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Dicas de filmes

Conhecendo Paris sem sair do sofá

Com nossos passaportes de cinéfilos nas mãos, vamos viajar sem sair de casa por meio dos filmes

Por Agência Estado

24 de junho de 2020, às 09h31 • Última atualização em 24 de junho de 2020, às 09h33

Com nossos passaportes de cinéfilos nas mãos, vamos romper o isolamento social para viajar, mas na maior segurança, por meio dos filmes. Vamos a Paris.

Acossado e Os Miseráveis
Cinéfilo nenhum se esquece de Jean Seberg, como Patricia – Jean-Paul Belmondo, como Michel Poiccard, a chama de Patriciá – vendendo o The New York Herald Tribune na Avenida dos Champs Elysées em Acossado/ À Bout de Souffle, o filme emblema da nouvelle vague, de 1960. Michel mata um policial e inicia uma viagem sem volta, arrastando com ele a norte-americana em Paris.

Câmera na mão, som direto e a frase musical. Paris, mesmo em preto e branco, era uma festa naquela época em que o cinema, a França e o mundo estavam em transformação. Quase 60 anos depois, a avenida foi ocupada por manifestantes na ruidosa comemoração da vitória da França no futebol em Os Miseráveis, de Ladj Ly, premiado em Cannes no ano passado.

Missão Impossível – Efeito Fallout
Subindo a avenida, lá no alto está o Arco do Triunfo, construído para comemorar as vitórias militares de Napoleão. O arco fica no centro de uma rótula e do outro lado a avenida prossegue com outro nome, mas esse não é tão fotogênico e é menos frequentado pelo cinema.

O Godard é em preto e branco. Quer ver o arco em cores, e na atualidade? Relaxe e prepare-se para a pauleira. A perseguição a Ethan Hawke, isto é, Tom Cruise, em Missão Impossível – Efeito Fallout, de Christopher McQuarrie, de 2018, é eletrizante, espetacularmente filmada.

E é acurada, vindo das bordas, pelas ruas laterais, até desembocar na grande avenida, e no arco. Você pode esperar o fim da quarentena e ir lá para conferir. Pode-se apenas imaginar – imaginai, sempre – o que deve ter sido isolar toda a área para a filmagem.

O Gato Sumiu
Quer conhecer a Bastilha? Veja O Gato Sumiu, de Cédric Klapisch, de 1996. O Beaubourg? Karim Aïnouz fez, em 2014, um média admirável para a série Catedrais da Cultura, idealizada por Wim Wenders. Se os grandes prédios pudessem falar com a gente, o que nos diriam? O que diria o Centro Georges Pompidou?

A Hora do Rush 3
Localizada no Campo de Marte da capital francesa, a Torre Eiffel foi criada para ser o arco de entrada da Exposição Universal de 1889. Virou o cartão postal mais conhecido de Paris e o monumento com entrada paga mais visitado do mundo.

Nos filmes, aparece com frequência, praticamente em todo filme com tomada geral da cidade – é o seu prédio mais alto. Tudo é mais na Tour Eiffel. Mais ação – Jackie Chan, batendo e arrebentando em A Hora do Rush 3, de Brett Ratner, de 2007.

Chris Hemsworth e Tessa Thompson em MIB – Homens de Preto Internacional, de F. Gary Gray, do ano passado. A torre como portal para outra dimensão, e por onde poderá começar a grande invasão alienígena, se os agentes especiais não estiveram alertas.

O Corcunda de Notre Dame
Notre Dame? Está fechada, e cercada por tapumes, depois do incêndio, mas qualquer versão de Victor Hugo, O Corcunda de Notre Dame, em animação ou live action, a mostra em detalhes, dentro e fora.

Bando à Parte
E, claro, o Louvre. O grupo de amigos correndo na grande allée do museu em Bando à Parte, outro Godard, de 1964. Anna Karina e seus amigos, Sami Frey e Claude Brasseur, filmados em preto e branco.

A mistura de filme noir, comédia e drama. Ou, nas palavras do autor, o encontro de Alice com Kafka.

Dois anos depois, numa comédia de William Wyler – Como Roubar Um Milhão de Dólares -, Audrey Hepburn, magnificamente fotografada em cores (vestida por Givenchy, joias da Cartier), contrata Peter O’Toole para roubar de um museu que é o Louvre, mas não é nomeado como tal, uma escultura creditada a Benvenuto Cellini.

A peça, na verdade, é obra de seu pai e, dessa maneira, ela tenta evitar que ele seja desmascarado como falsificador. Pegaria mal – falha de segurança, falsificação -, nem de brincadeira o Louvre ia topar.

Código Da Vinci
Mas topou ser palco do assassinato que deflagra a investigação do professor de iconografia religiosa e simbologia Robert Langdon, aliás, Tom Hanks, em O Código Da Vinci, de Ron Howard, de 2006. No mesmo filme, a igreja de Saint Sulpice, em Saint Germain, é cenário de outra cena decisiva.

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