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Revista Pets

Nós e eles: a ‘inadotável’ Flor de Lilo

Poodle cega com cerca de 10 anos foi adotada pouco antes de falecer e levou amor e carinho para casal de Santa Bárbara

Por Isabella Holouka

14 de março de 2022, às 07h00

Em três meses de convivência, Flor de Lilo, uma poodle cega com cerca de 10 anos, ajudou o designer de marcas Ricardo Nascimento a lidar com o luto pela perda de seu cão anterior, Stitch, que sofreu um atropelamento.

Flor de Lilo: uma poodle cega com cerca de 10 anos – Foto: Arquivo pessoal

Considerada “inadotável”, ela acabou falecendo devido a um AVC (Acidente Vascular Cerebral), mas deixou uma lição: a vida não está sob o nosso controle.

O morador de Santa Bárbara d’Oeste, de 45 anos, se considera um ativista pela causa animal há pelo menos 15. O desejo de acolher um bichinho especial foi realizado após bastante procura, através do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de sua cidade. A cadelinha era chamada de Flor, e recebeu o nome composto Lilo por ser parecida fisicamente com Stitch.

“Pela condição dela, eu e minha esposa nos apaixonamos à primeira vista”, conta Ricardo sobre a cadelinha que havia sido resgatada de condições de maus-tratos pela ONG SOS Animais.

Ele providenciou check-ups, descobrindo a cardiopatia de Flor de Lilo, que foi bem tratada até seus últimos momentos.

“Ela ficou bem. Quando chegou, tinha muito medo. Depois deitava na cama com a gente, fazíamos carinho nela. Se estourasse pipoca, vinha direto na cozinha sem trombar em nada”, descreve risonho.

“Três meses parece pouco tempo, mas foi uma eternidade de carinho que ela nunca teve. Ela era nossa filhinha, foi muito amada, com todos os cuidados que precisamos ter com ela”, conta.

Ricardo e a esposa Ariane são defensores da causa animal e cuidaram da Flor de Lilo até seus últimos momentos – Foto: Claudeci Junior / O Liberal

Quando Lilo faleceu no colo de Ricardo, no consultório veterinário, apesar de toda a tristeza, ele não se sentiu culpado ou desesperançado – estava em paz.

“Ela nos ensinou que as coisas não estão sob nosso controle. Eu me senti muito culpado pela morte do Stitch, mas com ela foi o contrário, fizemos tudo o que podíamos para salvá-la. Foi intenso, foi divertido, eu queria que ela estivesse com a gente até hoje, mas estou pronto para adotar novamente”, finaliza.

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