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Revista Pets

Oito mitos e verdades sobre cruzamentos

Pode cruzar animais que são parentes? A gestação evita câncer? Veja essas e outras dúvidas sobre cruzamento entre animais

Por Marina Zanaki

24 de março de 2022, às 09h24 • Última atualização em 24 de março de 2022, às 09h25

O cruzamento entre animais sempre levanta dúvidas entre os tutores. Por conta disso, o tema acaba sendo alvo de mitos populares, e muitas vezes os donos dos pets não sabem como agir. Muita gente acredita que colocar os animais para cruzar, por exemplo, aumenta a expectativa de vida e previne doenças. Mas essas crenças não procedem, assim como muitas outras que estão no imaginário popular.

Com a ajuda da veterinária Patrícia Comelato, da Clínica Univet, de Americana, a reportagem levantou as principais perguntas sobre o assunto. Antes de colocar seu pet para cruzar, analise todos os fatores. A decisão de pôr os animais para cruzar deve ser responsável, pois envolve a vida de dois, ou até mais, bichinhos!

Oito mitos e verdades sobre cruzamentos – Foto: Adobe Stock

Veja oito mitos e verdades sobre cruzamentos, mas se ainda tiver alguma dúvida, não deixe de procurar um veterinário.

Fêmeas que não ficam prenhas têm mais risco de ter câncer?
Mito. O câncer está ligado a fatores hormonais. A prenhez não previne câncer em cadelas, mas fêmeas não castradas tem sim maior risco de sofrer de câncer. Portanto, a melhor forma de prevenir a doença é castrando as cachorras.

Animais que cruzam vivem mais?
Mito. Não há qualquer fator biológico que garante que animais que cruzam vivem mais. Porém, fatores comportamentais podem colocar aqueles que cruzam em risco. “Eles ficam sucetíveis a fugas e brigas. Cães machos podem ficar dias sem comer atrás de uma cadela no cio”, exemplificou a veterinária.

É perigoso fazer cruzamento entre cães que são parentes?
Verdade. Cruzar irmãos, ou então pais e filhos pode ser prejudicial à ninhada. “Não se deve fazer o cruzamento de animais que são parentes, pois podem nascer animais com problemas genéticos indesejáveis e ou até animais com deficiências graves”, alertou Patríca.

É possível transmitir doenças durante o cruzamento?
Verdade. Assim como os seres humanos, os cães também têm doenças sexualmente transmissíveis. A veterinária Patrícia listou TVT (tumor venéreo transmissível) e doenças transmitidas por secreções, como a raiva. A recomendação é que o macho e a fêmea passem por uma avaliação de saúde antes do cruzamento para garantir a saúde dos pets.

Tem algum risco fazer cruzamento entre raças diferentes?
Mito. Não há nenhuma contra-indicação. Caso sejam gerados filhotes, esses serão SRD (sem raça definida), os famosos e amados vira-latas.

Se uma fêmea pequena cruzar com um macho de porte grande, ela pode ter problemas ao parir?
Verdade. Algumas cadelas podem sofrer muito na hora de parir filhotes grandes. Além disso, raças como pinscher, yorkshire toy e poodle têm a tendência de dificuldades no parto normal. “Sempre procure cães machos menores que as fêmeas para que diminua a probabilidade de filhotes muito grandes e com isso dificulte o parto”, orientou a veterinária.

Existe idade mínima e máxima para colocar os animais para cruzarem?
Verdade. Alguns veterinários recomendam que a fêmea cruze após o terceiro cio e o macho após 18 meses de vida. Já Patrícia Comelato disse que não há problema se ocorrer antes. “Sempre indico a cópula após o primeiro cio, que acontece mais ou menos entre seis e oito meses, no caso o animal terá entre um ano e meio a dois anos; e no máximo até os sete anos”, disse a profissional.

Se não pretendo colocar meu cachorro/a para cruzar, devo castrar?
Verdade. “Se o tutor não tiver intenção de reprodução do animal a indicação é a castração, ela evita tumores de mama e infecção uterina nas fêmeas. Nos machos, previne hiperplasia prostática, tumor de testículo, além de evitar comportamentos como fugas e marcação de território”, disse a veterinária. Outra vantagem da castração é evitar a prenhez indesejada e o problema social da superpopulação de animais sem um lar adequado. 

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