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Bem-Estar

Riscos para a saúde mental dos jovens disparam na pandemia

Metade das condições de saúde mental se desenvolvem a partir dos 14 anos de idade

Por Redação

19 de setembro de 2020, às 12h18

A falta de contato social é um dos maiores fatores de risco - Foto: Foto de cottonbro no Pexels

As questões de saúde mental sempre causaram uma grande preocupação entre os jovens. São vários os fatos que reforçam a importância de estar atento. Metade das condições de saúde mental se desenvolvem a partir dos 14 anos de idade. 16% de todas as lesões e doenças em pessoas entre 10 e 19 anos são consequências de transtornos emocionais e, considerando os jovens entre 15 e 29 anos, o suicídio é a segunda maior causa de morte, de acordo com dados do ano passado, fornecidos pelo Ministério da Saúde.

O contexto global da pandemia trouxe riscos à saúde mental para toda a população: há os que ficam exaustos com a sobrecarga de atividades, os que ficam estressados com o isolamento, os que desenvolvem ansiedade com as preocupações, os que ficam depressivos pela falta de contato social, entre outras situações propensas. Com os jovens ainda há outros perigos.

A falta de contato social é um dos maiores fatores de risco. Entre os adolescentes, a relação com a família não é tão próxima como é com os amigos. Assim, a impossibilidade de sair de casa para se divertir ou até mesmo ir à escola, tira um dos grandes desafios para a mente juvenil.

A situação econômica também aumenta os riscos de desenvolvimento de condições de saúde mental. Uma pesquisa realizada no departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo descobriu uma ligação entre os índices de desemprego e as taxas de suicídio de adolescentes, de 15 a 19 anos, entre 2006 e 2015: situações socioeconômicas adversas aumentavam as taxas.

Ainda há outros fatores que geram uma maior preocupação com os jovens. Se entre os adultos, o tempo gasto na internet pode ser visto como um momento de relaxamento para as tensões do dia-a-dia, entre os adolescentes a situação é diferente. Por ser característico da idade a comparação com outras pessoas, o que gera pressão interna, o uso compulsivo das redes sociais pode agravar quadros existentes de transtornos emocionais ou provocar o desenvolvimento de alguma condição.

Para fugir desses riscos, é fundamental buscar equilíbrio na rotina. A alimentação adequada pode fornecer os nutrientes necessários para o desenvolvimento de hormônios ligados ao bem-estar. A Vitamina D é um dos nutrientes capazes de provocar melhoras no quadro emocional.

Também é preciso reconhecer quando o uso da internet está influenciando negativamente na saúde mental e tentar estabelecer um controle. Porém, não é recomendado eliminar completamente essa tecnologia, já que o contato social é essencial e por enquanto só pode ser feito virtualmente.

O mais importante de tudo é reconhecer quando as emoções passam a comprometer a qualidade de vida e procurar um profissional da saúde mental. As terapias psicológicas e psiquiátricas podem provocar grandes melhorias e salvar muitas vidas.

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