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Alerta do CFMV

No inverno, pets exóticos merecem cuidados redobrados

Animais como calopsitas, jabutis, coelhos e serpentes também sentem desconforto em dias frios

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27 de junho de 2020, às 09h47 • Última atualização em 27 de junho de 2020, às 09h48

Com o início do inverno, membros da Comissão Nacional de Animais Selvagens, do Conselho Federal de Medicina Veterinária, ressaltam que os cuidados com pets exóticos, como calopsitas, jabutis, coelhos e serpentes, devem ser redobrados.

De acordo o veterinário Isaac Albuquerque, as baixas temperaturas também mexem com o metabolismo desses animais, podendo causar desconforto e doenças.

Alguns sintomas podem indicar que seu pet está desconfortável com o frio, como letargia, que é ficar parado e sem reação, redução ou perda do apetite e baixa digestão.

No caso das aves, podem ocorrer penas eriçadas, tremores e vasoconstrição periférica, quando as patinhas e bico ficam roxos.

Confira dicas para manter o animal de estimação protegido – Foto: Imagem de carolynlavers por Pixabay

O veterinário citou que as principais doenças provocadas pelo frio nos animais silvestres e exóticos são pneumonia, bronquite, congestão e sinusite.

Além disso, a veterinária Karolina Vitorino relatou que o período do inverno no Brasil coincide com a muda de penas das aves, o que demanda esforço extra do organismo e pode gerar imunodepressão.

Por isso, o CFMV separou algumas dicas para amenizar o desconforto desses animais. Confira:

  • Répteis e peixes são animais exotérmicos, ou seja, necessitam de fontes externas para manter a temperatura corporal num nível de conforto. Para quem cria animais como cágados, tigres d’água e serpentes deve manter equipamentos como termostatos e lâmpadas de aquecimento em aquários e terrários;
  • As aves possuem temperatura corporal normal de 42 ºC. Quem tem calopsitas, cacatuas e papagaios, por exemplo, e vive onde o termômetro baixa dos 18 graus, vale investir em aquecedor portátil, cobertores nas gaiolas e manter os animais em ambientes mais aquecidos, longe de janelas abertas, varandas e quintais;
  • Em contrapartida, roedores como chinchilas e hamsters ficam mais ativos e brincalhões no frio. Para eles, o calor que é desconfortável. Como têm metabolismo acelerado, sentem-se bem na temperatura amena;
  • Ofereça alimentos e água em temperatura ambiente. Então, caso estiverem guardados na geladeira, retire-os um pouco antes. É comum que comam menos no período de temperatura baixa, porque a digestão exige do organismo gasto de energia para o metabolismo. Digerir alimentos gelados demanda ainda mais energia;
  • Instintivamente, animais silvestres e selvagens demoram a manifestar sinais clínicos quando adoecem. Por isso, esses pets devem passar, no mínimo, uma vez ao ano, por consulta de rotina com médico-veterinário especializado.

*Estagiária, sob supervisão de Talita Bristotti

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