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A Kawasaki Versys 1000 parece sempre ser uma alternativa inusitada no segmento de big trails. Afinal, seu propulsor de quatro cilindros trava uma batalha com os bicilíndricos dos modelos rivais BMW R1250 GS, Honda CRF 1000L Africa Twin, Yamaha Super Ténéré 1200 DX e Suzuki V-Strom 1000 XT. Mas desde sua primeira versão, de 2012, a aposta da marca japonesa foi conquistar uma fatia deste mercado exatamente por conta da entrega de seu motor ao condutor.

A opção era ter um uso predominante no asfalto, com aplicações off-road limitadas a estradas de terra. Daí ter uma suspensão pouco dinâmica em pisos irregulares. E foi exatamente neste ponto que a versão Grand Tourer da nova Versys 1000 deu um grande passo evolucionário, ao mesmo tempo que reafirmou as antigas qualidades do modelo.

A nova Kawasaki Versys 1000 GT alia sua nova estética com melhores níveis de qualidade e tecnologia. O visual, principalmente o frontal, dá personalidade ao modelo, mas também pode causar um pouco de rejeição. Já dinamicamente, ela é um pouco “alemã”, no sentido positivo do termo: é uma moto perfeita para viajar com grande conforto e em total relaxamento, mesmo a velocidades de Autobahn. Inclusive porque um momento de distração é o suficiente para estar a 170 km/h, mas com a impressão de que se está na velocidade permitida pela via.

Preços. A versão de topo da moto japonesa conseguiu se aperfeiçoar exatamente onde era necessário. A suspensão eletrônica Showa, padrão na versão Grand Tourer vendida no Brasil, dá a possibilidade de definir muitos parâmetros. Como parte deste pacote, há o trio de malas rígidas, que a deixa pronta para uma longa viagem. Esses itens levam o preço do modelo a 16.690 euros na Europa. Isso equivale a R$ 70 mil, mas ela é oferecida no Brasil por um pouco menos: R$ 66.990. Já a versão standard da Versys 1000, que conta com suspensão mecânica ajustáveis e não traz o conjunto de malas, sai a 13.290 euros, valor semelhante aos R$ 55.490 pedidos por ela nas concessionárias brasileiras.