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Revista Pet

Animais de estimação que fogem do convencional

Conheça histórias de quem tem animais silvestres ou exóticos como bichos de estimação e os cuidados que eles demandam

Por Isabella Holouka

15 de março de 2021, às 08h46 • Última atualização em 15 de março de 2021, às 08h47

Desde muito pequenino o desejo de Vinícius Munis, de 5 anos, era ter um coelho de estimação. A mãe, Milena Munis, de 41 anos, professora na rede pública de Americana, conta que a família considerou a adoção de um cachorro – ideia rejeitada pelo pequeno.

O coelho Pedro faz a alegria de Vinícius, que adora brincar com o pet – Foto: Divulgação

Há dois anos eles são tutores do coelho Pedro, que faz a alegria de Vinícius. “Eu gosto de correr atrás dele, fazer carinho. Brincamos de pega-pega”, conta o menino.

“Ele come ração e gosta muito de verduras cruas. Temos um quintal com grama, ele fica solto e tem a gaiola dele. Gosta de brincar com bola, é dócil, nunca mordeu, mas é preciso tomar cuidado com as unhas afiadas dele”, informa Milena.

Na vida da advogada de 27 anos Flávia Furquim de Castro, o ouriço Romeu simboliza a história de amor vivida entre ela e o americanense Guilherme Whitehead, morador de Nova Odessa.

Também foi a forma que o casal encontrou de aliar a rotina corrida e a vivência em apartamento com a vontade de ter um pet.

A advogada Flávia tem o ouriço Romeu como seu animal de estimação – Foto: Divulgação

“Ele é um animal de hábitos noturnos. Durante o dia, se você mexer com ele, ele retribui, fica acordado, vai atrás da bolinha, tenta entrar no rolinho do papel higiênico que damos a ele. Se não, ele começa a se movimentar por volta das 21 horas. Come e corre na rodinha a noite inteira, parando só às 5 ou 6 horas da manhã”, conta a advogada.

O detalhe mais curioso sobre o animal diz respeito aos seus espinhos. “Ele tem um corpo compridinho, mas quando se assusta ou quer se esconder, se enrola e vira uma bola de espinhos. Acontece com frequência, com um barulho muito alto, por exemplo”, relata ela.

Aos 35 anos, o empresário Anderson Romão possui uma chácara em Nova Odessa onde cuida, com uma equipe de profissionais, de mais de 100 animais de diferentes espécies e raças.

Anderson com um dos seus porcos em miniatura – Foto: Ernesto Rodrigues / O Liberal

São casais de porcos e cabras em tamanho miniatura, e de galinhas importadas de diferentes países, como Alemanha, Estados Unidos, Japão, Malásia e do continente africano. Apenas o cuidado com os animais tem um custo superior aos R$ 5 mil mensais.

“Em 2017 eu passei por um problema de saúde, tive a suspeita de ter algo cancerígeno, cheguei a fazer biópsias, e ter esse espaço sempre foi um sonho meu”, conta o empresário. “Eu sempre criei galinhas caipiras, e depois disso eu comecei a me aprofundar, pesquisar os melhores criadores”.

Thor e Felícia são os nomes dos mini porcos; já as mini cabras foram nomeadas Chico e Cloe. “Thor é a coisa mais linda, super simpático, pesa até 20 kg, podendo chegar a 35 kg. Todo manhoso, deitamos ele no gramado, fazemos carinho na barriguinha dele. É um pet e toda semana toma banho. A Felícia já é mais arisca”, comenta.

Anderson Romão possui mais de 100 animais de diferentes espécies e raças – Foto: Ernesto Rodrigues / O Liberal

As mini cabras também são dóceis, adoram folhas de amoreira e permitem um carinho – com exceção do período de cobertura, ou acasalamento, quando Chico faz de tudo para proteger Cloe.

“Meus animais são todos de estimação. Cada um foi escolhido a dedo. Me ajudaram na recuperação da fase difícil que eu passei, têm nome e não são simples animais”, relata o empresário.

Experiente no manejo de cobras, lagartos, tartarugas, araras e papagaios, o americanense Gustavo Malufe, 49 anos, mantém tartarugas popularmente chamadas de mordedoras e aligator. 

Nomeadas cientificamente de Chelydra serpentina e Macroclemys temminckii, elas foram apreendidas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), provavelmente em aeroporto na cidade de São Paulo, há 20 anos. Elas chegaram ao mantenedor Gustavo, que é certificado pelo Ibama, com mais ou menos 8 centímetros.

Gustavo Malufe tem tartarugas popularmente chamadas de mordedoras e aligator – Foto: Ernesto Rodrigues / O Liberal

Duas décadas depois, os animais, cuja expectativa de vida tende a ser 150 anos, pesam cerca de 20 kg, mas ainda vão crescer muito mais. Para se ter uma ideia, uma delas nem chegou à maturidade sexual ainda.

As tartarugas de Gustavo são originárias da América do Norte, dos Estados Unidos, e vivem em pântano, completamente dentro da água. Elas dificilmente saem para tomar sol.

“São as duas maiores espécies de água doce no mundo, ficam gigantes. São exclusivamente carnívoras, enquanto outras tartarugas são onívoras”, explica Gustavo.

Ele conta ainda que quando a água começa a esfriar, geralmente no mês de maio, os bichos param de comer e só retornam em outubro.

“Eu sempre gostei de répteis, desde pequenininho. O primeiro bicho de estimação que eu ganhei foi do meu avô, eu devia ter 3 anos, era uma tartaruga verdinha tigre d’água, e eu me lembro perfeitamente. Naquela época, compramos no Mercadão Municipal. Eu cresci, tive muita experiência com cobras e as tartarugas eu ainda gosto”, conta. 

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