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Cinco dicas para fazer redação nota 1000 no Enem

Professor e linguista explica que para a redação fazer a diferença no Enem, o aluno precisa ter leitura ampla.

Por Sabrina Furlan

08 de setembro de 2019, às 07h17 • Última atualização em 08 de setembro de 2019, às 08h22

Faltando cerca de 60 dias para a prova do Enem, que neste ano será nos dias 3 e 10 de novembro em todo o Brasil, o professor e linguista Carlos André preparou cinco dicas de ouro para ajudar os alunos a se prepararem ainda melhor nesta reta final. Segundo ele, a redação é o que faz a diferença no Enem. “Se o aluno souber construir um texto coeso e coerente de acordo com o tema pedido, ele será aprovado. Leitura e senso crítico são aspectos fundamentais”, adianta o autor dos livros “A nova ortografia da língua portuguesa” e “Na ponta da língua”.

Na última sexta-feira (6), em entrevista durante o programa LIBERAL No Ar, das emissoras de rádio VOCÊ (AM 580) e FM Gold (94.7 FM), o professor Carlos André disse que o importante o aluno precisa ter um conhecimento de repertório sociocultural, ou seja, precisa ler muito.

https://liberal.com.br/wp-content/uploads/2019/09/06.09.19-PROF-CARLOS-ANDRÉ-ENEM.mp3?_=1

Confira as dicas para ter uma redação nota 1000 no Enem:

1. Tema: O tema é o recorte, a problematização do assunto. “O aluno tem que conhecer o tema com profundidade. A base temática é trabalhar aquilo que, em regra, outras pessoas não falariam. Se estiver dentro do senso comum, a nota é baixa, então é preciso ter senso crítico”, explica o professor Carlos André. Para ter senso crítico, ele recomenda a leitura de especialistas que falem sobre o assunto pretendido. “A intertextualidade é outro ponto indispensável na redação”, orienta.

2. Tipo Textual – O tipo textual é a dissertação-argumentativa. “Indispensável compreender que a introdução do texto possui tese, mecanismo argumentativo e percurso analítico. A tese, nada mais é do que uma afirmação feita sobre o tema. Já o percurso analítico está ligado aos tópicos que serão analisados para a defesa dessa tese, finalizando com a conclusão. Este modelo é esperado pelo examinador e o aluno precisa dominá-lo”, explica o linguista.

3. Coesão e coerência textual – Segundo o autor dos livros “A nova ortografia da língua portuguesa” e “Na ponta da língua”, a coesão textual está intimamente ligada à lógica de organização do texto. “Isso se dá principalmente por marcações de referenciação. O texto tem que estar muito bem amarrado, mas não basta coesão referencial, tem que ter a sequencial também. Diferentemente da referencial, em que as estruturas retomam ou projetam coisas, na coesão sequencial o que se percebe é a marcação de continuidade do texto. A lógica de coesão é a lógica ou de referenciação do texto ou de sequenciação. E a coerência é lógica em si. É importante que o estudante tome bastante cuidado ao escolher essas perspectivas argumentativas”, orienta.

4. Correção gramatical: “O aluno não pode ter desvios gramaticais repetitivos”, afirma o professor Carlos André. Segundo ele, a correção gramatical é muito importante porque o examinador valorará se os desvios cometidos pelo aluno, sejam eles de pontuação, regência ou grafia, por exemplo, têm a mesma natureza. Se estes erros forem recorrentes, o autor explica que isso demonstrará a falta de conhecimento da norma culta, implicando em decréscimo da nota.

5. Proposta de intervenção social: Segundo o professor Carlos André, este aspecto costuma ser de fato um problema para parte dos alunos. A proposta de intervenção social deve ser coerente com os argumentos colocados durante o texto. “O primeiro ponto, sem dúvidas, é respeitar os diretos humanos no texto. Além disso, a proposta precisa ser exequível, ou seja, não pode ser alguma coisa vaga. Outro aspecto importante é o respeito àquilo que já existe: por exemplo, o aluno faz uma proposta de intervenção como se fosse extremamente inovadora, mas já existe. Sempre reforço com os meus alunos a importância de mostrarmos o conhecimento adquirido. Ou seja, se a minha proposta de intervenção existe, ressalte pontos como: o agente que vai fazer, o quê vai fazer, para quê, qual a finalidade e como será feito”, explica.

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