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Revista L

Aprender línguas é ir além do inglês

Em um mundo cada vez mais globalizado, dominar ao menos três idiomas é um diferencial muito valorizado nos processos seletivos das empresas

Por Danilo Reenlsober

11 de novembro de 2019, às 18h24 • Última atualização em 11 de novembro de 2019, às 18h26

Considerada a língua universal e falada nos quatro cantos do mundo pelos mais variados povos, o inglês é essencial para quem almeja um futuro profissional sólido e de sucesso. No entanto, em um ambiente cada vez mais globalizado, o idioma de Shakespeare já não é mais o suficiente para quem busca ser um diferencial no mercado de trabalho: o domínio de uma terceira língua é cada vez mais valorizado.

“O inglês é muito importante nas relações internacionais de comércio, negócios, treinamentos e recepção de visitas e funcionários de outros países, mas um terceiro idioma abre portas, principalmente, em empresas que efetuam transações comerciais com vários países”, explica a coordenadora de recrutamento da agência de recursos humanos A Executiva, Kelly Cristina Campanholo Alves.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Kelly Cristina Campanholo Alves destaca a importância dos idiomas na hora de conseguir um emprego

De acordo com a especialista, a fluência em espanhol também é um pré-requisito importante e popular nas empresas. “Isso se deve ao fato de ser a língua falada pelos países que fazem fronteira com o Brasil e mantêm uma ativa relação comercial com o nosso País”, salienta Kelly.

Enquanto muitos adultos podem sentir dificuldades em aprender um segundo, terceiro ou até mesmo quarto idioma, para as crianças e adolescentes, no entanto, esse pode ser um processo bem mais simples e prazeroso. “Se o ensino de línguas começar desde a infância, de uma forma divertida, leve e tentando fazer a criança aprender da forma mais natural possível, isso não se torna um peso, isso acontece de forma natural”, aponta Sylvia de Moraes Barros, CEO da The Kids Club.

Além disso, ensinar outras línguas para as crianças faz com que elas cheguem com uma vantagem perante os demais na fase adulta. “Ensinar o adulto dá mais trabalho, porque o adulto quer sempre traduzir, pensa na gramática ou busca fazer relações com a língua natal. O cérebro nasce pronto para aprender quantas línguas você quiser. A questão não é quantas e sim como você aprende”, reforça Sylvia.

Na infância

Além de toda a importância perante o futuro profissional, o aprendizado de novas línguas ainda na infância também permite e fortalece o contato com outras culturas. “Vai além da questão da comunicação e do trabalho, que obviamente são muito importantes. Você acaba se tornando um cidadão do mundo”, observa Maria Fernanda Tonchis Fernandes, do Núcleo Idiomas, de Americana.

Foto: João Carlos Nascimento / O Liberal
Maria Fernanda Tonchis Fernandes, do Núcleo Idiomas, de Americana

Mesmo que as crianças tenham mais facilidade no aprendizado de novos idiomas, a especialista chama a atenção para o modo mais adequado de ensino, além da necessidade de acompanhar o ritmo peculiar a cada aluno.

“O idioma tem de ser levado pelo lado do prazer. Muitas crianças começam no inglês ou em outra língua porque gostam ou porque os pais percebem essa facilidade. O importante é não vislumbrar na criança aquilo que você queria para você, mas não conseguiu. Cada criança tem seu tempo”, ressalta Maria Fernanda.

A respeito de uma dúvida bastante frequente dos pais sobre a idade mínima para iniciar um curso de línguas, a especialista afirma que não existe uma regra. Segundo ela, desde que o novo idioma seja ensinado para criança da forma adequada, sem sobrecarregá-la, não existe problema. “Se as crianças tiverem interesse, contraindicação não há, mas muitas metodologias realmente são desinteressantes, não chamam a atenção dos alunos e não olham para o aluno como indivíduo”, diz Maria Fernanda.

Por prazer e de olho no futuro

Quem garante se divertir durante as aulas são as pequenas Sofia Leite Oliveira, de 10 anos, e Isabeli Binotto Mardegam, 11. Ambas já estudam o inglês há um certo tempo e, recentemente, começaram nas aulas de francês. “Acho que falar mais línguas abre mais portas para o futuro”, diz Sofia.

“Aprender [francês] pode facilitar em profissões que eu possa ter futuramente”, complementa Isabeli.
De acordo com Glauce Renata Leite, 41, mãe de Sofia, a vontade da filha em aprender o francês surgiu após uma visita ao Canadá. “Minha irmã mora no Canadá e fala francês. Eu também fazia aulas, meu marido também fala, então ela tinha essa vontade”.

A família pretende se mudar do Brasil, e para Glauce, uma terceira língua é importante. “Acredito que esse pode ser um diferencial na vida dela”. Já Danila Binotto Mardegam, 41, mãe de Isabeli, comenta que a filha sempre teve facilidade e vontade de aprender novos idiomas, por isso começou no inglês aos 5 anos.

“Já francês ela faz como hobby, mas a gente sabe que ter mais de uma língua estrangeira é importante para o futuro profissional dela”, aponta. “Aprender [outros idiomas] pode me ajudar a me comunicar melhor, principalmente quando eu for para outros países”, complementa a estudante.

Para Kelly Cristina Campanholo Alves, coordenadora de recrutamento da agência de recursos humanos A Executiva, esta busca por cultura e conhecimentos demonstra proatividade e a busca pelo novo. “Essas são características necessária para estes jovens crescerem pessoalmente e profissionalmente em um mercado de trabalho tão competitivo que temos atualmente”, resume.

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