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Turismo

Fugindo do lugar comum

Confira informações Lençóis Maranhenses, Chapada Diamantina, Jalapão, Chapada dos Veadeiros ou Bonito e escolha o que melhor cabe no seu estilo

Por Isabella Holouka

10 de outubro de 2021, às 10h02 • Última atualização em 11 de outubro de 2021, às 14h56

Viajar é tudo de bom, mas pode ser melhor se o destino fugir do óbvio, proporcionando experiências inéditas e sensações até então desconhecidas. Melhor ainda quando o destino ‘diferentão’ envolve cenários paradisíacos e imersos na natureza brasileira, em meio à diversidade da cultura local.

Pensando nisso, reunimos informações imprescindíveis a quem pretende explorar os Lençóis Maranhenses, a Chapada Diamantina, o Jalapão, a Chapada dos Veadeiros ou Bonito – destinos que, apesar da riqueza em belezas naturais, ainda não caíram no gosto popular.

Lençóis Maranhenses

Lençóis maranhenses – Foto: Leopoldo Leo – Pixabay

A palavra imensidão ganha um novo sentido após uma visita aos Lençóis Maranhenses. Conhecido pela areia branca e fina, que cria dunas moldadas pelo vento, expondo lagoas de águas doces e cristalinas, o deserto brasileiro tem mais de 1,5 mil quilômetros quadrados de extensão e está inserido no cerrado.

Localizado no litoral do Estado do Maranhão, distante 250 km da capital São Luís, o parque está localizado entre três municípios que dispõem de estrutura para recepção e condução de visitantes: Barreirinhas, Santo Amaro e Primeira Cruz, sendo a primeira cidade a principal opção. Barreirinhas possui estrutura turística, com agências que proporcionam visitas ao Parque Nacional e outros atrativos, como o passeio de lancha para a foz do Rio Preguiças e o boia-cross no rio Formiga.

Para chegar, os aeroportos com voos comerciais mais próximos são os de São Luiz (MA) ou Parnaíba (PI), acessando as cidades dos Lençóis com transfer particular.

Além de conhecer os circuitos de lagoas – as mais famosas são da Lagoa Azul, da Lagoa Bonita e da Lagoa da Esperança – vale a pena ir até os povoados de Vassouras, Mandacarú e Caburé, onde uma faixa de areia separa o Rio Preguiças do mar. Atins é outro povoado bastante procurado, principalmente por quem busca um contato mais íntimo com a natureza e a comunidade local, onde também é possível praticar esportes como kite-surf, wind-surf e surf.

O melhor período para visitar o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses vai de maio a setembro. Há duas estações características ao longo do ano: a chuvosa, de fevereiro a maio, e a seca, de junho a janeiro. Após a estação chuvosa, o parque está em sua melhor forma, apresentando lagoas interdunares cheias. Conforme o período seco avança, elas secam pouco a pouco, chegando em novembro com o nível bem baixo.

Chapada Diamantina

Chapada Diamantina – Foto: Marcia Rodrigues – Pixabay

Destino querido pelos amantes do ecoturismo e turismo de aventura, o Parque Nacional da Chapada Diamantina ocupa mais de 1,5 mil quilômetros quadrados, cobertos por belezas naturais: uma quantidade impressionante de montanhas, chapadões, rios, cachoeiras e grutas. Os principais atrativos, dentro e fora do parque, são a vista do Morro do Pai Inácio, a Cachoeira da Fumaça com seus 380 metros de queda livre, além das cachoeiras do Buracão, do Mosquito e do Sossego, a gruta Lapa Doce, os poços Azul e Encantado. Há ainda a Travessia do Vale do Pati, um dos trekkings mais famosos do mundo. Além das trilhas e banhos em águas doces, os visitantes também podem fazer flutuações, escaladas, mountain bike, e outros passeios de aventura.

A principal porta de entrada para quem pretende visitar a região é a cidade de Lençóis, distante 430 km de Salvador. Após voo para a capital baiana, o visitante pode pegar um ônibus para o município. Outra opção é voar até o aeroporto Horácio de Matos, em Lençóis, que recebe voos regulares a partir de Salvador e está a 20km do centro da cidade, na BR-242. Também é possível conhecer a Chapada Diamantina a partir de outros municípios, como Ibicoara, Mucugê, Andaraí, Igatu e o Vale do Capão – cada um guarda diferentes atrações.

As cidades são ricas em arquitetura colonial, com prédios originários do ciclo do diamante, que fez do Brasil o primeiro produtor mundial no início do século 19.

O clima é marcado por períodos de chuvas e secas. Entre novembro e março é quente e úmido, com muitas chuvas e temperaturas mais elevadas. Já os meses de maio a setembro são mais seco e com temperaturas um pouco mais baixas. Enquanto o período de chuvas proporciona uma paisagem mais verde e com banhos mais fartos, mas perigosos, o de seca facilita as trilhas feitas à beira dos rios.

Jalapão

Jalapão – Foto: Vanessaobrzut – Pixabay

Você já imaginou mergulhar e, apesar do esforço, não afundar? Nas águas cristalinas e borbulhantes dos fervedouros do Jalapão, isso é possível. As dunas douradas e paisagens grandiosas escondem rios, riachos, ribeirões, cachoeiras e nascentes de água cristalina, em meio ao cerrado do Tocantins.

O Jalapão é uma região do cerrado brasileiro que engloba diferentes áreas de preservação, entre elas o Parque Estadual do Jalapão, que tem mais de 1,5 mil quilômetros quadrados de área. Dos nove municípios que integram a região, os principais são Ponte Alta, Mateiros e São Félix, sempre presentes nos roteiros turísticos. A chegada é através de voo para Palmas, a capital do Estado.

O mais importante ao conhecer o Jalapão é compreender que se trata de um circuito: normalmente o roteiro inicia por Ponte Alta, para depois ir a Mateiros, seguir até São Félix, e retornar a Palmas, passando por Novo Acordo. No total, o roteiro soma quase 650 quilômetros, possíveis de serem completados apenas com carros 4×4 e experiência nas estradas de areia fofa. A contratação de um guia experiente é altamente recomendável.

Dentre os passeios mais famosos estão o pôr do sol nas Dunas do Parque Estadual e na Pedra Furada, trilha para subir a Serra do Espírito Santo, rafting pela Cachoeira da Velha e, como não poderia faltar, banho nas águas verdes da Cachoeira do Formiga. Quanto aos fervedouros, os mais famosos são Bela Vista, Alecrim, Ceiça, Buritis e Buritizinho – localizados em diferentes pontos do Jalapão.

O Jalapão pode ser visitado durante todo o ano, devido à temperatura média de 30°C e o calor constante. A temporada seca vai de maio a setembro, e os meses de maio a julho são os melhores para conhecer. Já as chuvas acontecem de outubro a abril, com auge em dezembro, janeiro e fevereiro, e podem atrapalhar os passeios.

Chapada dos Veadeiros

Chapada dos Veadeiros – Foto: Divulgação

No nordeste do Estado de Goiás, entre os municípios de Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Teresina de Goiás, Nova Roma e São João d’Aliança, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros protege uma área com mais de 2,4 mil quilômetros quadrados de cerrado de altitude, com espécies e formações vegetais únicas, centenas de nascentes e cursos d’água e paisagens de rara beleza.

Caminhadas e banhos de cachoeira são as principais atividades no parque, que pode ser visitado durante o ano todo. Normalmente, o período de seca vai de maio a outubro e as chuvas se estendem de novembro a abril.

Os visitantes podem percorrer quatro trilhas, que têm extensão, duração estimada e nível de dificuldade distintos. O ingresso para brasileiros custa R$ 18, e a entrada está localizada no distrito de São Jorge, a 36 km do município de Alto Paraíso de Goiás.

A Chapada dos Veadeiros tem outros atrativos famosos, como as cachoeiras Santa Bárbara e das Capivaras, na Comunidade Kalunga do Engenho 2, a Cachoeira do Segredo e o Vale da Lua. A maior parte delas exige o acompanhamento de um guia profissional.

Bonito

Inserido no Parque Nacional da Serra da Bodoquena, no Mato Grosso do Sul, o município de Bonito pertence ao bioma cerrado, com seus maciços de calcários, que propiciam águas de uma transparência sem igual e transformam os rios em santuários da vida subaquática. Por isso o “snorkeling”, ou passeio de flutuação, está entre as atividades mais imperdíveis no destino turístico.

Além das famosas flutuações no Rio da Prata ou Rio Sucuri, os visitantes também podem conhecer lugares como a Gruta do Lago Azul ou a Gruta São Miguel. Somam-se ainda cachoeiras como as encontradas na Estância Mimosa, além de diversos balneários. Aos mais aventureiros, há opções emocionantes como arvorismo, rapel, bicicleta, rafting, canoagem, bóia-cross e stand-up paddle.

Saindo de São Paulo ou Campinas, o turista pode pegar um voo direto a Bonito ou voar a Campo Grande – que apesar dos 297 quilômetros de distância, é a opção que promete ser mais econômica.

A estação chuvosa vai de dezembro a março, deixando a mata mais verdinha, as cachoeiras e rios mais cheios e, por outro lado, escondendo os peixes nos rios. A estação seca, entre maio e agosto, faz mais frio, mas é a época com os rios mais cristalinos e com mais peixes.

Os passeios são intermediados pelas agências receptivas – responsáveis por agendar entradas nos destinos e providenciar os transfers, quando necessário, e costumam ter preços tabelados. O contato com as agências quase sempre acontece através do hotel em que o turista fica hospedado.

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