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Pet

Sem cura, raiva em animais exige vacinação para prevenção

Causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, a doença pode afetar não só os animais domésticos

Por Stela Pires*

08 de agosto de 2022, às 08h09 • Última atualização em 08 de agosto de 2022, às 08h56

Vacinação deve acontecer anualmente em cães e gatos a partir dos quatro meses de idade - Foto: Adobe Stock_36663296

A saúde dos animais domésticos precisa ser levada a sério, e quando o assunto é o vírus da raiva, não há para onde correr. A única opção para que os pets estejam livres da doença mortal é a prevenção.

A raiva é causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, que pode afetar não só os animais domésticos, mas também rebanhos de bovinos e equinos, os seres humanos e os animais silvestres, como o morcego, que é um dos principais transmissores da doença. Esses morcegos são os hematófagos, ou seja, aqueles que se alimentam de sangue.

“Quando eles estão contaminados com o vírus da raiva e acabam se alimentando de um mamífero, esse mamífero passa a ter o vírus circulante e através de contato com lesões ou mucosas de outros animais, acaba ocorrendo a transmissibilidade da raiva”, explicou o professor supervisor de estágio médico veterinário da Fam (Faculdade de Americana), Maurício Etechebere.

De acordo com o veterinário, a transmissão também ocorre em casos em que cães ou gatos acabam caçando esses animais que estão contaminados.
O vírus da raiva afeta o sistema nervoso do animal levando ao quadro de sintomas como fobia, salivação em excesso, comportamento completamente fora do habitual, fotofobia – sensibilidade ou intolerância à luz -, e agressividade, que é uma forma de defesa do consciente do animal em relação ao sistema nervoso acometido.

O quadro do pet acometido pela raiva é irreversível e evolui a óbito. “A primeira conduta é a vacinação e controle da vacinação antirrábica nos animais”, disse.

De acordo com Maurício, a vacinação deve acontecer anualmente em cães e gatos a partir dos quatro meses de idade, a depender do tipo da vacina que será aplicada.

“Focar muito na vacinação preventiva, divulgar que todo centro de controle de zoonoses faz esse tipo de vacinação e todas as clínicas veterinárias credenciadas também fazem esse tipo de vacinação é extremamente importante”, finalizou.

Se um morcego estiver caído no quintal e o pet estiver próximo, ou tenha mordido o animal, a conduta inicial é recolher o morcego com equipamentos de proteção, encaminhá-lo para um centro de controle de zoonoses e solicitar que verifiquem se esse animal está contaminado. O pet que esteve em contato com o animal precisa passar pelo processo de quarentena de observação para ver se o quadro da doença irá se desenvolver. *Estagiária sob supervisão de Valéria Barreira 

Como ocorre a contaminação

Entenda como acontece a cadeia de transmissão do vírus da raiva; doença é irreversível

  • Contato. A transmissão ocorre pela mordida de cães e gatos em animais contaminados, como o morcego hamatófago.
  • Sintomas. A eliminação do vírus pela saliva de cães e gatos começa a acontecer de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sintomas.
  • Evolução. A morte do pet acontece entre 5 e 7 dias após a apresentação dos sintomas.

Fonte: Médico veterinário Maurício Etechebere e Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Goiás

Onde vacinar contra o vírus da raiva

Americana
O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) realiza a vacinação antirrábica gratuitamente em cães e gatos por agendamento, por meio do telefone (19) 3467-1187.

Nova Odessa
O Setor de Zoonoses da Prefeitura de Nova Odessa segue as esferas superiores (Ministério e Secretaria Estadual de Saúde) quanto à realização de “campanhas” de vacinação antirrábica, que não ocorrem há alguns anos no Estado. Atualmente a vacinação é feita em atendimento individual por agendamento telefônico, pelo (19) 3466-3972.

Santa Bárbara d’Oeste
O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) realiza a vacinação antirrábica gratuita para cães e gatos, durante todo o ano. Para receber a vacina, é necessário realizar o agendamento prévio, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16 horas, por meio do telefone 3454-4020.

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