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Visão

Raios ultravioletas podem ser nocivos aos olhos

Incidência de raios ultravioletas nos olhos é constante em qualquer atividade feita ao ar livre; veja os riscos dessa exposição e como se proteger

Por Marina Zanaki

28 de setembro de 2019, às 08h03 • Última atualização em 30 de setembro de 2019, às 13h40

A temporada da primavera e verão traz consigo um inimigo invisível. Com dias mais quentes, atividades como passeios à praia ou piscinas são favorecidas; ao mesmo tempo, as pessoas acabam expondo-se mais aos raios ultravioletas. O que muita gente esquece é que os raios ultravioleta A e B podem prejudicar os olhos, que também precisam ser protegidos.

O LIBERAL conversou com a oftalmologista Débora Sivuchin, da Johnson Vision Care, sobre os principais riscos dos raios ultravioleta aos olhos e como se proteger desses efeitos.

Foto: Pixabay
Raios ultravioletas podem causar sérios danos aos olhos

A profissional explicou que eles são nocivos, principalmente à córnea e cristalino. Existem efeitos agudos, com vermelhidão do globo ocular e ardência. Essa situação ocorre em situações de exposição prolongada e intensa.

Isso pode acontecer com pessoas que passam muito tempo expostas ao sol na praia, por exemplo, ou então praticam atividades como esqui. Locais com grandes altitudes já recebem naturalmente maior radiação; quando associada aos reflexos dos raios na neve, a incidência de ultravioleta pode provocar queimaduras imediatas.

Contudo, o mais comum são os efeitos cumulativos da incidência de raios ultravioletas recebidos no dia a dia. A oftalmologista explicou que os principais a longo prazo são o desenvolvimento de catarata e o pterígio (membrana que cresce por cima da córnea. Ambas as condições podem provocar problemas de visão e, em muitos casos, têm recomendação de cirurgia.

“Diferente da pele, que precisa estar com roupas de banho e em um ambiente onde vou me expor mais ao sol, o olho está sempre exposto. Quando vou para a praia, para o campo ou simplesmente atravesso a rua, é praticamente a mesma exposição. A partir do momento que estou com olhos abertos ao ar livre, tenho exposição à radiação ultravioleta”, alertou Débora.

A oftalmologista orienta o uso de itens como chapéu, boné, óculos de sol ou de grau (desde que possua proteção contra a radiação), ou ainda lentes de contato que possuam essa especificidade. O ideal é associar algo diretamente sobre os olhos, como lentes ou óculos, e também o uso de algum tipo de chapéu.

Outro alerta da profissional é em relação às crianças. “A maioria dos pais nunca leva os filhos para sair sem protetor solar, mas é difícil quem compra bons óculos de sol ou colocam chapéus e bonés”, indicou.

CUIDADOS

Comprar óculos de sol de baixa qualidade pode ser mais nocivo aos olhos do que não usar nenhuma proteção. Em primeiro lugar, eles oferecem uma falsa sensação de segurança e podem favorecer um comportamento de exposição ao sol, acreditando-se que seu uso está protegendo dos raios.

Há ainda o risco agravado nas lentes sem antirreflexo e que acabam refletindo os raios ultravioleta diretamente nos olhos, potencializando os riscos.

Luz de celular também é prejudicial

A luz artificial emitida por aparelhos eletrônicos, como tablets e celulares, também é prejudicial aos olhos. Chamada de luz azul, ela pode aumentar a incidência de miopia e outros problemas, como olhos secos, irritação e fadiga visual.

Quem mais acaba sofrendo com os efeitos dessa luminosidade são as crianças e adolescentes, que acabam passando mais tempo com os olhos grudados nas telas.

Os problemas acontecem porque quando a atenção está voltada para esses aparelhos, a tendência é que a quantidade de vezes em que os olhos piscam diminua. Além disso, acaba-se exercendo uma maior pressão com os olhos para focar a visão.

Algumas dicas podem minimizar os efeitos negativos, como tentar deixar o computador ao nível dos olhos, fazer pausas a cada duas horas passadas em frente a uma tela e ajustar a iluminação do aparelho de acordo com a luminosidade ambiente. Contudo, a melhor forma de evitar esses problemas é diminuir o tempo de exposição.

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