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Osteoporose

Uma fratura a cada três segundos em todo o mundo

As pessoas podem fraturar um osso com uma pequena queda, ou simplesmente ao espirrar

Por Da Redação

10 de novembro de 2019, às 08h35

Marine fraturou a coluna quando se curvou para ajudar sua mãe com mobilidade reduzida. Lo Lan quebrou o quadril depois de tropeçar em um tapete solto em sua casa.

Ambas as mulheres têm algo em comum. Elas não sabiam que tinham osteoporose, uma doença que faz com que os ossos fiquem fracos e tão frágeis quanto vidro. As pessoas com osteoporose podem fraturar um osso com uma pequena queda, ou simplesmente ao espirrar ou ao se curvar para amarrar o cadarço do sapato.

Foto: Adobe Stock
Uma fratura numa idade mais avançada pode mudar a vida de qualquer um: dor aguda, reabilitação demorada, imobilidade

Em todo o mundo, uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens com idade igual ou superior a 50 anos sofrerá uma fratura provocada pela osteoporose. Aproximadamente 200 milhões de pessoas estão afetadas por esta doença, o que resulta em uma fratura a cada 3 segundos.

A Fundação Internacional de Osteoporose (IOF – International Osteoporosis Foundation), juntamente com suas 250 sociedades nacionais no mundo inteiro, apelam para que a geração mais velha tome conhecimento dos fatores de risco da osteoporose e consultem seus médicos caso estejam em risco.

Apesar de existirem muitos fatores que possam indicar uma possível osteoporose subjacente, entre os mais comuns estão: um osso quebrado depois dos 50 anos após uma queda não muito traumática; perda de altura de mais de 4 cm (1,5 polegadas); uso prolongado de glucocortocoides e outros medicamentos que danificam os ossos; ser frágil e abaixo do peso, história familiar de osteoporose ou fratura do quadril.

Uma fratura numa idade mais avançada pode mudar a vida de qualquer um. Dor aguda, reabilitação demorada, imobilidade, dependência de terceiros e perda da qualidade de vida são todas muito comuns.

Fraturas do quadril podem ameaçar a vida e a perda de função e independência entre os sobreviventes, com 40% das pessoas impossibilitadas de caminharem independentemente e 60% necessitando assistência após um ano. Consequentemente, 33% são totalmente dependentes ou estão em uma casa de repouso no ano seguinte a uma fratura no quadril.

O professor Cyrus Cooper, presidente da IOF, declarou: “Todos os adultos devem fazer da saúde de seus ossos uma prioridade. Manter ossos e músculos fortes é primordial para um futuro ativo e móvel na idade mais avançada. Se você está correndo risco, não hesite em pedir ao seu médico testes e uma estratégia apropriada de tratamento, caso seja necessário. Atualmente, há uma ampla série de tratamentos efetivos para a osteoporose que provaram reduzir o risco de fraturas do quadril até 40% e fraturas da coluna entre 30-70%”.

AÇÃO GLOBAL

Cooper acrescentou: “Como especialistas no campo, nos unimos aos defensores dos nossos pacientes que solicitam uma ação global. Uma lacuna generalizada no tratamento está deixando os pacientes com maiores riscos desprotegidos contra as fraturas. Um indivíduo que já tem uma fratura por fragilidade está altamente vulnerável a fraturas adicionais, com risco cinco vezes maior de outra fratura acontecer dentro do primeiro ano. Mesmo assim, aproximadamente 80% desses pacientes não são identificados nem tratados pela causa adjacente, a osteoporose”.

Uma estratégia importante para tratar da lacuna no tratamento e a crise global das fraturas por fragilidade é a implementação dos Serviços de Manejo de Fraturas (Fracture Liaison Services) em todos os hospitais que atendem pacientes com fraturas.

Tais serviços coordenados e multidisciplinares melhoram os cuidados com o paciente e ajudam a reduzir o número de fraturas secundárias – e, por fim, diminuem os enormes custos de cuidados com a saúde relacionados com fraturas em todo o mundo.

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