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MotivAção

Poder do hábito: grupo MotivAção propõe mudanças conscientes

Nem todo magro é saudável e nem todo gordo é sinônimo de doença; hábitos saudáveis tendem a ajudar mais a saúde do que apenas brigar com a balança

Por Marina Zanaki

06 de agosto de 2019, às 10h35

Ao contrário do que o senso comum indica, nem todo magro é saudável, assim como nem todo gordo tem problemas de saúde. Os hábitos de um indivíduo têm grande importância na qualidade de vida e em sua longevidade. Dessa forma, focar em mudar comportamentos pode surtir mais efeitos do que apenas brigar eternamente com a balança.

Com o objetivo de difundir informações sobre vida saudável, a Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste criou este ano o grupo MotivAção. Endocrinologista do programa, Adriana Russo Fiore explicou que o foco é propor uma mudança consciente de hábitos de vida que resultem em perda de peso de forma saudável.

Foto: Adobe Stock
Obesidade e hábitos ruins são fatores que aumentam o risco de desenvolvimento de doenças

“Existem pessoas que são magras, mas que se alimentam mal, levam um estilo de vida ruim, sem exercício físico regular, às vezes fumam, bebem em excesso e dormem mal. Tudo isso está associado a danos à saúde”, alertou a profissional.

“Por outro lado, existem indivíduos que estão obesos, mas que estão em processo de modificação de hábitos, melhoraram muito sua alimentação, consomem alimentos integrais, verduras, legumes, frutas, evitam uso excessivo de açúcar e bebidas adoçadas e fazem atividade física. Sendo assim, podem ter muito mais saúde”, indicou Adriana.

Ela alertou que a associação de obesidade e hábitos ruins são fatores que aumentam o risco de desenvolvimento de doenças no futuro, mesmo que a pessoa apresente exames laboratoriais normais. “O excesso de peso em si é um fator de risco para várias doenças, mesmo que elas ainda não se manifestem no momento”, apontou a profissional.

Programa

O grupo MotivAção realiza reuniões com discussões que buscam conscientizar sobre hábitos saudáveis e sua importância para uma vida melhor. Os encontros são quinzenais, com dois grupos de 20 participantes ao longo de dois meses.

São abordados temas como tipos de atividade física e seu papel no emagrecimento; como ocorre o ganho de peso do ponto de vista hormonal; como fazer escolhas saudáveis no dia a dia, conhecendo os grupos alimentares; e como interpretar os rótulos dos produtos industrializados.

Iniciado em abril, o programa está trabalhando com a terceira e quarta turma. Até agora, passaram pelo MotivAção cerca de 80 pessoas. Os participantes passam por atendimento com equipe composta por profissionais da enfermagem, endocrinologia, nutrição e psicologia.

“Com os grupos que já trabalhamos, notamos um engajamento muito importante dos participantes. Eles se sentem incluídos e acolhidos sem julgamentos, o que facilita o processo de orientação. Estamos percebendo resultados positivos. A maioria das pessoas traz exemplos de mudanças e de conscientização nas escolhas alimentares”, finalizou a endocrinologista.

A atividade é gratuita e há formação de novas turmas a cada três meses. Os interessados em participar dos próximos grupos devem procurar a Unidade Básica de Saúde mais próximo da residência. O público-alvo do MotivAção são pacientes adultos com obesidade associada ou não à doenças crônicas (diabetes tipo 2, hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia).

Dicas práticas para ter bons hábitos alimentares

  • Evitar pular refeições: tentar fazer, pelo menos, o café da manhã, almoço e jantar;
  • Buscar comer alimentos mais naturais e menos processados, como legumes, verduras e frutas;
  • Busque facilitar as escolhas saudáveis: prepare com antecedência lanches rápidos, como, por exemplo, frutas lavadas e cortadas;
  • Evitar comprar alimentos altamente processados, como bolachas, sucos prontos, refrigerantes, salgadinhos, chocolates. São alimentos para os quais você vai recorrer em momentos de fome e vontade de comer, tente ter opções saudáveis à mão;
  • Beber bastante água para manter a hidratação;
  • Evite comer muito rápido, tente mastigar o alimento e saboreá-lo;
  • Tentar refletir sobre as escolhas alimentares, não agindo por impulso

Fonte: endocrinologista Adriana Russo Fiore

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