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Hyundai

Creta ganha mais tecnologia e motor turbo, mas fica muito caro

SUV traz o conceito Sensuous Sportness da marca e passa a ser produzido na planta Hyundai localizada da em Piracicaba

Por Eduardo Rocha / Autopress

28 de agosto de 2021, às 10h25 • Última atualização em 28 de agosto de 2021, às 10h26

Desde 2019, a segunda geração do Hyundai Creta, com visual totalmente renovado, vem sendo lançada na Ásia e em países do Leste Europeu. Chegou ao México e África do Sul no final do ano passado e agora passa ser a produzido no Brasil, na fábrica de Piracicaba. As linhas, bem ousadas, seguem o mesmo conceito Sensuous Sportness (Esportividade Sensual), aplicado ao HB20 dois anos atrás e que dividiu opiniões.

No caso do Creta, a polarização deve ser ainda maior, por conta dos conjuntos óticos dianteiros e traseiros inusitados e dos para-lamas gorduchos. Mas somente quanto o modelo chegar às concessionárias, em meados de setembro, a reação do consumidor poderá ser mensurada.

Apesar de ter uma aparência muito diferente, estruturalmente o Creta não mudou. Ou seja: é um face-lift profundo, mas não uma nova geração. Tanto que inclinação das colunas, recorte das portas e inclinação do teto se mantiveram iguais, enquanto os painéis da carroceria foram modificados.

Hyundai Creta – Foto: Divulgação

O mesmo nível de mudança aconteceu com o interior, onde tudo foi redesenhado – dos consoles às guarnições das portas, passando pelo painel e central multimídia.

Em todos os países em que foi apresentado, o modelo é igual, com pequenas mudanças em detalhes estéticos. A versão feita no Brasil utiliza elementos da lançada na Rússia há dois meses. Caso da grade dianteira usada a partir das versões intermediárias, que aqui recebe uma pintura cromada, e também da tampa traseira, com um vinco diagonal na parte interna das lanternas.

Hyundai Creta – Foto: Divulgação

MOTOR
Sob o capô mora uma das maiores diferenças desse novo Creta no Brasil. Ele aposenta o cansado motor 1.6 16V flex, de 123 a 130 cv e de 16 a 16,5 kgfm, e passa a usar o conhecido motor 1.0 turbo GDI, já aplicado em algumas versões do HB20.

Ele até tem uma potência menor, de 120 cv, mas o torque fica 6% maior, com 17,5 kgfm, e chega bem mais cedo – a 1.500 giros contra 4.500 rpm. Apenas a versão de topo, Ultimate, recebe o motor 2.0 16V flex que já era oferecido na gama. Agora, ele rende entre 157 e 167 cv (1 cv a mais) com torque de 19,2 a 20,6 kgfm.

Hyundai Creta – Foto: Divulgação

A partir dessa mudança visual e de motor, a Hyundai decidiu alterar o posicionamento do modelo – pelo menos neste momento de lançamento. Até aqui, o Creta vinha ocupando uma faixa de mercado que começava pouco acima de R$ 90 mil, onde ficam a maioria dos SUVs compactos no País.

PREÇOS
Agora, quem faz esta função é a versão antiga do Creta, que ainda está sendo oferecido apenas na variante Action, a R$ 96.990, enquanto o novo Creta passa a chegar com preços bem mais altos. Começa em R$ 107.490, na versão Comfort, R$ 120.490 na Limited, R$ 135.490 na Platinum e R$ 146.990 na Ultimate, que é a única versão que pode receber a pintura em dois tons, por um adicional de R$ 1.500.

Hyundai Creta – Foto: Divulgação

A tendência é que em pouco tempo a Hyundai crie uma nova versão básica – talvez até retornando com o motor 1.6 16V, pois com esses preços dificilmente a marca irá conseguir manter os mesmos níveis de venda que apresentou este ano, em torno de 5 mil unidades mensais.

O novo Creta ficou 3 cm maior, 1 cm mais largo, manteve a mesma altura e ganhou míseros 2 cm entre os eixos, com 4,30 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,64 m de altura e 2,61 de distância entre eixos.

Hyundai Creta – Foto: Divulgação

As linhas arredondadas da parte inferior da carroceria, juntamente com as proeminências das caixas de roda, fazem com que pareça robusto e ainda mais largo do que realmente é.

A frente baixa obedece ao conceito de design, mas o que chama a atenção mesmo é a frente, com os conjuntos óticos transferidos para as extremidades do para-choque, abaixo da linha de led com a assinatura luminosa.

Hyundai Creta – Foto: Divulgação

Por dentro, a evolução do Creta também foi notável. A proposta é moderna e leve, com revestimentos são tecidos e plásticos de boa qualidade. Os bancos traseiros têm a mesma consistência de materiais que os bancos dianteiros e são rebatíveis 60-40.

Já o porta-malas oferece uma área de carga que varia dos 408 litros normais para até 1.401 litros com o banco traseiro totalmente rebatido. As soluções de conectividade também são interessantes. Nas versões Platinum e Ultimate, o painel de instrumentos fica concentrado em uma tela de 7 polegadas, configurável, ladeada por conta-giros, marcador de combustível e de temperatura analógicos, enquanto a tela central tem 10,25 polegadas.

Já nas versões Comfort e Limited, o LCD do painel tem apenas 3,5 polegadas e a tela do console, 8 polegadas. A central multimídia, em todas as versões, tem conexão com Apple CarPlay ou Android Auto e também espelhamento.

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