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Milagre da vida

Os diferentes tipos de fertilização

Sonho em tornar-se mãe ou pai pode ter dificuldades biológicas; contudo, a tecnologia pode ser uma aliada dos casais que têm dificuldade em engravidar

Por Marina Zanaki

05 de julho de 2019, às 15h49

O sonho em tornar-se mãe ou pai pode esbarrar em dificuldades biológicas. Contudo, a tecnologia pode ser uma aliada dos casais que têm dificuldade em engravidar. Existem atualmente dois tratamentos de reprodução assistida, e sua indicação vai depender da dificuldade que cada casal enfrenta.

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mais de 10 mil crianças são geradas por tratamento de reprodução assistida por ano no País. O LIBERAL conversou com a presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, que explicou as diferentes técnicas e para quem são indicadas.

Foto: Adobe Stock
Existem dois tipos de procedimentos – a inseminação artificial, considerada de baixa complexidade, e a fertilização in vitro, considerada de alta complexidade

Existem dois tipos de procedimentos – a inseminação artificial, considerada de baixa complexidade, e a fertilização in vitro, considerada de alta complexidade.

A inseminação artificial é indicada nos casos onde o homem tem um fator de leve a moderado de infertilidade, ou ainda quando a mulher possui problemas de ovulação ou endometriose leve. Essa também é a técnica utilizada por casais que farão uso de sêmen de doador ou sêmen congelado anteriormente.

O procedimento consiste em inserir espermatozoides nas trompas, após a mulher ter sido submetida a uma estimulação da produção de óvulos. O custo é de aproximadamente R$ 5 mil.

IN VITRO

Considerada de alta complexidade, a fertilização in vitro é indicada a mulheres com problemas nas trompas e ainda para homens com fator de infertilidade moderado. A fertilização começa com a estimulação dos ovários para retirada de 10 a 15 óvulos – eles serão fecundados fora do corpo da mulher.
As células reprodutivas do casal são coletadas e colocadas em laboratório. Os espermatozoides penetram espontaneamente os óvulos, e os embriões são inseridos no útero. O valor do procedimento está entre R$ 10,5 mil e R$ 14 mil.

Existe ainda uma variante da fertilização in vitro, na qual o espermatozoide é inserido mecanicamente no óvulo. Essa inserção é indicada quando há fator de infertilidade masculina grave ou quando é necessário fazer avaliação genética dos embriões.

“Quando o casal tem que fazer avaliação genética do embrião é obrigado a injetar o espermatozoide, isso porque pode ocorrer de ficar grudado (na parte externa do óvulo) e dar erro na avaliação genética dos embriões”, explicou a profissional. O procedimento com a inserção do espermatozoide pode custar de R$ 11,3 mil a R$ 16,5 mil.

A taxa de sucesso está diretamente ligada à idade dos óvulos – portanto, quanto mais velha a mulher, menores as chances de gravidez. Na fertilização in vitro feitas em mulheres com até 35 anos são inseridos dois embriões. No caso de pacientes entre 35 e 40 anos, são três embriões; e acima dessa idade, quatro.

TENDÊNCIAS

Além dos casais em que já ocorre a dificuldade em engravidar por algum motivo biológico, algumas tendências têm sido observadas nesse campo na área preventiva.

“Estão aumentando muito os casos de mulheres que querem engravidar mais tarde e vêm congelando os óvulos, justamente para evitar o envelhecimento. Pacientes com diagnóstico de câncer também têm optado, e nesses casos mesmo depois de fazer quimioterapia e radioterapia conseguem”, indicou a presidente.

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