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Dicas

Perguntas e respostas sobre alimentação balanceada

Inverno é uma época propícia para fugir da dieta e ganhar indesejáveis quilinhos a mais, tudo porque a fome aumenta quando a temperatura cai

Por Leslie Cia Silveira

24 de junho de 2019, às 08h11

Chega o Inverno e a queixa é sempre a mesma: o que fazer para controlar o apetite por doces e comidas gordurosas. As festas juninas são um ingrediente a mais nessa temporada para transgredir as regras do programa alimentar. Pensando nisso, Michelle Troitinho, integrante da equipe de nutrição do Kurotel – Kurotel – Centro Médico de Longevidade e SPA de Gramado, no Rio Grande do Sul, selecionou algumas dicas para manter o equilíbrio do organismo em épocas de consumo em abundância. Confira as principais sugestões da especialista em alimentação saudável:

Foto: Pixabay
Nutricionista Michelle Troitinho esclarece principais dúvidas sobre alimentos saudáveis

1. O chocolate é um dos vilões da saúde?

Apesar de conter uma grande quantidade de energia (Kcal) que pode contribuir para o aumento de peso, o chocolate é rico em nutrientes essenciais para o funcionamento do organismo como magnésio, ferro, cromo, manganês, zinco, cobre, vitaminas B6, B3 e C e fibras. Além de possuir quantidades significativas do aminoácido triptofano, é um poderoso intensificador do bom humor, responsável por elevar os níveis dos neurotransmissores serotonina, dopamina e feniletilamina no cérebro, o que contribui para a diminuição da ansiedade e do estresse. “O segredo está no consumo moderado e na escolha de chocolates com maior teor de cacau já que, para reduzir custos de produção, as indústrias têm substituído alguns ingredientes, fazendo com que diminua a quantidade de nutrientes encontrados no chocolate amargo”, explica Michelle Troitinho.

2. Como é possível controlar a vontade de comer doces?

Uma forma de amenizar a vontade de comer doces com alto teor de açúcar é optar pelo consumo das frutas secas (damasco, ameixa, tâmaras, passas de uva), frutas cozidas (maçã, pera, banana) e sorbet de frutas, que são ótimas opções por serem preparadas com o açúcar natural delas. Essas substituições podem entrar na alimentação como lanches, sobremesas do almoço e até ceias.

3. Neste período do ano em que as pessoas sentem mais fome e acabam exagerando, a dieta detox ajuda a desintoxicar?

“A grande maioria das pessoas pensa que fazer uma dieta detox de 3 ou 5 dias irá emagrecer e eliminar todas as toxinas. No entanto, é importante destacar que a desintoxicação tem como objetivo promover a redução de substâncias inflamatórias e aumentar a eliminação de toxinas do organismo, ou seja, seu real objetivo não é proporcionar um emagrecimento acelerado e passageiro”, explica a especialista. Para que essa meta seja atingida é preciso excluir por 20 dias da alimentação os principais alimentos que podem ser prejudiciais ao organismo, como por exemplo, carne vermelha, açúcares, laticínios, alimentos industrializados ricos em aditivos químicos, incluindo alimentos enlatados, embutidos e refinados, além de refrigerantes, café, sucos artificiais, frituras e bebidas alcoólicas.

4. E os sucos desintoxicantes, ajudam?

Há aqueles que optam pela dieta através da ingestão de sucos, porém, sozinho o líquido não possui ação tão efetiva como quando associado a uma alimentação saudável e equilibrada que pode fornecer todos os nutrientes necessários para dar o suporte adequado ao organismo e eliminar todas as toxinas. Outras opções são os chás de plantas que ajudam a prevenir e aliviar o inchaço, são eles: o chá verde, chá branco, chá de hibiscos, chá de cavalinha, chá de dente de leão, entre outros.

5. Quais as dicas para criar um cardápio saudável?

Hábitos saudáveis irão trazer para a pessoa uma vida mais equilibrada e livre de inflamações causadas pelo consumo excessivo de alimentos. “Recomendo consumir diariamente cereais integrais (arroz, aveia, quinoa), frutas, vegetais folhosos verdes, legumes crus e cozidos, sementes oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas), sementes (abóbora, girassol, chia, gergelim), leguminosas (feijões, lentilha, grão de bico), ovo, peixes, tubérculos (batata doce, aipim, inhame), entre outros”, detalha Michelle. “Além disso, substituir o que for possível por alimentos de cultivo orgânico, para minimizar a exposição a pesticidas, herbicidas, hormônios e antibióticos”, finaliza a especialista.

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