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Nossos pets

Veja como preparar o pet para viagens e visitas a espaços ‘pet friendly’

Nossos Pets conversou com especialistas comportamentais e da medicina veterinária para auxiliar os tutores na hora de se aventurar com os animais pelo mundo

Por Stela Pires*

18 de julho de 2022, às 08h54 • Última atualização em 18 de julho de 2022, às 08h56

A empresária Cilene Oliveira e a cachorrinha Preta - Foto: Marcelo Rocha - Liberal.JPG

Os animais domésticos já se tornaram integrantes do núcleo familiar, e a vontade de levá-los em passeios se tornou cada vez maior e importante para as famílias. Por isso, Nossos Pets conversou com especialistas comportamentais e da medicina veterinária para auxiliar os tutores na hora de se aventurar com os animais pelo mundo.

Seja para frequentar parques para pets, espaços pet friendly – lugares onde cães e gatos são bem-vindos -, ou sair em viagem com os tutores, os animais precisam estar preparados no âmbito da saúde e do comportamento para proporcionar segurança e bem estar ao pet.

“Primeiramente o animalzinho tem que estar com as vacinas em dia”, disse a médica veterinária da clínica Amavet, Fernanda Ribeiro. Segundo ela, a vacinação é exigida em hotéis e day care – uma “creche” para animais – e, para além disso, são essenciais para a saúde dos pets e também para evitar a transmissão de doenças infecciosas para outros animais.

As idas para passeios em locais públicos com muitas pessoas e outros animais também demandam o preparo comportamental do pet, de acordo com o adestrador responsável pela Escola Terra Comportamento Canino, Paulo Alves.

Se não acostumados com pessoas e animais diferentes, os cães podem ficar com medo, que é expresso por comportamentos como o rabo entre as pernas, as orelhas baixas, recuo na guia tentando escapar e até a evacuação das necessidades, tudo devido ao estresse causado pela situação.

A partir do treinamento é criado um hábito com o animal e ele deixa de se assustar com o contato com um ambiente externo cheio de estímulos diferentes do habitual dele. O treinamento é ainda mais indicado aos animais que não têm contato frequente com o fluxo de pessoas.

Idas controladas à parques podem ajudar na criação do novo costume. O ambiente pode ser frequentado quando vazio, para o animal se familiarizar com os cheiros e o espaço. Depois uma aproximação lenta com outros animais em pequena quantidade até que o pet se sinta confortável em socializar.

E os tutores têm um papel importante na hora de auxiliar os animais a enfrentarem um ambiente diferente. “O comportamento humano influencia muito no comportamento do cão”, disse o adestrador. A dica é que o tutor esteja sempre calmo diante do cachorro, evitando passar desconforto ao animal.

A castração também é uma aliada do bom comportamento do animal quando em ambiente com outros. Quando castrado o pet não disputa o espaço, evitando estranhamento entre os animais.

VIAGENS. As viagens com os pets demandam alguns cuidados a mais, principalmente durante o transporte do animal no carro.

De acordo com a CCR AutoBAn, concessionária responsável pelo Sistema Anhanguera-Bandeirantes, o Código de Trânsito Brasileiro não proíbe o transporte dos animais domésticos, desde que seja feito de forma segura.

A concessionária indica que animais de pequeno porte sigam viagem dentro de caixas de transporte ou em uma cadeirinha específica para pets que é presa ao banco do veículo. Para os animais maiores existe a opção de cinto de segurança especial, que é colocado entre os bancos traseiro e dianteiro.

O adestrador Paulo Alves também frisa a importância de pausas a cada duas horas de viagem para que o animal possa se alimentar, beber água e fazer suas necessidades. As paradas ajudam o pet a se acalmar e curtir mais o trajeto.

Muito tutores também optam por medicar os animais para conseguirem ter uma viagem mais tranquila, mas, de acordo com a veterinária, isso não é o ideal.

“Eu não aconselho, a não ser que o animal seja extremamente hiperativo e barulhento, em casos de viagem de avião ou ônibus”, disse. Nestes casos, Fernanda orienta que os tutores procurem um veterinário para que seja indicado o medicamento.

VIAJANDO. A empresária Cilene Oliveira, de 48 anos, sempre gostou de viajar e viaja pelo menos uma vez ao ano. A cachorrinha da empresária, a Preta, uma Dachshund, costumava ficar na casa da sogra de Celine durante os períodos em que a tutora ficava fora, mas os hábitos mudaram depois do falecimento da mãe do marido.

“Eu sou muito apegada [a cachorra], para mim é como se fosse um filho mesmo, e aí eu tinha dó de deixar dias em algum lugar”, contou a tutora, que não gostava da ideia de deixar Preta e a falecida cachorra Mabel em hotéis para pets e ir viajar.

Com a pandemia, Celine descobriu um site de aluguel por temporada e encontrou lugares pet friendly, e assim começou a levar as cachorras para viajar junto com ela.

Os cuidados para a viagem vão desde os itens básicos como levar ração, potes para água e alimentação, roupinhas, remédios e cinto adequado para o transporte da Preta, até a vacinação. “A vacinação eu falo que é importante, porque quem viaja tem que cuidar dessa parte também”, disse.

*Estagiária sob supervisão de Valéria Barreira

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