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Decoração e Arquitetura

O coração da casa

O living ou sala de estar é um ambiente voltado para o bem-estar e a interação entre moradores e convidados

Por Beatriz Russo - dc33 Comunicação

31 de julho de 2022, às 09h35

Na leitura contemporânea da arquitetura, ela passou a ter a cozinha um ‘concorrente’ ao título de coração da casa, justamente pela característica de reunir pessoas. Mas o fato é que a sala de estar sempre será o cômodo considerado como o ponto de encontro entre os moradores, que se acomodam para o entretenimento à frente da TV, como também para conviver com seus convidados. Além de comumente figurar na parte central da planta e receber a porta de entrada, a sala de estar norteia o estilo do projeto decorativo.

“Gosto de dizer que a sala deve conseguir abraçar a todos e proporcionar, ao mesmo tempo, as sensações de conforto e segurança”, ressalta a arquiteta Andrea Camillo, que comanda seu escritório.

A depender da sua configuração e dos elementos ali colocados, ele também pode adquirir múltiplas funções. Mas como alinhá-las? Para tanto, a profissional listou os pontos que observa em seus projetos.

Elementos básicos

As formas arredondadas da mesa de centro trazem a natureza de fora para dentroFoto:

Em contrapartida com a infinidade de opções, alguns não podem faltar em uma sala de estar, independentemente do estilo adotado. Junto com o sofá, a profissional destaca a formosura de um tapete, as cortinas para vestir as janelas, almofadas, plantas e uma iluminação sob medida.

O que definir antes de montar a sala

Layout

Interligada com a cozinha e a varanda, as tonalidades claras da sala de estar contribuem para a fluidez no olhar e a sensação de aconchego. Para os proprietários, o ato de cozinhar adquiriu um novo significado pela satisfação de poder fazê-lo rodeado por familiares e amigosFoto:

De acordo com Andrea, todas as decisões precisam ser tomadas com o layout do projeto em mãos. Esse ‘preview’ abrange tanto a configuração pretendida, como as medidas – que asseguram a harmonia e a funcionalidade do ambiente. “Não podemos abrir mão de manter uma circulação confortável entre o mobiliário, e o ‘diálogo’ nas escolhas realizadas, que envolvem tanto as peças em si, como tecidos, materiais e formatos, entre outras questões”, mostra a arquiteta.

Outro detalhe diz respeito ao entendimento e o êxito da disposição da sala com relação aos demais cômodos. Como a integração entre os ambientes já se firmou como uma tendência que permanecerá no estilo arquitetônico brasileiro, o estar mantém sua individualidade, mas de certa forma acompanha as características do décor adotado para o projeto como um todo.

Para os moradores que consideram a cozinha como uma continuidade do bem-receber dos seus visitantes, a conexão com a sala é uma perfeita opção. Dessa forma, o proprietário não precisa se ausentar enquanto prepara uma refeição, que na maioria das vezes, é um item de grande importância e a responsável por conduzir os encontros. “Salas integradas com cozinha amplas ou espaços gourmets funcionam muito bem para conviver e compartilhar experiências gastronômicas”, completa Andrea.

Na sequência indicada pela especialista, estabelecer a paleta de cores é fundamental para acompanhar a tomada de decisão que é acompanhada pelas texturas e formatos.

Elementos

No apartamento de um casal que decidiu renovar o décor depois de viverem um longo tempo no imóvel, a presença de uma televisão não era essencial para as reuniões entre amigos e famíliaFoto:

Nessa jornada, a seleção dos elementos é determinante. Segundo a arquiteta Andrea Camillo, analisar as necessidades e as funções desejadas são indicadores valiosos para não errar. “As expectativas dos clientes, assim como da própria planta baixa em si e o aproveitamento da área disponível, devem ser supridas para um bom resultado”, relaciona.

Entre os critérios que o profissional de arquitetura precisa considerar estão hábitos dos moradores como a frequência em que recebem convidados – que demandará a inclusão de assentos extras -, tal qual a frequência em que utilizarão a sala para ver TV ou ouvir música, por exemplo. “Para cada condição, uma resposta”, declara a Andrea. “Costumo iniciar o mapeamento pelas peças maiores como sofás, poltronas e mesas para só depois prosseguir com os tapetes, cortinas e outros adornos que finalizarão o ambiente com total maestria”, complementa.

Decoração

Nessa sala de estar, juntamente com as almofadas do sofá, o tapete produziu um toque de aconchego em meio a decoração neutra e estilo industrialFoto:

Depois de definidos os elementos básicos, a orientação é seguir para escolha dos itens decorativos que fazem a diferença, mas que não são tão essenciais para as atividades realizadas na sala de estar. “Nessa fase, consideramos aquilo que vai atém da estética. Na conversa com os meus clientes, procuro compreender quais são as sensações almejadas para a sala de estar. São esses desejos que nos auxiliam a trazer os objetos certos”, descreve a arquiteta.

Iluminação

Como a luz é capaz de criar a atmosfera sonhada para quaisquer ambientes, para a sala de estar especialista sugere recursos como sancas de LED e a disposição de peças com lâmpadas AR70 focadas em aparadores, mesinhas e outros objetos. Outra possibilidade é investir em versões dicroicas – lâmpadas alógenas de baixa voltagem com um interior composto por uma superfície refletora –, ou perfis de LE

Otimizando o living

Além dos já conhecidos móveis planejados, que podem otimizar, e muito, os espaços, a inserção de peças ‘dois em um’ costumam resolver a vida dos moradores. “Um pufe pode fazer as vezes de uma mesa de centro, como também servir como assento em ocasiões específicas”, exemplifica a Andrea.

Tornando tudo mais prático

Para tornar a manutenção do dia a dia simplificada, materiais de fácil limpeza tornam a vida do morador muito melhor. É o caso dos tecidos impermeáveis considerados para sofás, poltronas e cadeiras, como também a aplicação do porcelanato nos pisos.

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