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Revista Pet

Músicas e programas de TV são indicados para os cães

Veterinário indicou a atividade para cães que são muito agitados e afirmou que as imagens também produzem estímulos nos cães

Por *Natália Velosa

07 de julho de 2020, às 07h43 • Última atualização em 07 de julho de 2020, às 09h13

Que músicas provocam sensações nos seres humanos, não é novidade. Música tranquiliza, concentra, anima, entristece e até traz aquela sensação de nostalgia. Filmes e séries também trazem a mesma sensação. Todo mundo tem aquele “confort film” ou “confort série” para assistir quando precisa relaxar ou animar.

Veterinário explica que o som não precisa estar alto, uma vez que os animais possuem ouvidos mais sensíveis que os humanos – Foto: Adobe Stock

Para os pets, a história não é diferente. Cachorros possuem um aparelho auditivo mais sensível que o do homem e alguns vídeos podem distrair o cãozinho em momentos de agitação ou solidão. Podem, também, serem utilizados para superar alguns medos ou adaptações de ambientes.

O veterinário Aldo Macellaro explicou que as vibrações sonoras nos animais estão ligadas ao sistema límbico, região do cérebro do animal responsável pelas emoções e sentimentos. Então, músicas tranquilas, principalmente a clássica, é utilizada para relaxar os animais.

“Existem vários estudos, tanto para os animais domésticos como os de produção, que a música produz estímulos. Inclusive, há fazendas que utilizam música clássica na sala de ordenha ou na criação de porcos. A música aumenta a produtividade, já que está associada ao bem estar animal”, contou.

Aldo indicou a atividade para cães que são muito agitados e esclareceu que não é necessário estar com um som alto, já que o ouvido do animal escuta sons de até 100.000 hertz, diferente do ser humano, que escuta até 20.000 hertz (a unidade de frequência hertz mostra o número de vezes que uma onda vibra por segundo).

Vídeos: O veterinário afirmou que as imagens também produzem estímulos nos cães. Um cão não tem a mesma capacidade de concentração que o ser humano, por isso, as programações para cães são curtas e normalmente possuem duração entre 3 a 6 minutos.

As cenas podem ser da natureza, mostrando o cotidiano de outros animais, como cachorros, pássaros, coelhos, entre outros. Além disso, as imagens podem ser utilizadas para fins de adaptação, como mostrar cenas de ruas, idas ao veterinário ou ruídos de equipamentos domésticos. “O cachorro consegue aprender através da observação e repetir situações que ele vê”, garantiu Aldo.

As cores também devem ser voltadas ao público-alvo, informou o profissional, sendo saturadas além do normal. A explicação é por conta dos cães não conseguirem diferenciar o vermelho e o verde do amarelo. Assim, chama mais a atenção do pet quando a cena parecer monocromática.

“O barulho da TV pode desfocar o barulho de sons externos, então, quando um animal fica encanado com algo que está ouvindo de longe, o vídeo pode ajudar a distrai-lo. Porém, alguns vão ficar focados e outros não, vai de cachorro para cachorro. Vale a tentativa com o seu pet” completou.

Indicações: O veterinário deixou algumas indicações para os cães. Na música, ele indicou buscar playlists em plataformas de streaming com nomes “relax music for dogs”, do inglês, música relaxante para cachorros. Há também a indicação de músicas voltadas para o homem, que são playlists de estudo ou de concentração, além da música clássica, já indicada anteriormente. Essas playslists são tranquilas da mesma forma e também são recomendadas.

Para a TV, a indicação é do canal DOG TV, que é produzida por uma equipe de especialistas do assunto. Ela é recomendada também para adaptação de alguns medos, pois são reproduzidos sons como os de fogos de artifício e trovões, além de outras adaptações domésticas, como risadas infantis e o balbuceio de bebês.

No YouTube, o canal Paul Dinning segue todas as recomendações e busca trazer cenas do dia a dia na natureza, como o de aves, roedores, entre outros animais. *Estagiária sob supervisão de Valéria Barreira

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