Especialista em animais silvestres e exóticos, o médico veterinário Renato de Moraes Sarmento, da Tratadog Veterinária, em Americana, conta que aves como calopsita, papagaios, maritacas e aves de canto como canários e trinca-ferro estão entre os animais mais atendidos em consultório.

Entre mamíferos, ele cita coelhos, porquinhos da índia, ratos twister e hamsters. Já entre os répteis, destacam-se os jabutis e tigres d’água, além de lagartos, serpentes e cobras.

“O Ibama certifica criadores conservacionistas e comerciais, que podem comercializar animais da fauna brasileira”, esclarece o especialista.

“Quando a pessoa quer adquirir um desses animais precisa procurar um criador certificado. O animal vem com nota fiscal, anilha, com numeração ou microchip”.

Ele explica que o animal silvestre é originário da fauna brasileira, como é o caso de papagaio, jabuti, maritaca, arara. Alguns deles podem ser comercializados de forma legal.

Já o animal exótico não é originário do Brasil, como por exemplo a cacatua ou a corn snake, cobra do milho norte-americana. Os animais não são brasileiros, mas são legais, e podem ser criados no Brasil com registro do Ibama.

“E os animais domésticos são aqueles que vêm sendo criados no Brasil há muito tempo e não precisam mais de registro. Como calopsita, periquito australiano, coelho, chinchila, porquinho da índia. A aquisição é mais simples”, acrescenta.

Gerente do Padovani Agropet, em Americana, o médico veterinário Ely Mendes ressalta que atualmente os gastos com pets ultrapassam 7% da renda das famílias, e animais não convencionais costumam exigir ainda mais investimento e paciência.

“Antes de ter o seu bicho de estimação silvestre ou exótico, você precisa estar ciente de todos os cuidados necessários. Eles precisam de um ambiente adaptado às necessidades básicas e ideal para que tenham qualidade de vida”, lembra.

Ely recomenda questionamentos antes da compra do animal, como a possibilidade de atendimento em uma clínica veterinária especializada, a capacidade do tutor de proporcionar o habitat ideal, a existência de ração para a espécie ou conhecimentos específicos sobre a sua alimentação, a preferência por ambientes mais quentes ou frios e a necessidade de algum acessório.