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Pet

Petsitter e dogwalker: conheça a rotina de quem trabalha com animais

Serviços estão se tornando cada vez mais comuns; profissionais contam como é o dia a dia de trabalho com os animais

Por Marina Zanaki

18 de março de 2022, às 06h44 • Última atualização em 18 de março de 2022, às 06h45

Para driblar a rotina corrida e proporcionar qualidade de vida para seus pets, muitos tutores lançam mão de cuidados profissionais. Com isso, os serviços de petsitter e dogwalker têm se tornado cada vez mais comuns.

O petsitter consiste em cuidar do animal quando os tutores estão ausentes, seja durante uma viagem ou um passeio. Ele pode ser feito na casa do pet ou em um espaço do próprio profissional. Já o serviço de dogwalker é a caminhada com os animais, unindo entretenimento e exercício físico para o pet.

Claudia Morais destaca importância de separar o aprendizado e a diversão – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

O caráter lúdico do passeio de cães marca o trabalho de Claudia Morais, de Americana. Educadora canina há seis anos, ela também alia esse trabalho à prestação de serviços de cuidados com animais como dogwalker e petsitter. Contudo, destacou que é preciso ter clara a diferença entre o aprendizado e a diversão.

“O dogwalker é um momento de descontração. O cachorro precisa cheirar, esse é o sentido mais importante para ele. Deixo conhecer outros cães, brincar, ter momentos de relaxamento. Vou corrigir se ele latir para outros cachorros, mas não vou ficar a todo momento trazendo junto. Tem que ter um equilíbrio”, destacou a profissional.

Sobre o petsitter, indicou que é preciso estabelecer uma relação de confiança com os animais antes de assumir os cuidados, fazendo visitas prévias e entendendo a rotina do animal. Ela avalia que o petsitter não se resume a promover limpeza e alimentação, mas demanda também o enriquecimento do ambiente com atividades e brinquedos para manter o animal ocupado durante as ausências.

Ela recorda que já cuidou de animais exóticos. Em uma casa em Nova Odessa, havia cães, gatos, um furão, uma cobra e um axolote, espécie de salamandra.

“É um serviço de muita responsabilidade, principalmente quando são animais exóticos, porque você tem que entrar mesmo, não é apenas no quintal. Você fica com a chave da casa e cuida dos pets, que são tratados como membros da casa. Não é só dar água e comida, é cuidar, ser tio do pet na ausência dos tutores”, definiu Claudia.

Paulo Alves, de Americana, trabalha há 25 anos como petsitter e dogwalker. Esses serviços são realizados em sintonia com seu trabalho de adestramento.

Paulo durante passeio com rottweilers: comportamento do animal é levado em conta – Foto: Claudeci Junior / O Liberal

Como petsitter, ele costuma cuidar dos animais em seu próprio quintal. O maior período que ele chegou a ficar com um pet foi dois anos e meio. O tutor da cachorrinha, da raça Bichon Frisé, mudou-se para a Europa a trabalho, e ela não passou no exame médico exigido para entrada no país. A pandemia veio e prolongou ainda mais a estadia.

Contudo, Paulo revelou que mesmo períodos menores já são suficientes para que haja um apego. “Se eu ficar 10 dias com um cachorro, eu já sofro quando ele vai embora”, disse.

Assim como o petsitter, o serviço de passeio com cães ocorre principalmente com animais que já passaram pelo trabalho de adestramento realizado por ele.

“Quando não conheço o cão e pego trabalho de dogwalker, analiso o comportamento. Se não é sociável, tento fazer a socialização e com o tempo começo a introduzi-lo com outros cães. Não é de uma hora para outra”, disse o profissional.

É dessa forma que ele consegue, por exemplo, passear com tranquilidade com quatro cachorros da raça Rottweiler. “O ideal é que tenham o mesmo tamanho, peso e idade, para interagirem entre si”, indicou o dogwalker.

Felipe Alves de Brito Caetano de Castro, de 28 anos, morador de Americana, entrou recentemente no ramo pet. Ele trabalhava como cuidador de pessoas, mas há dois anos fez um redirecionamento de sua carreira, focando os cuidados em cães e gatos.

Ele fez curso de auxiliar veterinário e ingressou em uma clínica na função de táxi dog, mas iniciou na carreira na área prestando serviços como petsitter.

“Trabalhei bastante tempo como cuidador, período em que desenvolvi depressão e ansiedade. Decidi que ao invés de cuidar de gente, queria cuidar de bichos. Os animais me deixam mais calmo”, revelou Felipe. 

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