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Distrito Federal

Brasília: a capital merece sua visita

De todo lugar de Brasília é possível ver o céu, seja em intensos tons de azul ou colorido pelo pôr do sol inesquecível

Por Monique Renne / Melhores Destinos

13 de maio de 2021, às 21h01

Brasília é uma cidade única. Não há destino no mundo que se pareça com a capital brasileira. E só isso já seria motivo para que você passe uns dias por lá. Brasília cabe bem em viagens rápidas e feriados prolongados. É um destino fácil de ser explorado e mesmo quem passa algumas horas por lá tem a sensação de conhecê-la muito bem.

Andar por Brasília é um convite à fotografia. Os prédios têm arquiteturas belíssimas, cheias de curvas e ângulos surpreendentes. É dessas cidades recheadas de cartões-postais. O concreto muito aparente se contrapõe à arborização do Plano Piloto, cheio de árvores sempre. Já o horizonte é um espetáculo à parte. De todo lugar, é possível ver o céu, seja em intensos tons de azul ou colorido pelo pôr do sol inesquecível.

O complexo de 4 quadras residenciais é mantido preservado e é uma grande aula de arquitetura e urbanismo para quem as visita – Foto: Divulgação

Brasília não é uma cidade fácil para quem chega de fora. Os prédios não têm cercas e as ruas residenciais são chamadas de quadras. SQN, SBS, CLS e W3 são endereços muito comuns aos moradores, mas uma grande confusão para turistas. Com um pouquinho de paciência e de coração aberto, você entenderá a capital do Brasil.

A única cidade moderna do mundo a receber o título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco é peculiar sob todos os aspectos. A capital é muito mais do que o centro político do Brasil.

Palácio do Itamaraty – Foto: Xenia Antunes / Creative Commons

A partir de duas linhas em formato de cruz, um traçado tão simples, nasceu o Plano Piloto. Com projeto urbanístico de Lucio Costa e arquitetônico de Oscar Niemeyer, Brasília ganhou vida em 21 de abril de 1960, pelas mãos do então presidente Juscelino Kubitschek. Construída em apenas 1.000 dias para ser a nova capital, ela surpreendeu pelo modernismo do traçado e das construções.

Para entender um pouco mais o motivo de Brasília ser tão especial, vale visitar o conjunto formado pelas quadras 107, 108, 307 e 308 Sul. Alguns prédios da região foram projetados por Oscar Niemeyer; os jardins, assinados por Burle Marx; as paredes ganham vida com azulejos de Athos Bulcão; e o traçado urbanístico é de Lucio Costa.

A superquadra 308 Sul segue todos os padrões imaginados no plano original. Na quadra modelo os prédios têm pilotis, colunas que deixam livre a circulação de pedestres, e os grandes espaços verdes dão vida ao concreto. Foi Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Catedral – Foto: Divulgação

As linhas da Catedral
A Catedral Metropolitana de Brasília é um dos pontos turísticos mais visitados da capital. Inaugurada em 1970 e projetada por Oscar Niemeyer, ela é formada por 16 arcos de concreto que formam uma nave espacial prestes a levantar voo. A leveza da estrutura toda branca é de impressionar.

O cenário fica ainda mais grandioso com as quatro estátuas dos evangelistas (com 3m de altura) que guardam o lugar. Apesar do exterior impressionante, é no interior da Catedral que turistas são tomados pela emoção. Tudo por causa dos vitrais coloridos que ganham ainda mais mágica quando iluminados pelo sol no interior.

Três enormes anjos de bronze pendurados no topo pairam sobre as cabeças. E as esculturas – de Alfredo Ceschiatti – não são as únicas obras de arte do local. Os painéis que representam a via sacra foram pintados por Di Cavalcanti. Os azulejos do batistério e as cenas da vida de Nossa Senhora são de Athos Bulcão. No interior também é possível ver uma réplica em tamanho natural da Pietà, de Michelangelo, e a cruz de madeira utilizada na primeira missa da nova capital.

Se estiver com tempo, vale tentar duas visitas à Catedral em diferentes momentos do dia. A cada hora os vitrais mudam de cor, já que a luminosidade depende da intensidade e da posição do sol.

Obras de Oscar Niemeyer
O traçado em cruz da cidade de Brasília, que para muitos lembra a forma de um avião, é obra do urbanista Lúcio Costa. Os famosos jardins que decoram a cidade foram desenhados pelo paisagista Roberto Burle Marx. Já os projetos dos estilosos edifícios, em grande parte, foram traçados pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

Andar por Brasília, especialmente pelo Eixo Monumental, é como estar em uma exposição de arte a céu aberto. Em poucos metros é possível ver obras incríveis de Oscar Niemeyer, entre elas o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto, o Palácio da Justiça, o Supremo Tribunal Federal, o Palácio do Itamaraty (foto), o Museu da República, a Catedral de Brasília, o Teatro Nacional e todos os edifícios da Esplanada dos Ministérios e Praça dos Três Poderes. Sem contar algumas outras obras espalhadas pela cidade, como o belíssimo Palácio da Alvorada e a simpática Igrejinha.

Azulejos – Foto: Divulgação

Azulejos do Athos Bulcão
Para os moradores de Brasília, há diversos símbolos que representam a cidade. Porém, poucos são tão expressivos e reconhecidos como os azulejos de Athos Bulcão. Junto com Oscar Niemeyer, Burle Marx e Lúcio Costa, o artista plástico Athos Bulcão formou a identidade de Brasília. Com singelas obras de arte em forma de azulejos, ele deu cor e leveza a diversas obras importantes da capital.

O mais famoso painel de Athos Bulcão estampa a Igrejinha da 307/308 Sul, com o desenho do Espírito Santo representado por uma pomba invertida. Outros painéis famosos de Athos Bulcão podem ser vistos por toda a cidade, sendo os mais emblemáticos os da Torre de TV, do Aeroporto de Brasília, da Universidade de Brasília, do Salão Verde da Câmara dos Deputados, os do Parque da Cidade e o que fica escondido no batistério da Catedral Metropolitana de Brasília.

Vitrais da Igreja Dom Bosco
O exterior do Santuário Dom Bosco, todo em concreto e no estilo gótico, formado por 80 colunas de 16 metros de altura, não revela a beleza e a intensidade de cores do interior. Impossível não ficar hipnotizado com as luzes que passam entre os vitrais da igreja, que fazem dela uma visita imperdível para quem está em Brasília.

Vitrais – Foto: Divulgação

Ao entrar na Igreja Dom Bosco temos a sensação de estar rodeado pelo céu estrelado. Os doze tons de azul com branco que formam os 2,2 mil m² dos vitrais colorem todo o ambiente. No pôr do sol o espetáculo é ainda mais deslumbrante. Os raios entram pelo vidro e tornam ainda mais mágica a visita.

Lago Paranoá, um convite a relaxar
Brasília está localizada no meio do Brasil, bem longe do mar, mas isso não impede quem visita a cidade de curtir uma boa dose de água. O Lago Paranoá reina na capital federal e é um convite a deliciosos passeios. Para curtir o lago, que tal começar por um passeio de lancha ou barco?

Esportes aquáticos são atração do Lago Paranoá – Foto: Governo do Distrito Federal / Bento Viana

Você poderá navegar pelas águas do lago, passar pela Ermida Dom Bosco e chegar até a Barragem do Paranoá, onde estão as águas mais límpidas do lago. Vale ainda relaxar praticando SUP, experimentar o kitesurfe e até se aventurar em algumas remadas de caiaque ou remo pelo lago. O passeio ao longo das margens do Lago Paranoá pode ser no Pontão do Lago Sul.

O espaço tem belos jardins, restaurantes e decks que permitem ver um sensacional pôr do sol. Outro bom ponto para curtir o Lago Paranoá são as margens ao lado da Ponta JK. Na região há bons restaurantes, aluguel de equipamentos esportivos e até pedalinhos, para a felicidade dos pequenos. Do outro lado, o CCBB de Brasília é uma boa pedida para fechar a tarde com uma atividade cultura pertinho do lago.

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