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Tecnologia

Com novo iPhone, Apple pode ajudar conexão 5G a deslanchar globalmente

Após anunciar o iPhone 12, empresa reajustou para cima o preço de aparelhos antigos

Por Agência Estado

14 de outubro de 2020, às 07h10 • Última atualização em 14 de outubro de 2020, às 10h38

O iPhone demorou a chegar em 2020, mas pode causar um grande impacto. Tradicionalmente revelado em setembro, o lançamento do novo smartphone da Apple foi afetado pela pandemia do novo coronavírus.

O produto foi revelado na terça-feira: tela mais resistente, câmera com sensores avançados e um chip mais veloz. A principal novidade, porém, é que os quatro novos aparelhos funcionarão com o 5G – conexão móvel de quinta geração em fase de implantação em vários países.

iPhone 12: maior inovação é a compatibilidade com tecnologia 5G – Foto: Apple / Divulgação

É a primeira vez que a Apple terá um celular compatível com o 5G. “É uma nova era para o iPhone. O 5G vai trazer ótima experiência em downloads, games e vídeos”, disse Tim Cook, presidente da empresa, durante apresentação online.

Para alguns, a empresa chega atrasada ao mercado, porque rivais como Samsung, Huawei e Motorola já têm aparelhos com a conexão nas lojas desde o início de 2019. Outros não veem da mesma forma.

“O 5G é uma tecnologia ainda relativamente imatura globalmente.
Ainda vai demorar para ter massa crítica, mas a Apple pode dar esse empurrão”, disse Thomas Husson, vice-presidente da consultoria americana Forrester. “A Apple vai fazer mais pelo 5G do que o 5G pelos novos iPhones”.

É um bom argumento: nos Estados Unidos, a tecnologia ainda não está disponível amplamente. No Brasil, apenas um teste é feito por operadoras, mas ainda o País aguarda a realização do leilão de frequências a ser feito pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), previsto para o ano que vem, para usufruir do pleno potencial da inovação.

Além do 5G, outra grande novidade apresentada ontem foi o iPhone 12 mini, um modelo “topo de linha”, mas com tela menor que as versões principais do iPhone – ele terá 5,4 polegadas e custará a partir de US$ 729, mesmo preço do iPhone 11 revelado em 2019.

“A dinâmica de preço este ano foi muito interessante, e os valores vieram abaixo das expectativas, o que é importante em meio à pandemia”, disse Harsh Kumar, da consultoria Piper Sandler & Co, em nota a investidores. Por aqui, por causa do dólar, os preços não ser tão atraentes assim – ontem, após o evento, a Apple reajustou os iPhones à venda atualmente.

Sem carregador
Outra novidade da Apple gerou polêmica: nenhum dos modelos do iPhone 12 será vendido com carregador e fones de ouvido na caixa. A justificativa da empresa é ecológica: com mais de 2 bilhões de carregadores já vendidos, a empresa tenta reduzir emissões de carbono na captação dos metais e na fabricação dos acessórios.

No entanto, o tiro saiu parece ter saído pela culatra: nas redes sociais, usuários acusaram a empresa de adotar um discurso bonito para vender mais – afinal, quem não tiver um carregador terá de comprá-lo à parte.

O sistema MagSafe com recarga sem fio de alta potência – Foto:

Para Michel Roberto de Souza, advogado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a mudança pode trazer problemas à empresa. “Precisa estar sinalizado na hora da compra que o carregador não está incluso, para não se induzir (o cliente) ao erro”, disse ele, que acredita que a companhia pode incorrer em venda casada, algo proibido pelo Código de Defesa do Consumidor brasileiro. “É algo que ainda está nebuloso.”

Aumento no preço
Após anunciar o iPhone 12, a Apple também reajustou o preço de aparelhos antigos à venda no mercado brasileiro. O reajuste é uma prática tradicional da empresa após lançamentos – geralmente os preços caem, mas, em 2020, eles subiram.

Em alguns casos, o acréscimo será superior a R$ 1 mil – caso do iPhone 11 com 256 GB de armazenamento, que custava R$ 5,8 mil e agora sai por R$ 7,2 mil. A maioria dos modelos, porém, teve altas entre R$ 700 e R$ 900. Segundo a empresa, o motivo é a desvalorização do real frente ao dólar, que influencia diretamente o preço do aparelho no Brasil.

A alta nos preços não chega a ser surpresa: em setembro, quando a Apple revelou os novos Apple Watch e iPad, as gerações anteriores também tiveram aumentos de até R$ 3 mil por aqui.

Além do reajuste, a empresa também deixou de vender dois modelos de iPhone em seu site oficial: o iPhone 11 Pro e o iPhone 11 Pro Max, que agora só poderão ser encontrados em revendedores autorizados.

Com a reorganização, a Apple decidiu manter à venda no País os seguintes modelos: iPhone SE 2020, iPhone XR e iPhone 11. A linha de produtos será complementada com os novos aparelhos “em breve”, afirmou a empresa.

Suporte
Com a chegada de um novo iPhone, a Apple também atualiza o sistema de seus celulares, o iOS, que agora chega à versão 14. Entre os aparelhos antigos, apenas o iPhone 5S deixa de ser suportado pela companhia. Todos os modelos lançados de 2014 para cá seguem com atualizações.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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