro e apólice. No caso de perda total e/ou restituição de valor total da apólice, ela será finalizada e o segurado precisará fazer uma nova apólice para o veículo. Já em uma batida de dano parcial o número de sinistros é ilimitado. Algumas apólices podem limitar número de acionamentos de assistência 24h (guincho, chaveiro, etc) durante a mesma vigência.

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