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Moda e Estilo

Moda plus size cresce com a influência do movimento body positive

Amor e respeito ao corpo como ele realmente é revoluciona a autoestima e, consequentemente, a forma de se vestir

Por Laura Braga / comunicacaosemfronteiras

15 de setembro de 2021, às 09h59 • Última atualização em 15 de setembro de 2021, às 10h00

O termo body positive está cada vez mais popular nas redes sociais e, apesar de ainda gerar muitas dúvidas, o conceito tem sido praticado por mulheres e homens que aceitam e valorizam os próprios corpos. De forma literal, o termo body positive significa “corpo positivo”.

Esse movimento preza pela aceitação das características físicas sem a necessidade de se enquadrar em um padrão. Gordo, magro, com celulites, estrias, cicatrizes, deficiências, condições de pele, avanço da idade, a questão é se amar exatamente do jeitinho que cada um é.

Moda plus size foi renovada com o conceito de body positive – Foto: Divulgação

O movimento body positive valoriza a aceitação ao corpo, a libertação de complexos e distúrbios de imagem corporal e não apenas que as pessoas se conformem e vivam insatisfeitas. Ou seja, valorizando os corpos naturais e a individualidade de cada shape, o conceito modificou modelagens, cores e tecidos.

E como a moda plus size foi influenciada por esse movimento? Anteriormente, as roupas eram feitas para pessoas que não se enquadravam nos padrões estéticos vigentes. Além de serem muito tradicionais, eram confeccionadas em cores muito sóbrias, em comprimentos muito grandes, sem partes do corpo à mostra. No entanto, com a visão de beleza em todos os corpos e com características únicas, esse nicho passou a receber mais atenção e vem se modernizando, naturalizando a roupa preferida de cada pessoa, independentemente do peso e das imposições de beleza do mercado, deixando a moda mais democrática e diversa, como deve ser.

Pessoas que não se encaixam em padrões estéticos vigentes estão valorizando cada vez mais os corpos naturais – Foto: Divulgação

Essa é a avaliação da consultora de moda e imagem, estilista e sócia do espaço integrado de moda do Shopping Estação Goiânia, Maristela Barbosa. Para a consultora, a moda plus size permite que pessoas que vestem manequins acima do 46 encontrem mais opções de peças e estilos, feitas para valorizar seus pontos fortes.  

“Antigamente, a moda para essas mulheres era muito restrita. Hoje, nós temos uma variedade grande para esse público. A mesma peça de roupa pode ser vista no tamanho 38 e em tamanhos maiores. As marcas estão bem mais atentas, o cliente quer as tendências no corpo dele, cores, modelagens”, afirma Maristela.

CRESCIMENTO

Dados da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), apontam que o segmento plus size cresceu 21% nos últimos três anos, enquanto a indústria como um todo caiu cerca de 5%. Apenas em 2019, os negócios ligados ao setor cresceram 8%, chegando a uma movimentação financeira superior a R$ 7 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira Plus Size (ABPS), entidade criada em 2016 para representar empresas de varejo e consumos que compõem a cadeia de produção destinada a esse público.

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