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Aplicativo

Rede Azul traz serviços para autistas

Idealizado pela mãe de uma garota no espectro, app reúne serviços e lugares relevantes para a comunidade da Região Metropolitana de Campinas

Por Marina Zanaki

13 de janeiro de 2020, às 09h32

Estima-se que dois milhões de brasileiros possuam algum nível de TEA (Transtorno do Espectro Autista). Ainda assim, os familiares e os portadores do transtorno têm dificuldades em encontrar locais que sejam amigáveis e ofereçam condições de atendimento adequadas.

Foto: Divulgação
Elaine Marques mostra o quadro feito pela filha, Alícia

O aplicativo Rede Azul foi criado com o objetivo de indicar lugares e serviços para essa comunidade. Ele reúne estabelecimentos, escolas e profissionais que estão preparados para trabalhar com esse público.

Ele está presente em boa parte das cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas), abrangendo as cidades de Hortolândia, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré. O app foi idealizado pela mãe de uma adolescente que está no espectro, e a ideia é expandi-lo para todo o território nacional.

A ferramenta é colaborativa – ou seja, quem indica os serviços são os próprios usuários. O aplicativo reúne recomendações de lugares que tenham, por exemplo, um espaço sem som ambiente em determinados horários do dia ou até mesmo que tenham iluminação reduzida, profissionais especializados em atender autista, como médicos, cabeleireiros, entre outros.

Criação

Desde que sua filha foi diagnosticada com Síndrome de Asperger, um dos Transtornos do Espectro Autista, Elaine Marques, de Indaiatuba, viu-se cercada por barreiras. Elas iam desde a dificuldade de realizar o diagnóstico até a busca por tratamentos, medicamentos e ensino adequado. Então idealizou um aplicativo que reunisse serviços, como um catálogo.

“Fico indignada com as dificuldades que tenho para atender as necessidades de tratamento e qualidade de vida da minha filha. Percebi que não podia ficar parada, tinha que agir. Por isso, comecei a estudar como poderia criar o aplicativo e ir atrás das pessoas que me ajudariam nisso”, conta Elaine, que é CEO do Rede Azul.

Filha de Elaine, Alícia Marques, de 17 anos, disse que o Rede Azul fará diferença na vida de pessoas que possuem autismo. “Eu acredito que o aplicativo vai ajudar bastante as pessoas com TEA. Com as informações já acessíveis, elas poderão saber o que faz bem para uma pessoa com TEA, encontrando serviços apropriados e até oportunidades de emprego”, confia.

Aplicativo é gratuito

A versão piloto do aplicativo Rede Azul está disponível gratuitamente para sistemas Android desde o dia 19 de dezembro.

Primeiramente, será permitida a entrada de 300 usuários comuns, sendo que os 100 primeiros serão colaboradores, ou seja, vão inserir indicações de serviços, profissionais e espaços já utilizados por eles, que serão denominados Pontos Azuis.

Em uma segunda etapa, o aplicativo será aberto para 1.000 usuários em todo País, que também poderão começar a indicar os Pontos Azuis e avaliá-los.

A expectativa do Rede Azul é implementar, no futuro, selos físicos que serão fixados nos estabelecimentos com as melhores avaliações no aplicativo.

O aplicativo foi desenvolvido com apoio da Agência Blues Propaganda, contou com assessoria jurídica da Law.Sa Advocacia e é desenvolvido pela agência Firefish, com apoio de um investidor.

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