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Unesco

Bailarina de Americana participa de congresso na Grécia

Sistema pioneiro de ensino da dança do ventre desenvolvido por professora de Americana será apresentado nesta semana em evento da Unesco

Por Rodrigo Pereira

25 de junho de 2019, às 10h53 • Última atualização em 26 de junho de 2019, às 09h39

A bailarina de Americana Dani Agnis apresenta nesta quinta-feira, na Grécia, um método pioneiro de ensino de dança do ventre que desenvolve desde 2007. Única com certificações internacionais e já sendo ensinada por professoras no Brasil e exterior, a metodologia Agnis compõe a programação do 54º Congresso Mundial e Pesquisa da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), que começa nesta quarta-feira e vai até domingo, em Atenas.

Ao longo dos anos, Dani já acumula viagens internacionais para estudar e trabalhar o método junto com o professor e embaixador da cultura egípcia Hassan Khalil. Mas será a primeira vez que vai apresentá-lo em um grande congresso mundial – o evento terá representantes de 170 países e diversas modalidades de dança.

Foto: Divulgação
Dançarina critica a forma como a dança do ventre é vendida na mídia

“Eu venho de uma linhagem do balé russo e ele é muito criterioso. A gente sabe de onde a gente está começando e onde quer chegar. Quando eu cheguei na dança do ventre isso não existia. A partir do momento que eu comecei a ser solicitada para ministrar aulas, eu sentia uma necessidade de ter uma cronologia de ensino”, conta a professora.

Sua estrutura de ensino é baseada na cinesiologia, que estuda os movimentos do corpo, biomecânica, educação somática e andragogia, que é a ciência que estuda como ensinar um ser humano adulto com todas suas pré-concepções.

“A gente está trabalhando bem essa parte motora e corporal e, junto com tudo isso, a gente também traz para as mulheres esse sentido do ser mulher, se perceber, se valorizar, elevar a autoestima e todos os outros benefícios para o corpo feminino”, acrescenta. A escola de Dani em Americana é a única no Brasil com uma metodologia de ensino na modalidade. “A gente traz alunas do Brasil inteiro para Americana e a gente já formou mais de uma centena de mulheres”, avisa.

Para ela, o estudo e ensino da modalidade de forma embasada servem como forma de valorizá-la. “Quanto mais as pessoas puderem entender que a dança do ventre pode ser ensinada com todos esses critérios e respaldo de conhecimento, mais a dança vai ser vista de uma outra forma, e não só como a forma que as emissoras de TV mostram, a dança do ventre sendo uma dança apenas para o desenvolvimento da sexualidade. Não que não seja, mas ela não é só isso. Ela é muito além disso”.

Dani já foi presidente do Conselho Municipal de Cultura em Americana por quatro anos e também desenvolveu dois grandes projetos sociais com a dança na cidade. Um foi com a terceira idade, baseado em uma pesquisa direcionada para o fortalecimento do assoalho pélvico, e outra com pré-adolescentes e adolescentes, voltado à valorização da feminilidade.

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