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Casa

Natureza bruta invade ambientes

Pedra, palha, madeira, fibras e peças artesanais promovem a integração do ser humano com a natureza, trazendo aconchego e sensação de bem-estar

Por Débora de Souza

25 de janeiro de 2020, às 08h46

A natureza é uma grande fonte de recursos e, principalmente, de inspiração. É nela que arquitetos e designers de interiores têm buscado referências para a criação de projetos que primam pelo contato do homem com a natureza.

Materiais como pedra, madeira, couro e bambu, têm sido cada vez mais utilizados por esses “artistas” para compor ambientes que sejam, ao mesmo tempo, acolhedores e rústicos, a fim de amenizar o estresse e correria da vida moderna.

“Observo que essa é uma tendência forte no Brasil e no mundo, essa retomada ao ‘feito à mão’, aos objetos e mobiliários com um toque natural e artesanal”, explica o arquiteto André Zazeri. Esses projetos, diz ele, trazem a sensação de “casa de verdade, aquela casa para ser usada, com a cara e personalidade do dono”.

O estímulo dos sentidos por meio dos cheiros e texturas naturais trazidas por esses materiais, bem como a integração com a natureza, a sensação de aconchego são algumas das vantagens apontadas pelos especialistas. No entanto, é preciso estar preparado para investir.

“Ás vezes o custo desses materiais são altos e é necessário um cuidado a mais também, exigindo manutenção [para preservação e durabilidade] mesmo em ambientes internos ”, observa a designer de interiores, Alessandra Scatolin.

Para usufruir dos benefícios trazidos por esses materiais, a dica é utilizá-los nas áreas de maior circulação como sala de estar, de jantar e cozinha. Também é possível adicioná-los em quartos e banheiros. Invista em arranjos de plantas e flores.

A valorização de materiais naturais aos projetos de decoração e arquitetura fez crescer a atenção sobre peças regionais e artesanais, feitas à mão por pequenos produtores ou pelos próprios moradores da casa. Peças feitas com sementes, de cerâmica ou bordados em linho são alguns dos novos objetos de decoração desses espaços por trazerem uma ligação orgânica do homem com a natureza.

“É o momento de explorar a diversidade cultural e valorizar o design nacional além do mobiliário, até em coisas mais simples como cerâmica, vasos e esculturas”, diz o arquiteto André Zazeri.

Apesar de todos os benefícios é preciso que haja equilíbrio na composição dos espaços. A dica é eleger um material que será o destaque do ambiente e, a partir dele, selecionar objetos secundários que criem harmonia com a peça principal.

Nesse espaço, cores neutras (em paredes e demais mobiliários) são bem-vindas, pois ajudam a valorizar as peças naturais. Outra dica é combinar a beleza rústica das peças com elementos modernos como vidro e metais ou ainda obras de arte, lustres, etc.

Inspirados em formas existentes na natureza, curvas e traços que dão a impressão de movimento diferente das linhas retas e estáticas, o design orgânico é uma forte tendência nos projetos. Na arquitetura, as fachadas possuem curvas arredondadas e assimétricas, semelhante a ondas.

Na decoração, objetos circulares e linhas sinuosas são apreciados. A atenção a formas orgânicas e materiais naturais fazem parte do estilo conhecido como Arquitetura Orgânica.

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