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Paraíso

Fernando de Noronha reabre para o turismo

Regras para visitar a ilha estão mais rígidas em função da pandemia do novo coronavírus

Por Redação

10 de novembro de 2020, às 20h48

Viajar e ajudar a preservar Fernando de Noronha. Se você acreditava que estava fazendo isso ao pagar a taxa ambiental do destino pernambucano, saiba que a retomada, que começou na última semana, chega com mais propostas e mudanças.

Para combater o turismo de massa, serão menos voos e, consequentemente, menos viajantes. Para controlar a propagação do novo coronavírus, visitantes terão de apresentar teste PCR na chegada e fazer outro na saída ou após cinco dias de permanência.

Com menos lugares disponíveis para embarque, é fundamental planejar sua viagem o quanto antes, para garantir um assento e preço – Foto: Divulgação

“Já que a pandemia passou uma régua no turismo, não podíamos perder a chance de arrumar a casa e fazer de fato um turismo sustentável”, afirma Guilherme Rocha, administrador de Fernando de Noronha, cargo ligado à Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco.

Depois de receber viajantes que já haviam tido o novo coronavírus, autorizados a entrar em Noronha desde setembro, vem a etapa de abertura para todos. Inicialmente com sete voos semanais – em 2019, o destino chegou a registrar isso por dia na alta temporada -, o total de frequências aumenta a cada mês.

O planejamento do retorno das atividades turísticas levou em conta dois aspectos: epidemiológico e ambiental. Uma série de protocolos já foi estabelecida para o funcionamento dos serviços da ilha, com o objetivo de preservar a saúde de turistas, trabalhadores e moradores.

Portaria publicada no Diário Oficial do Estado de Pernambuco, no início de outubro, regulamenta a quantidade de voos com destino ao arquipélago. Em 10 de novembro, o limite sobe para 17 chegadas semanais; um mês depois, alcança o total máximo de 24. O texto também especifica que “haverá a possibilidade de realização de voos extras a partir deste mês.

Sete dicas de como se planejar e se comportar durante a viagem nessa retomada:

  • Programe-se. “A temporada lá é alta ou altíssima. Não tem baixa”, afirma o administrador de Noronha. Os meses mais movimentados do ano vão de novembro a janeiro, mas julho também é forte para o turismo local. Quando Noronha atingir os 24 voos semanais, o limite por dia ficará assim: segunda, terça, quarta e sábado, até três frequências; quinta, sexta e domingo, quatro voos no máximo.
  • Pague a taxa ambiental online. Nada mudou em relação à cobrança da taxa de preservação ambiental por tempo de permanência do viajante em Noronha. Por exemplo, custa R$ 75,93 para um dia e R$ 373,59 para cinco. No site noronha.pe.gov.br, há o link para o formulário de pagamento.
  • Será preciso fazer o teste antes da chegada e na saída. A partir de agora, quem ainda não teve sintomas de coronavírus tem de fazer o teste PCR na véspera do embarque e apresentá-lo na chegada à ilha – se o resultado não estiver disponível, uma pulseira é colocada no viajante, que espera pela confirmação em isolamento no lugar de hospedagem. Se o turista for ficar em Noronha por até cinco dias, antes de deixar o destino faz novo PCR em uma área especial do aeroporto. Essa segunda testagem é paga pelo governo de Pernambuco. Visitantes que permanecerem por mais tempo na ilha devem procurar a Unidade da Saúde da Família (USF) para coletar seu exame no quinto dia de viagem. Turistas que já foram contaminados com covid-19 precisam apresentar teste que comprove que tiveram a doença: PCR com resultado obtido pelo menos 20 dias antes do embarque ou o teste sorológico feito no máximo 90 dias antes.
  • Faça download do aplicativo de controle da covid-19. O turista deve baixar o aplicativo Dycovid, que ajuda no controle e rastreamento da covid-19 em Fernando de Noronha. Os moradores também usam o app. Basta levar com você o celular com o bluetooth ligado que o sistema identifica os lugares automaticamente. No teste após cinco dias no destino, se o visitante tiver um resultado positivo todas as pessoas com que ele teve contato nos dias anteriores serão avisadas para que possam ficar em quarentena também.
  • Respeite os protocolos da ilha. O uso de máscara é obrigatório; o turista só pode tirar na praia para entrar no mar Outra regra é manter o distanciamento de 1,5 metro entre pessoas – lembre-se disso quando estiver em filas, por exemplo, esperando o embarque para o passeio de barco. Hotéis, embarcações, locadoras de veículos e restaurantes precisam seguir recomendações para evitar a contaminação de visitantes e funcionários. Alguns requisitos servem para todos os segmentos, como garantir de preferência a ventilação natural dos ambientes, fornecer água e sabão nos banheiros, deixar à disposição álcool 70% e higienizar de maneira intensiva objetos e superfícies de uso contínuo.
  • Dê preferência a quartos afastados uns dos outros. Os protocolos para hotéis e pousadas incluem controlar o número de pessoas por acomodação, para evitar aglomerações de hóspedes. Propriedades com chalés, bangalôs ou apartamentos independentes podem funcionar com sua capacidade total, desde que não promovam concentração de pessoas no empreendimento. A limpeza e a assepsia dos quartos devem ser intensificadas. Na chegada, toda bagagem tem de ser sanitizada.
  • Reserve seu passeio de barco ainda no planejamento. Como os barcos só podem funcionar com 50% da sua capacidade, vale o mesmo raciocínio dos voos. Se você quer muito fazer um passeio ou mergulhar, faça contato com a operadora local durante o planejamento da viagem. No caso de mergulho, os protocolos obrigam as empresas a higienizar equipamentos como snorkel, máscaras e reguladores após o uso, com solução de hipoclorito de sódio 0,5% pelo período de 5 a 10 minutos. A embarcação tem de passar por limpeza ao fim de cada saída e todos a bordo devem entrar sem calçados.

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